Início SÉRIE Crítica CRÍTICA | His Dark Materials: S2E6 – Malice

CRÍTICA | His Dark Materials: S2E6 – Malice

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His Dark Materials se encaminha para o final de sua temporada. No sexto episódio da segunda temporada, intitulado Malice, todos os caminhos levam à mesma cidade, e os encontros prometem ser explosivos na season finale.

SINOPSE

Lyra (Dafne Keen) e Will (Amir Wilson) encontram aliados que podem ajudá-los na busca pelo pai de Will. O Magisterium aprende algo chocante, e a Sra. Coulter (Ruth Wilson) encontra um adversário formidável.

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ANÁLISE

Malice é um episódio de transição para o final da temporada. É nele que vemos todos os personagens que apareceram ao longo desse segundo ano encontrando o caminho para uma mesma cidade, um ponto comum que será palco para a definição do destino de Lyra e Will.

É nesse episódio também que diversos mistérios, até então sem respostas, começam a ser abordados. Além de tratar sobre a relação entre pais e filhos, His Dark Materials é uma série ancorada em elementos bíblicos, os quais passam a ganhar real sentido nesse novo capítulo.

Após os acontecimentos de The Scholar, em que Lyra e Will conseguem escapar não só com a Faca Sutil, mas também com o aletiômetro, a Sra. Coulter está mais decidida do que nunca em ir atrás de Lyra.

Mesmo que Boreal (Ariyon Bakare) explique sobre os espectros que rondam a cidade de Cittàgazze, a Sra. Coulter está decidida a ter Lyra de volta e em segurança custe o que custar. Então, ambos se aventuram atravessando o portal em Oxford.

Ao conseguir manipular suas emoções, isolando tudo que faz dela um ser humano, Sra. Coulter consegue controlar todos os espectros da cidade. Essa atitude é surpreendente e aterrorizante ao mesmo tempo, mas desperta cada vez mais admiração de Boreal por Marisa.

Entretanto, os planos dela sobre o amigo definitivamente não são os mesmos planos que ele tem sobre a parceria dos dois. Em uma reviravolta, a Sra. Coulter envenena seu amigo de longa data pois, segundo ela, ele escondeu todo seu conhecimento e preferiu agir por conta própria em relação à Lyra. A partir desse ponto, ela está sozinha em sua jornada atrás de sua filha.

Confesso que o destino de Boreal pelas mãos de Coulter me surpreendeu um pouco. Eu já esperava que, em algum momento, ele se tornasse carta fora do baralho. Entretanto, não imaginava que iríamos nos despedir tão cedo de Bakare e seu personagem.

A cena de Sra. Coulter com os espectros é indiscutivelmente a melhor do episódio. É extremamente aterrorizante pensar que ela seja tão poderosa e inteligente assim, o que nos faz ter um pouco de medo do futuro de Lyra.

Will, Lyra e as feiticeiras

Após todas as desventuras do episódio anterior, Will está fragilizado. Devido ao corte em sua mão ser causado por mágica, a ferida não está cicatrizando facilmente, e a situação toda está drenando a saúde dele.

As crianças da cidade formam um motim contra Will e Lyra por causa da Faca Sutil. Os dois fogem como conseguem, porém são encontrados por Angélica (Bella Ramsey) e Paola (Ella Schrey-Yeats) no telhado de uma das casas da cidade. Quando estão prestes a serem atacados, porém, as feiticeiras aparecem para salvar a dupla.

O grupo se esconde na mata de Cittàgazze, levando consigo a Faca Sutil, único item capaz de manter os espectros longe das Feiticeiras. Elas tentam convencer Lyra a retornar ao mundo delas, mas a garota afirma que o aletiômetro possui outros planos para ela e Will.

Em um esforço coletivo, Serafina Pekkala (Ruta Gedmintas) e suas irmãs tentam salvar Will, mas não antes de contarem a ele como seu destino é importante para a profecia. Serafina explica que Lyra é responsabilidade dele e que o garoto precisa fazer de tudo para mantê-la a salvo.

Lyra aproveita toda a situação para consultar o aletiômetro sobre o paradeiro de Jopari (Andrew Scott). Então, a engenhoca diz que o pai de Will está mais perto do que eles imaginam.

Todo o arco de Lyra e Will se encaminha para uma colisão muito interessante na season finale, principalmente porque todos os envolvidos dizem querer “o bem” das duas crianças, mas estão em lados opostos. Em quem acreditar?

Lee e Jopari no balão

Já faz alguns episódios que Lee (Lin-Manuel Miranda) e Jopari estão voando de balão para chegar a Cittàgazze. Esse núcleo tinha tudo para ser melhor desenvolvido ao longo desses episódios, porém eles aparecem pouco, apenas com cenas de ação envolvidas.

Em Malice, o balão de Lee finalmente atravessou a fenda no céu. Porém, eles estão sendo acompanhados por dirigíveis do Magisterium — cujos membros a essa altura já descobriram quem é Lyra e criaram coragem para atravessar a “anomalia”.

Em uma demonstração de todo o seu poder, o xamã invoca raios e pássaros contra o Magisterium, mas infelizmente o balão onde Lee e Jopari estão é atingido e cai no meio da mata. O desenrolar desse gancho fica para o último episódio da temporada, que terá muitas coisas para explicar.

Mary Malone e os anjos

Em The Scholar, Mary Malone (Simone Kirby) atravessou a janela em Oxford, chegando à Cittàgazze. Protegida pelos anjos, que têm em Mary a imagem da “cobra” bíblica, a doutora desbrava a cidadela em busca de Lyra.

Lá, ela conhece Angélica e Paola que, abandonadas e com medo, veem na moça uma forma de proteção. Ao pedirem para que Mary fique com elas e as ajude, pois os espectros não a atacam, a professora fica balançada, mas acaba não cedendo. Ao invés disso, ela propõe levar as crianças junto com ela até seus pais, que estão no topo da montanha.

VEREDITO

Todos os caminhos irão se cruzar no final da temporada, e é difícil saber se Lyra e Will irão sair intactos desse encontro. Com seis episódios em que as crianças mais se deram mal do que bem, é ingenuidade esperar algum tipo de final feliz para essa segunda temporada.

Malice é um episódio interessante, mas fraco perto dos dois episódios anteriores. Mesmo assim, ele conduz um caminho intrigante para um final explosivo.

3,5 / 5,0

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