CRÍTICA – Barbie (2023, Greta Gerwig)

    Com o passar dos meses, Barbie se tornou um dos filmes mais esperados de 2023. E com o lançamento se aproximando, fomos convidados a assistir o filme na cabine de imprensa. O hype que vem sendo construído ao redor do filme vem não apenas por seu elenco repleto de estrelas, mas também por todo o empenho na promoção do filme, e toda a construção que foi feita em cima da história da personagem que mudou o mundo dos brinquedos para sempre. Quando lançados na história de Barbie, vemos a Barbieland pela primeira vez.

    Enquanto a vida perfeita da Barbie Estereotípica (Margot Robbie) se desenrola, acompanhamos seus dias na cidade perfeita, onde todas as Barbies vivem em harmonia e levam uma vida em que tudo parece estar a seu favor. Muito distante de ter sido criada como uma boneca que servisse para criar estereótipos, seu papel é ainda mais importante na vida das meninas dos anos 50. A Barbie tomou o lugar das bonecas “bebês” que colocavam as crianças nos papéis de mãe, e a Mattel criou assim uma personagem identificável, com diversas facetas e muitas carreiras.

    SINOPSE

    Barbie levava uma vida perfeita na Barbieland. Após perceber que sua “perfeição” diminuía dia após dia, ela precisa partir do seu lar e ir em direção ao mundo real a fim de descobrir o que está acontecendo.

    ANÁLISE

    Barbie

    Como uma clara homenagem a toda a história da boneca Barbie e sua importância na vida das crianças, jovens e adultas, acompanhamos a história da Barbie em uma odisseia a fim de descobrir o que há de errado consigo mesma. Desde seus primeiros minutos, temos o tom do filme com a cena do trailer que foi proibido no Brasil, pois em uma clara homenagem à 2001: Uma Odisseia no Espaço, mostrava crianças se livrando de bonecas mais infantilizadas para brincar com a Barbie. Mostrando o nascimento de uma nova era ali. Essa cena pode ser assistida abaixo:

    Com a brilhante narração de Helen Mirren e a direção de Greta Gerwig somos lançados à uma linda aventura. Ainda que Barbie tenha diversas referências, críticas e piadinhas, elas não se dão de maneira excessiva, mas se mostram, sim, pontuais. Com momentos divertidos e críticas incisivas não apenas ao patriarcado, mas também à normalização de relações tóxicas, o longa nos diverte, nos deixa chocados e nos faz suspirar.

    O incrível talento de Margot Robbie e o timing cômico de Ryan Gosling fazem o filme ganhar cada vez mais força, fazendo todos os arcos do filme só crescerem. Mas não apenas isso, o longa nos faz viajar por muitos mundos e todos eles distintos. Algo que entretém ao longo do filme, é o fato do mundo real não ser nada como Barbie imagina, mas também sua interação com este mundo.

    Funcionando não apenas como uma comédia, como também uma crítica, o longa nos diverte e eu preciso confessar: Barbie, o longa sobre a boneca de plástico mais icônica do mundo, consegue ser mais humano do que todo o longa de Christopher Nolan, sobre o pai da bomba atômica e muito dos outros filmes em cartaz.

    Os 114 minutos de Barbie quase não são sentidos. Ao longo desse tempo, somos levados por uma história com o coração no lugar certo e uma trama cujo mais belos momentos nos fazem abrir um sorriso largo.

    VEREDITO

    Barbie corresponde a todo o hype criado. Antes mesmo da estreia, o filme havia batido o recorde de pré-venda no Brasil e com estreia em mais salas de cinema do que Oppenheimer, e eventualmente se consagrará como o filme que com certeza desbancará o filme de Christopher Nolan.

    Um efeito, ou melhor, o que Barbie me causou ao longo de suas quase 2 horas, foi um sorriso e um coração leve ao acompanhar uma trama corajosa e divertida. Trama essa, que nem mesmo a diretora Greta Gerwig acreditou que a Mattel fosse aceitar. Para além das abstrações, Barbie é uma história sobre humanidade, aceitação e sobre como a vida pode te levar pelos mais diversos lugares. Enquanto te faz questionar sobre a sua relação consigo mesma, Barbie diverte, investiga e contesta a normalização de atos que se perpetuam sobre as mais diversas relações, principalmente nas propiciadas pelo patriarcado.

    E ah, só para deixar claro: Barbie é o filme do ano.

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    Confira o trailer do filme:

    Barbie estreia nos cinemas de todo o Brasil no dia 20 de Julho.

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