Início GAMES Artigo EU CURTO JOGO VÉIO #30 | Black (2006)

EU CURTO JOGO VÉIO #30 | Black (2006)

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Black

Alguns jogos ganham espaço no nosso coração a ponto de deixar uma grande saudade de reencontra-los no presente pela sua história, jogabilidade, desafio ou apenas o desejo inconsciente de retornar a uma época onde tudo era muito mais simples e nestas épocas muito mais analógicas do que digitais existiu um FPS que fez sua história. ‘Black‘ é um jogo lançado para Playstation 2 e Xbox, produzido pela desenvolvedora britânica Criterion Games utilizando o motor gráfico RenderWare e publicado pela Eletronic Arts tendo seu lançamento ocorrido em abril de 2006.

O jogo tem a interessante curiosidade de ter o vencedor de Emmy e Oscar, Michael Giacchinno conhecido por seus trabalhos em UP! Altas Aventuras e The Batman como um dos compositores de sua trilha sonora.

Durante seu lançamento o jogo recebeu no geral críticas positivas, mas foi abraçado de forma muito mais entusiasmada pela comunidade de gamers e pelo gancho deixado pela história existiu a expectativa de uma sequência que nunca ocorreu devido as divergências criativas entre a desenvolvedora e o estúdio de publicação.

Cinco anos após o seu lançamento foi lançado o jogo Bodycount, considerado por muitos o sucessor espiritual de Black pelas semelhanças que sua narrativa possuía, mas não agradou tanto como o título ao qual se inspirou.

A história deste jogo é ambientada na República da Inguchetia e na Chechenia que são parte do território da Rússia onde o agente de operações da CIA Jack Kellar conta os eventos ocorridos quatro dias antes envolvendo seu esquadrão e uma operação de contrabando de armas realizada por uma organização chamada de A Sétima Onda.

Para o panorama moderno que temos atualmente tanto para quem desenvolve quanto consumidores de jogos, provavelmente Black seria um jogo que não ganharia muitos corações por não ser um jogo que permitiria ficar deslizando no campo de batalha ou tentando alguma coisa mais acrobática com quase 100 horas de gameplay, ter um modo multijogador, um battle royale ou um passe de batalha enorme que consome sua paciência enquanto espera alguma oportunidade de dobro de experiência.

Como mencionei no início do nosso artigo de Jogo Véio eram tempos muito mais simples, mas não deixavam de ser menos divertidos do que em nossa época atual que é tão tecnológica.

Finalizar uma jogatina de Black não deve passar de 5 horas de uma experiência que é bem desafiadora à medida que você joga as missões da história e ao finalizar em um nível tentar algo um pouco mais difícil.

Cada missão tem um objetivo primário e alguns secundários para realizar durante a fase, sendo permitido o avanço após completar o que nos é proposto, algo que naqueles tempos incentivava um jogador de FPS a ir além de só invadir algum lugar e ir mandando bala.

Falando nisso, a jogabilidade era bem mais intuitiva pela ausência de elementos como a assistência de mira, que jogadores modernos talvez nem saibam lidar com um título que não ofereça esse tipo de suporte e mirar exigia muito mais cuidado de nossa parte para ter acertos precisos.

Não tínhamos um grande arsenal de equipamentos, o que ficava muito interessante por precisar escolher com cautela o que levar para uma missão pois em dado momento era necessário coisas específicas como destruir uma parede ou eliminar alguns seguranças de grandes distâncias para ter um avanço mais seguro. Esse tipo de escolha e preparação pré missão me remeteu a franquia Syphon Filter que é um dos ótimos jogos de sua geração.

Além deste aspecto de preparação ainda existiam elementos gráficos que até alguns jogos modernos deixam a desejar como, por exemplo, balas que ricocheteiam nas superfícies como paredes e colunas deixam marcas nas superfícies ou cenários que poderiam ser destruídos durante os momentos de confronto.

Apesar de ser uma mera preciosidade, detalhes assim fazem muita diferença quando pensamos que é um jogo lançados fazem 18 anos, mostrando como seus desenvolvedores conseguiram um trabalho além do seu tempo.

Por fim a reflexão que fico em torno deste jogo gira em torno de uma geração de games que o foco passa muito pela criação de uma grande quantidade de remakes e remasters, não gostaria que Black tivesse algum tipo de trabalho deste gênero por ele ser muito divertido exatamente da forma que foi criado e quem tiver a oportunidade de conhece-lo poderá entender como este jogo é um diferencial em sua época.

Black foi lançado em 2006 para PlayStation 2 e Xbox. O game marcou em grande parte do público brasileiro por sua história e dificuldade. Assim como Black, trouxemos outros games que marcaram o mundo dos games no nosso Eu Curto Jogo Véio.

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