Início SÉRIE Crítica CRÍTICA – Expresso do Amanhã (2ª temporada, 2021, Netflix)

CRÍTICA – Expresso do Amanhã (2ª temporada, 2021, Netflix)

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expresso do amanhã

Expresso do Amanhã chegou ao seu segundo ano e trouxe como novidade Sean Bean como Wilford. Confira nossa crítica sem spoilers da série da Netflix.

SINOPSE DO SEGUNDO ANO DE EXPRESSO DO AMANHÃ

Joseph Wilford (Sean Bean) e Alex (Rowan Blanchard) estão vivos e agora buscam vingança contra a nova sociedade do Snowpiercer, liderada por Layton (Daveed Diggs) e Melanie (Jeniffer Conelly).

Agora, os tripulantes dos dois trens vão se enfrentar em uma guerra fria travada por suas lideranças, será o fim da humanidade?

ANÁLISE

O filme dirigido por Boog Joon-ho em 2013 apresentava uma atmosfera bem carnavalesca, pautada nos absurdos do dono do Snowpiercer, cheio de excentricidades. O seu final não mostrava o que acontecia após os embates dos fundistas contra a elite.

A segunda temporada de Expresso do Amanhã chega muito próxima do que foi visto em 2013. A chegada de Wilford traz um tom mais ameaçador ao vilão.

Embora Melanie tenha aspectos de vilã na primeira temporada, a sua trajetória caminhava para uma redenção. O acréscimo do personagem de Sean Bean foi uma melhora considerável para a série.

Aliás, Sean Bean é disparado o maior acerto do seriado da Netflix. Sua presença de cena é imponente, pois o ator é completo e tem talento de sobra. O roteiro é forte para Wilford, pois ele é mesquinho, hipócrita, narcisista e cruel. Bean consegue nos passar tudo isso e muito mais, colocando no bolso o elenco.

A trama evoluiu muito e temos grandes discussões filosóficas, como agem os ditadores e como a população fica a mercê de homens que buscam a guerra, ou sua paz, por exemplo.

Além disso, há aqui também elementos importantes como a fé e a religião que são importantes para o conforto, assim como o prazer o comodismo. A ambiguidade do cast também é muito interessante de ver em tela, pois até os mocinhos tem atitudes ruins.

PERSONAGENS EM EXPRESSO DO AMANHÃ

Expresso do Amanhã teve muitos personagens em seu segundo ano. Alguns deles evoluíram muito, outros, nem tanto, pois perderam bastante importância.

Ruth é a melhor de todas, visto que a sua fé cega no sistema de Wilford ficou em cheque. A atuação de Alison Wright é sensacional.

Till (Micker Summer) continua sendo uma excelente coadjuvante, uma vez que seus demônios continuam a assombrando. Há uma luta muito pesada sobre o que é certo e errado, além dos traumas da guerra recente.

Como aspecto negativo, temos LJ (Annalise Basso), Osweiller (Sam Otto) e, principalmente, Alex, vivida por Rowan Blanchard, pois os três ou não acrescentam nada ou são muito ruins para a trama. Alex é insuportável, uma vez que tem apenas um sentimento de revolta constante. A personagem não tem profundidade, tampouco carisma, por exemplo, sendo bem difícil de gostar.

A grande quantidade de personagens, inclusive, foi o grande problema, uma vez que algumas histórias foram esquecidas no meio da efervescência de ânimos.

VEREDITO

Expresso do Amanhã evoluiu muito em sua trama, pois agora traz elementos mais excêntricos e aspectos políticos e de religião para os seus 1403 vagões, agora está na hora de vermos o que vai acontecer depois que o Sol chegar.

4,5 / 5,0

Confira o trailer do segundo ano:

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