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CRÍTICA – The Wilds: Vidas Selvagens (2ª temporada, 2022, Prime Video)

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CRÍTICA – The Wilds: Vidas Selvagens (2ª temporada, 2022, Prime Video)

The Wilds: Vidas Selvagens retorna ao Prime Video dois anos após o lançamento da primeira temporada. Nessa nova trama, a produção inicia seus acontecimentos a partir do gancho deixado na última temporada, introduzindo um novo grupo de adolescentes na história.

The Wilds é criada e produzida por Sarah Streicher ao lado da showrunner e produtora executiva Amy Harris. Nós tivemos a oportunidade de assistir aos oito episódios antecipadamente e trazemos nossa crítica sem spoilers sobre a produção. A segunda temporada estreia no dia 6 de maio.

SINOPSE DA SEGUNDA TEMPORADA

A sobrevivência está em jogo para um grupo de adolescentes presas em uma ilha deserta, após a descoberta explosiva de que o que está acontecendo com elas é um elaborado experimento social. A segunda temporada aumenta o drama e mantém você curioso, com a introdução de mais cobaias – uma nova ilha de adolescentes – que também devem lutar pela sobrevivência sob o olhar atento do mestre de marionetes do experimento.

ANÁLISE

The Wilds retorna em seu segundo ano com uma proposta mais ampla, abrangendo não só o grupo feminino de adolescentes (apresentado na primeira temporada) como, também, um grupo de meninos.

Kirin (Charles Alexander), Rafael (Zack Calderon), Josh (Nicholas Coombe), Seth (Alex Fitzalan), Ivan (Miles Gutierrez-Riley), Henry (Aidan Laprete), Bo (Tanner Rook) e Scotty (Reed Shannon) são os azarados que caem no experimento da ilha deserta. Assim como na primeira temporada, a trama cria seus ganchos para manter o espectador interessado no plot dramático ocorrido na ilha durante as semanas em que o grupo permanece no local.

Se no primeiro ano The Wilds tirou o tempo necessário para explorar e se aprofundar nos traumas de seu grupo principal, agora a produção peca pelo excesso. Ao manter mais de uma linha cronológica que desenvolve histórias paralelas de 15 personagens, o seriado se enrola em seus acontecimentos, perdendo a profundidade criada no ano um.

Na temporada inaugural, a estrutura de The Wilds era simples, mas eficaz: o público teve a oportunidade de conhecer cada personagem em um episódio específico, acompanhando paralelamente o que aconteceu na ilha e os depoimentos delas no tempo presente.

Nessa nova temporada, por outro lado, tudo é multiplicado. A trama precisa apresentar cada um dos oito novos personagens, desenvolver os acontecimentos em aberto da ilha das meninas, mostrar a situação da ilha dos meninos e apresentar os acontecimentos no tempo presente.

Nesse meio tempo, a série de Sarah Streicher ainda encontra espaço para explorar um pouco mais dos devaneios de Gretchen (Rachel Griffiths) e seus assistentes Daniel (David Sullivan) e Dean (Troy Winbush).

Os roteiros dos episódios, que possuem em seus créditos os nomes de Streicher, Harris, Leon Chills, A. Rey Pamatmat, Melissa Blake e Franklin Hardy, começam a acelerar os acontecimentos a partir do meio da temporada, tentando encaixar as diversas pontas soltas existentes. Todo esse esforço só entrega uma trama pouco inspirada e, de certa forma, vazia, mesmo com alguns momentos corajosos e desafiadores.

Confesso que a primeira temporada me surpreendeu positivamente, pois trouxe além do ímpeto pela sobrevivência, um estudo aprofundado de cada uma das personagens. Nesse ano, por outro lado, poucas são as histórias do grupo masculino que você consegue realmente se conectar. Destaco os personagens Kirin, Seth e Ivan como os que trouxeram debates interessantes e, por vezes, polêmicos. Foram também as atuações que mais me chamaram a atenção. Josh e Rafael também são bem relevantes, mas o restante acaba passando despercebido.

Os melhores momentos da segunda temporada são, de fato, quando a trama se volta para o núcleo feminino. Os arcos de Shelby (Mia Haley), Toni (Erana James) e Rachel (Reign Edwards) são os mais sentimentais e profundos deste ano.

Entretanto, assim como o grupo masculino sofreu com o restrito tempo de tela, Dot (Shannon Berry), Fatin (Sophia Ali) e Martha (Jenna Claue) também ficaram em segundo plano. Sarah Pigeon segue sendo o grande fio condutor de The Wilds, mantendo seu protagonismo intacto.

É fato que nos conectamos mais com essas personagens porque, além de conhecermos suas histórias e entendermos seus traumas e características, realmente nos importamos com o que irá acontecer a cada uma delas durante o experimento. Queremos saber se elas vão descobrir a verdade, se encontrarão suas famílias novamente e se conseguirão seguir em frente apesar de todo o terror da ilha.

De fato, é muito triste ver o declínio dessa narrativa, pois o seriado era realmente cativante e instigante. As personagens tinham motivações reais, a história fazia sentido e a season finale do primeiro ano trouxe momentos eletrizantes. É difícil encontrar séries adolescentes que sejam diferentes e consigam mesclar estilos e ideias realmente criativas, e The Wilds era realmente uma exceção nesse sentido.

VEREDITO

Com um início interessante, mas um desenrolar apressado, a segunda temporada de The Wilds deixa muito a desejar. Em comparação ao seu ano anterior, a produção criada por Sarah Streicher peca pelo excesso não só de personagens, mas de situações vazias.

2,9/5,0

Assista ao trailer da segunda temporada de The Wilds:

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