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10 grandes diretoras que ajudaram a criar a história da Sétima Arte

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10 grandes diretoras que ajudaram a criar a história da Sétima Arte

As dificuldades de fazer cinema sendo mulher são inúmeras. Desde chefiar equipes muitas vezes masculinas e em jornadas de trabalho de muitas horas até o desafio de conciliar essa carreira com trabalhos não remunerados. Nas premiações mais importantes do cinema, as mulheres não são maioria, nem mesmo representam a metade dos indicados. Talvez isso só ocorra quando houver uma paridade de gênero na composição dos votantes, na direção dos festivais e quando houver mais diretoras realizando longas-metragens com grande orçamento.

Em quase um século de Oscar, apenas sete diretoras foram indicadas ao prêmio de Melhor Direção.

A história do cinema é, como todas, também a história de grandes mulheres, que tiveram de lutar contra tal sistema engessado, a fim de poderem simplesmente criar, realizar seus filmes, oferecer seus pontos de vista peculiares enquanto realizadoras e diretoras. Assim, separamos aqui uma lista de algumas dessas mulheres brilhantes e lutadoras, que ajudaram, com sua arte, talento e força, a forjar a história do cinema, no Brasil e no mundo.

Confira 10 diretoras que marcaram história no cinema:

Agnès Varda

A cineasta belga Agnès Varda influenciou de tal forma não só o cinema como a própria afirmação feminina nas artes, que não é exagero dizer se tratar de um dos maiores nomes do cinema e da arte no mundo hoje. Partindo de uma sensibilidade para a escolha de cenários reais e não-atores em seus trabalhos, e utilizando um experimentalismo estético de rara beleza e força, Varda trata, em sua obra, de questões fundamentais, como o feminino, as questões sociais e de classe, a vida real, as margens da sociedade, com um olhar documental, experimental e criativo sobre o que é ser mulher no mundo.

Anna Muylaert

São poucos hoje os nomes que se comparam, em prestígio e reconhecimento no cinema brasileiro, com o de Anna Muylaert. Depois de dirigir Durval Discos e É Proibido Fumar, Anna conquistou sucesso comercial, de crítica e prêmios em todo mundo com a obra-prima Que Horas Ela Volta?, de 2015. Tendo sensivelmente captado o espírito de uma conturbada época de erupção social e política no Brasil – da qual até hoje ainda não parecemos ter saído – , parece significar perfeitamente uma parte fundamental dos conflitos históricos que separam classes no país, e que até hoje dão o tom das relações pessoais, profissionais e sociais por aqui.

PUBLICAÇÃO RELACIONADA | #52filmsbywomen 19 – Que Horas Ela Volta? (2015, Anna Muylaert)

Jane Campion

A diretora neozelandesa é responsável pelo majestoso filme O Piano, de 1993, que a colocou numa lista pequena de diretora mulher indicada ao Oscar a tornou a primeira e única (até o momento) a vencer a Palma de Ouro, prêmio máximo do Festival de Cannes. O longa também rendeu a ela o Oscar de Melhor Roteiro Original. Jane se tornou a terceira mulher, em 94 anos de premiação da Academia, a arrebatar a estatueta. Ela venceu na categoria de Melhor Direção pelo filme Ataques dos Cães.

PUBLICAÇÃO RELACIONADA | CRÍTICA – Ataque dos Cães (2021, Jane Campion)

Greta Gerwig

A americana de ascendência alemã Greta Gerwig, hoje também conhecida pela nova adaptação de Adoráveis Mulheres, concorreu ao Oscar em 2018 por Lady Bird: A Hora de Voar, seu primeiro trabalho solo de direção. O filme, estrelado pela atriz Saoirse Ronan, acompanha a vida de Christine McPherson em Sacramento, na Califórnia, e sua adolescência recheada de descobertas, turbulências e crises com os pais, namorado e consigo mesma.

