Será que alguma forma de arte se espalhou tão rapidamente ou de um modo tão universal quanto o cinema?
A arte é o reflexo de uma sociedade e com o surgimento do cinema, a Sétima Arte assumiu o principal papel de construir uma identidade cultural. O cinema é um espaço importantíssimo para analisar a história da nação e também para compreender as críticas de cada época.
Quando discutimos sobre a real função e importância do cinema, podemos citar alguns objetivos básicos que essa arte pode cumprir:
- Entretenimento despretensioso: quando o cinema é visto puramente com o objetivo de distrair e divertir o seu público, sem nenhuma outra preocupação;
- Educação da sociedade: quando o cinema passa a ser considerado como um instrumento para educar o seu público e utilizado para evoluir a formação intelectual de cada um;
- Propagação de ideologias: a inserção de ideologias sendo propagadas na tela do cinema, com o objetivo de divulgar seu conteúdo e buscar uma audiência que pode se identificar com aquilo que está sendo apresentado.
Porém, com todas essas possibilidades citadas acima, não podemos nos esquecer da principal função do cinema: Movimentar as emoções do seu público, pois é o principal mérito de qualquer arte existente na nossa sociedade.
Para que você identifique um bom filme, podemos analisá-lo de acordo com as sensações e sentimentos que ele nos causa. A obra cinematográfica, quando bem-feita, nos sensibiliza, ensina, encanta e nos faz refletir.
O lugar que produz o cinema é também o lugar que o recebe, de modo que a fonte fílmica pode dar a compreender uma sociedade simultaneamente a partir do sistema que o produz e do seu universo de recepção.
O público consumidor e a crítica inscrevem-se desde já na rede que produz o filme, conjuntamente com os demais fatores que atuam na sua produção, e isto porque o público receptor é sempre levado em consideração nos momentos em que o filme é elaborado.
As competências e expectativas do consumo, enfim, são antecipadas no momento em que é produzida a obra cinematográfica, de modo que analisar um filme é analisar também o público que irá consumi-lo.
O cinema é versátil e multifacetado demais para caber em apenas um texto como esse e excessivamente ambíguo para ser definido. O cinema, como declarou Jean-Luc Godard é “a verdade a 24 quadros por segundo” – o que parece impressionante até que se considere, digamos, obras como o antissemita Jud Süss (1940), de Veit Harlan (1899-1954).
Sam Fuller talvez tenha chegado mais perto ao descrever o cinema como “um campo de batalha: amor, ódio, ação, morte. Em uma palavra: emoção”. Embora isso mal se aplique às animações abstratas de Hans Richter (1919-2008) ou Oskar Fischinger (1900-1967).
Estamos em constante mutação e evolução. Assim como nos filmes, nossa percepção muda, nossa sensibilidade aumenta, basta se deixar liberto de qualquer amarra que possa ter te impedido de evoluir.
Viva o cinema! Viva o Dia Internacional do Cinema!
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