Início GAMES Crítica CRÍTICA – Octopath Traveler II (2023, Square Enix)

CRÍTICA – Octopath Traveler II (2023, Square Enix)

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Octopath Traveler II me surgiu como uma enorme surpresa. Agindo como um belo RPG de turnos, o game surpreende em sua experiência narrativa, jogabilidade e nos lança por um mundo hostil com um lindo visual. Enquanto funciona como uma bela homenagem aos RPGs de turnos de 16bits, o game inova não apenas na sua forma de apresentar o mundo, mas também de um avanço no adorado visual HD2D.

Assim como o primeiro game da franquia, Octopath Traveler II nos conta as histórias singulares de seus 8 protagonistas, algumas muito mais interessantes do que outras. Mas o que mais me deixa abismado é: Como podem haver tantos conflitos diferentes em um mundo tão pequeno.

O que o game faz, é levantar o sarrafo no que diz respeito à sua narrativa, tudo isso enquanto se aprofunda nas mais diversas mecânicas introduzidas aqui.

SINOPSE

Este é um novo jogo da franquia OCTOPATH TRAVELER, que teve o primeiro título lançado em 2018 e vendeu 3 milhões de cópias no mundo todo. Ele leva o visual HD-2D da franquia, uma mistura de arte retrô em pixels com 3D, para patamares ainda mais altos. No mundo de Solistia, oito novos viajantes adentram uma nova e empolgante era. Aonde você irá? O que você fará? Quais histórias você viverá? Você pode trilhar o caminho que quiser. Embarque em uma aventura só sua.

ANÁLISE

As aventuras as quais adentraremos no mundo de Octopath Traveler giram em torno de seus 8 protagonistas, escolhi Partitio como o primeiro de minha aventura. Ao longo da minha jornada encontrei Ochette, Castti e muitos outros. Ainda que todas as histórias sejam muito interessantes, algumas delas se destacam em relação às outras. Quando Partitio deixa seu lar em busca de vingança, nada mais será o mesmo. Enquanto parte em busca de seu objetivo, 7 outros personagens se juntam à sua equipe e tornam a aventura muito mais divertida.

Ao longo dos capítulos de cada uma das 8 histórias, testemunhamos algo que ficou parecido com o primeiro game da franquia, lançado originalmente em 2018 – que vendeu mais de 3 milhões de cópias. Ao retornar para a fórmula anterior, a Square Enix conta 8 histórias inteiramente novas e relativamente mais longas do que a do game anterior.

Enquanto conta cada uma das histórias de maneira única, Octopath Traveler II brilha ao fazer o caminho de todos os personagens se cruzarem. Com tramas mais maduras e mais motivadas, vemos que o cuidado da Square ao localizar o game para o inglês foi pensado também no elenco de dublagem do game, que incide por dar ainda mais profundidade às histórias.

JOGABILIDADE, GRÁFICOS E DIFICULDADE

O que pode ser visto na arena de batalha de Octopath Traveler II por meio de seus encontros aleatórios dão um respiro no já tradicional sistema de combate por turnos. E ainda que os encontros pareçam aleatórios, eles se dão a cerca de 15 à 20 segundos no mapa.

Com dois sistema interessantes, o game se destaca de seus concorrentes, que acabam por fazer mais do mesmo. Os sistemas de Boost e Break garantem vantagem em diferentes aspectos do combate. Ganhando um ponto de Boost a cada turno em que jogamos, podemos concentrar energia no combate, garantindo mais força, ou maior número de hits de acordo com quantos PBs você tiver. Essa mecânica acaba por desencadear a mecânica de Break.

Quando adentramos um combate, cada um dos inimigos tem fraquezas. A fim de tirarmos um valor satisfatório de dano, precisamos atacá-lo com o que sabemos que o acertará, caso não o façamos, ele perderá apenas um valor ínfimo de HP.

Ao acertarmos os inimigos com armas ou magias que são suas fraquezas, tiramos um ponto de sua durabilidade que pode variar. Ao chegar ao 0, nosso inimigos entrarão em um estado catatônico e passará duas rodadas sem te atacar, dando aos jogadores a oportunidade dar o máximo de dano possível nestas rodadas.

O gráfico de Octopath Traveller II é algo que se destaca em relação ao seu antecessor. Ainda que bonito, ele se limitava graficamente falando, e vemos um salto no game lançado em 2023. Com mapas e áreas muito bem trabalhadas, o game nos tira o ar ao adentrarmos em novas regiões, em que se torna claro que houve um enorme trabalho de level design.

A dificuldade do game varia de acordo com a área que adentramos. Se você for do tipo explorador, como eu, encontrará um maior desafio ao adentrar determinadas áreas antes da hora, o que te forçará a dar voltas e mais voltas no mapa derrotando inimigos a fim de ganhar níveis, antes de avançar. Mas se você seguir um roteiro pré-determinado pela história, não terá muitos problemas.

VEREDITO

Sem entrar em maiores detalhes, Octopath Traveler II se destaca por sua narrativa e nos leva por histórias inteiramente novas, mas que são tão encantadoras quanto desafiadoras. Os perigos que enfrentamos, nos levará a passar horas a fim de finalizar um único combate.

O game se mostra como um salto evolutivo e se faz muito feliz no que diz respeito à progressão e uma maior imersão de mundo. As escolhas narrativas mostram que a Square mergulhou ainda mais nas histórias que quer contar e consequentemente faz o mesmo com os jogadores. Quando nos apresenta a opção de realizar missões secundárias nos garantem itens importantes para a progressão e um significativo aumento de experiência, mostrando a importância de seguir não apenas a linha narrativa principal.

Após cerca de 45 horas de game, ouso dizer que o brilhantismo de Octopath Traveler II vem não apenas de seu visual, mas do valor emocional e narrativo que a trama carrega.

Octopath Traveler II foi lançado em 9 de fevereiro para Nintendo Switch, PlayStation 4, PlayStation 5 e PC.

4,5 / 5,0

Confira o trailer do game:

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