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CRÍTICA – Lady Bird: A Hora de Voar (2017, Greta Gerwig)

Adélia Sampaio

A cineasta brasileira foi a primeira mulher negra a dirigir um longa no Brasil. Filha de empregada doméstica e de origem pobre, ela quebrou barreiras raciais no país com o longa Amor Maldito, em 1984. A quase inexistente presença de mulheres negras no próprio imaginário social a respeito do cinema brasileiro ilustra o injusto apagamento que a história cometeu contra Adélia Sampaio e tantos outros nomes, mas ao mesmo tempo sublinha a força de seu trabalho, que segue, hoje, carregando dezenas de curtas e longas metragens em sua carreira.

Sofia Coppola

Cineasta, roteirista, produtora e atriz ítalo-americana, Sofia Coppola é responsável por dramas marcantes de linguagem sensível e ousada, como Lost in Translation, que em 2010 recebeu o Oscar de Melhor Roteiro Original. Foram os Encontros e Desencontros de uma estrela de cinema (Bill Murray) e uma mulher (Scarlett Johansson) acompanhando seu marido em Tóquio que renderam à cineasta ítalo-americana uma indicação ao Oscar de Melhor Direção, em 2004.

Emerald Fennell

Através da comédia ácida Bela Vingança (2021), a atriz Emerald Fennell faz sua entrada triunfal como diretora de cinema. A trama que manipula comédia, drama e suspense faz um retrato irônico e brutal sobre a violência contra a mulher. Não à toa, o longa fez sucesso no Festival Sundance. O longa também foi indicado a Melhor Filme, Montagem, Atriz e acabou levando a estatueta por Melhor Roteiro Original.

PUBLICAÇÃO RELACIONADA | CRÍTICA – Bela Vingança (2021, Emerald Fennell)

Chloé Zhao

Roteirista, produtora e diretora chinesa, Chloé Zhao é responsável pelo aclamado longa Nomadland, garantiu o Oscar de Melhor Direção em 2021. O longa é baseado no livro Nomadland: sobrevivendo nos Estados Unidos no século 21, da jornalista Jessica Bruder, acompanha as viagens de Fern (Frances McDormand), uma mulher na casa dos 60 anos, pelo oeste dos Estados Unidos, e seus encontros com nômades modernos.

Chloé também está por trás do roteiro, direção e produção do longa Eternos da Marvel Studios, lançado em 2021.

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CRÍTICA – Nomadland (2020, Chloé Zhao)

CRÍTICA – Eternos (2021, Chloé Zhao)

Laís Bodanzky

Outro grande nome feminino do cinema brasileiro, Laís Bodanzky aborda temas centrados nos relacionamentos e ideias compartilhadas, com narrativas dramáticas focadas em assuntos mundanos e universais e como são experimentados de maneira única por cada pessoa.

A última produção da cineasta, Como Nossos Pais, levou o prêmio de melhor filme da 45ª edição do Festival de Cinema de Gramado. Além de ser o grande vencedor, o longa recebeu outros cinco Kikitos: direção para Laís Bodanzky, atriz para Maria Ribeiro, ator para Paulo Vilhena, atriz coadjuvante para Clarisse Abujamra e montagem para Rodrigo Menecucci.

Kathryn Bigelow

O Oscar é hoje um prêmio com muito mais força comercial do que propriamente artística. Isso, porém, não diminui o tamanho do holofote político e crítico que a premiação oferece – e o impacto cultural que um filme pode alcançar através do prêmio. Por isso, a diretora americana Kathryn Bigelow afirma sua importância não somente por ter conquistado o espaço como um nome forte entre a maioria masculina a conquistar o sucesso em Hollywood, como também por ter se tornado a primeira mulher a ganhar, somente em 2009, o prêmio de Melhor Diretora pela Academia de Cinema Americano, com o filme Guerra ao Terror; o longa também levou a estatueta de Melhor Filme.


São muitos os nomes de diretoras importantes no cinema, como Ava Duvernay, Olivia Wilde, Angelina Jolie, desde diretoras, atrizes, roteiristas, maquiagem, etc, mas fica aqui nossa homenagem a elas que fazem do cinema uma arte ainda mais linda.

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