Carter é um filme sul-coreano e foi lançado na Netflix na última semana. No dia de postagem dessa crítica, o filme estrela o TOP 3 Brasil da plataforma vermelha. O filme que é ambientado na entre a Coreia do Sul e do Norte, nos lança em uma história sobre uma perigosa pandemia que já destruiu alguns países.
Com um personagem sem memória, precisamos descobrir qual sua função naquele mundo, enquanto Carter Lee (Joo Won) precisa obedecer a voz em sua cabeça para cumprir sua missão.
SINOPSE
Carter é um filme de suspense de ação sul-coreano dirigido por Jung Byung-gil, estrelado por Joo Won no papel-título com Lee Sung-jae, Jeong So-ri e Kim Bo-min. O filme gira em torno de um agente amnésico que é jogado no meio de uma missão misteriosa. Foi lançado pela Netflix em 5 de agosto de 2022.
ANÁLISE
O filme nos apresenta sequências de ação que tem intuito de dar uma dinamicidade à trama e nos prender. Mas se você está calejado e tem como um fraco por filmes com enormes planos sequências, como de A Marca da Maldade de Orson Welles, a cena do corredor de Oldboy, assim como cortes de cena e transições bem feitas, Carter talvez não te prenda.
Com uma história não tão relevante assim, o filme nos faz percorrer por uma viagem um tanto preguiçosa, que faz uso de enormes sequências de ação para prender seus espectadores, já que sua história não o faz. O longa nos permite viajar e conhecer os conflitos e os desafios de uma área desmilitarizada entre as duas Coreias em um mundo distópico, em que uma pandemia parece ter destruído alguns países. Ao colocar como o protagonista/narrador um personagem sem memórias, as tramas que giram em torno de sua amnésia são alguns dos aspectos que mais despertam a nossa curiosidade.
Enquanto nos apresentam aspectos íntimos de culturas completamente diferentes da nossa, as rixas existentes que um vindouro conflito motivado por uma pandemia causou, é um dos elementos de mais destaque no filme.
Ainda que o roteiro dependa quase que completamente das cenas de ação, o filme baseia suas sequências exacerbadas em uma amálgama de construtos 3D e mudanças de perspectivas forçadas, a fim de garantir uma continuidade de cenas que facilmente poderiam ser cortadas a fim de garantir ao público um respiro.
O cuidado da direção com as sequências de ação megalomaníacas, em que o protagonista enfrenta quase 100 inimigos de uma só vez, é tão divertido quanto absurdo, mas o filme opta por se limitar a isso: um filme de ação dramático absurdo. Ainda que tenha feito sucesso no Brasil, Carter se resume à contar uma história que é resultado de uma pandemia que durou tempo demais no mundo real – reimaginada de maneira fantástica para as telinhas.
VEREDITO
Carter tem como intuito nos apresentar um mundo fantástico sem se aprofundar muito em sua história, apenas nos apresentando elementos que nos parecem comuns e parte dali. O que falta para que Carter não precisasse focar tanto em sua ação incessante, é uma história consistente, mas nesse quesito, o filme falha miseravelmente.
Com elementos largados ao longo de seus 132 minutos, Carter é um filme que parece saber onde quer chegar, mas ignora quase que completamente seu roteiro, lançando em seus atos “deus ex” à torto e a direito, fazendo com que Carter desenvolva sua história na base dos socos e pontapés.
2,5 / 5,0
Confira o trailer do filme:
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