Início FILMES Crítica CRÍTICA – A Fita Cassete (2021, Valerie Weiss)

CRÍTICA – A Fita Cassete (2021, Valerie Weiss)

0
A Fita Cassete (2021, Valerie Weiss)

A Fita Cassete (Mixtape) é o novo filme original da Netflix. Estrelado por Gemma Brooke Allen e Julie Bowen (Modern Family), a dramédia conta a história de uma jovem que quer saber mais sobre vida e personalidade de seus pais.

A produção é dirigida por Valerie Weiss e roteirizada por Stacey Menear.

SINOPSE DE A FITA CASSETE

A órfã Beverly Moody (Gemma Brooke Allen), de 12 anos, encontra uma fita quebrada gravada pelos pais adolescentes. Beverly vê a fita como uma chance de finalmente saber mais sobre sua família.

ANÁLISE

Que armadilha é A Fita Cassete. Ao assistir ao trailer tive a sensação de que o longa seria uma comédia adolescente e que renderia muitas risadas. Porém, se trata de uma dramédia muito bem construída, com mensagens positivas e inspiradoras.

Beverly, ou apenas “Bev”, é uma menina órfã que mora com sua avó Gail (Julie Bowen). Gail é muito jovem para ser avó, mas também era muito jovem quando se tornou mãe. Devido a um acidente de carro, Gail perdeu sua filha e seu genro, se tornando responsável pela criação de Bev.

Conforme a menina vai crescendo, ela passa a ter dúvidas e querer entender melhor quem foram seus pais. Será que eles gostariam dela? Será que eles teriam algo em comum? Como era o som das suas vozes?

O longa se passa bem na época do finado Bug do Milênio, na virada de 1999 para os anos 2000. Os traumas de Gail, devido à perda prematura de sua filha, criam uma obsessão pelo evento que está por vir, fazendo com que ela trabalhe sem parar em busca de dinheiro para pagar seguros e estocar comida. Seus traumas criam também uma barreira entre ela e Bev, dificultando que a criança encontre na avó um local para tirar as suas dúvidas.

Quando Bev encontra uma fita cassete com uma mixtape feita por seus pais, ela acredita que esse seja um sinal deixado por eles. A garota, então, parte em uma quest para “coletar” essas músicas e entender mais sobre seus pais.

A Fita Cassete é uma gracinha, e o elenco mirim faz seu trabalho para transformar a trama em algo ainda mais especial. Com suas amigas Ellen (Audrey Hsieh) e Nicky (Olga Petsa), Bev embarca nessa jornada musical, servindo uma playlist recheada do melhor do rock underground.

O longa me lembra um pouco outra produção original da Netflix. Moxie: Quando as Garotas Vão à Luta possui uma proposta similar da perspectiva da música, principalmente com sua ótima trilha sonora. A verdade é que o punk rock nunca vai sair de moda – e amém por isso.

Apesar de possuir uma montagem duvidosa em alguns momentos, com acontecimentos que não se explicam completamente ou passam muito rápido, A Fita Cassete consegue entregar uma boa trama em sua curta duração (o longa tem apenas uma hora e 37 minutos). Uma deliciosa e emotiva jornada, que deixa seu coração quentinho ao final da exibição.

Vale ressaltar que a atriz mirim Gemma Brooke Allen está muito bem no papel. Na verdade, todo o elenco está em grande sintonia graças a ótima direção de Valerie Weiss. Senti falta de mais momentos para Julie Bowen mostrar seu talento, mas entendo que a trama era sobre Bev, e não tanto sobre Gail.

VEREDITO

A Fita Cassete é um ótimo filme sobre como lidar com traumas e entender a sua família. Embalado por uma trilha sonora inspiradíssima e recheado de momentos fofos, o longa da Netflix é um pequeno achado no meio do vasto catálogo.

3,8/5,0

Assista ao trailer de A Fita Cassete:

Inscreva-se no YouTube do Feededigno

Assista às nossas análises de filmes, séries, games e livros em nosso canal no YouTubeClique aqui e inscreva-se para acompanhar todas as semanas nossos conteúdos também por lá!

Sair da versão mobile