CRÍTICA: ‘Bom Menino’ usa da afetividade para contar uma boa história

    Dizem que o cão é o melhor amigo da humanidade. No entanto, a mais recente produção do gênero terror sobrenatural tem uma proposta um tanto diferente do que estamos acostumados. Partindo dessa relação tão afetiva quanto conhecida, o filme explora um lado inesperado deste vínculo. Bom Garoto é um filme dirigido por Ben Leonberg conhecido pelo filme The Fisherman’s Wife, desenvolvendo o roteiro ao lado de Alex Cannon. O protagonista é o Nova Scotia Duck Tolling Retriever do cineasta tendo como companheiros de tela Shane Jensen, Arielle Friedman e Larry Fessenden.

    A história de Bom Menino é contada da perspectiva do cachorro Indy e seu dono Todd que se mudam para a casa de campo da família após a morte de um parente e neste lugar, que antes pertencia ao avô de Todd, é conhecido pelas pessoas por ser assombrado por um demônio maléfico.

    Ignorando todos os rumores sobre a residência Todd abre caminho para que seu cachorro passe a enxergar presenças fantasmagóricas, sobrenaturais pelos cantos aparentemente vazios enquanto seu ele mesmo passa a sucumbir às forças sombrias sendo seu melhor amigo o único a confrontar essa entidade.

    Bom Menino

    Bom Menino é um filme que pode não chegar fazendo muito barulho como uma grande produção de terror, mas vai agradar por sair da posição de conforto caso você seja um espectador que procure por longa que seja diferente de outras produções desse gênero vai ser uma boa opção.

    A direção conta toda a história pela perspectiva de Indy utilizando elementos cinematográficos muito semelhantes ao que já vimos nas produções no estilo found footage, causando uma boa construção de tensão para os momentos que o cachorro tem contatos com o sobrenatural.

    Utilizando isso os elementos não verbais inseridos em cena vão ganhar mais destaque como a trilha sonora preparando tudo para causar algum susto ou ter alguma revelação que seja pertinente a respeito dos acontecimentos que ocorrem na casa.

    O foco nessa forma de conduzir a trama também pode ser evidenciado através dos poucos diálogos que temos ao longo de uma hora e treze minutos da exibição do filme o que em alguns momentos acaba afetando o ritmo, mas não incomoda a experiência cinematográfica como um todo.

    Outro ponto interessante é como não vermos o rosto do Todd temos a ambivalência de saber quais momentos ele está possuído ou em sofrimento por outra situação que vamos conhecemos ao longo do filme.

    A respeito de atuações o grande destaque do filme é o Indy que assume o protagonismo do longa e vai ser através de seus olhos, curiosidade, o desejo de proteger seu amigo que vamos descobrindo a faceta sobrenatural da trama com uma boa ajuda da direção em aproveitar o melhor disso.

    O filme tem uma conclusão que é muito interessante porque vai apelar para as nossas emoções para que em algum ponto deste terceiro ato alguém tenha um final positivo para o seu personagem principal.

    Bom Menino é um filme diferente do que estamos acostumados no gênero, utilizando uma linguagem interessante e uma perspectiva peculiar vemos uma das boas produções do gênero terror neste ano.

    Nossa nota

    Confira o trailer do filme:

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