CRÍTICA – Desaparecido para Sempre (1ª temporada, 2021, Netflix)

    Assim como fez com O Inocente, a Netflix optou por adaptar mais uma produção baseada nos livros de Harlan Coben. Desta vez a obra escolhida foi Desaparecido para Sempre, uma minissérie de 5 episódios.

    SINOPSE

    Dez anos após perder as duas pessoas que mais amava, um homem se envolve em mais um mistério depois que a namorada desaparece.

    ANÁLISE

    Embalado pelo gênero suspense, o diretor Juan Carlos Medina busca transmitir com a roteiro da minissérie toda a agonia que Guillaume (Finnegan Oldfield) está sentindo ao se ver tão apaixonado por Judith (Nailia Harzone), que sumiu sem explicações.

    Não aceitando a suposta ideia que a sua namorada poderia não estar sentindo o mesmo, e optando por se mudar repentinamente, Guillaume resolve investigar esse desaparecimento e se encontra em vários mistérios e mentiras sobre a vida de Judith.

    Desaparecido para Sempre (1ª temporada, 2021, Netflix)

    Para piorar, percebe que os problemas do passado resolvem aparecer e se mostrar muito mais confusos e violentos quanto ele imaginava.

    A premissa em teoria é boa, porém, a execução não foi acertada. Buscando apresentar as histórias de diferentes personagens, a direção a todo momento mostra cenas do passado e do presente, se perdendo no que é realmente importante.

    Desaparecidos para Sempre cria uma trama embaralhada e tediosa nos três primeiros episódios, só começando a criar forma ideal a partir do quarto episódio, ou seja, praticamente em seu final.

    O que é lamentável, pois, no momento que começa a ficar realmente interessante e instigante, mostrando conteúdos mais focados no suspense, em que tentamos encaixar cada peça, e finalizando cenas com bons plot twists, a minissérie chega ao seu fim.

    Em sua maioria, a obra quis apelar para a dramaticidade, abordando em sua ficção um lado mais sombrio, a desigualdade social e de tratamentos entre negros e brancos, pobres e ricos.

    VEREDITO

    Podemos perceber que o autor Harlan Coben utiliza da mesma técnica que o escritor ChuckPalahniuk empregou na tão famosa obra Clube da Luta, utilizando do artifício do mistério para nos deixar entretidos e nos chocar com as críticas sociais.

    Contudo, ao contrário da adaptação cinematográfica de Clube da Luta e de O Inocente, a nova produção Desaparecido para Sempre não possui a mesma qualidade de execução, apagando todo o brilho que um roteiro bem adaptado poderia ter.

    Portanto, podemos concluir que não adianta uma produção ser boa quando está se aproximando final, pois, muitos desistem em seu segundo episódio perdendo o único ponto positivo da trama.

    Nossa nota

    3,0 / 5,0

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