CRÍTICA – Milagre Azul (2021, Julio Quintana)

    Milagre Azul é o novo filme original da Netflix que está no TOP 10 do catálogo. Se você ficou curioso sobre essa produção, fica aqui com a gente que poderá saber mais sobre a trama e o que achamos dela.

    SINOPSE

    Para salvar um orfanato, o tutor e os garotos se juntam a um barqueiro para tentar ganhar o grande prêmio em uma competição de pesca.

    ANÁLISE

    O filme Milagre Azul aparentemente é mais um título que busca preencher o gênero de drama do catálogo da Netflix. Apesar de ser baseado na história real da Casa Hogar, um orfanato localizado na cidade de Cabo no México, a produção não consegue transmitir o efeito dramático esperado.

    Podemos perceber um incessante esforço do ator Jimmy Gonzales, que interpreta Omar, o tutor do instituto. Ele consegue passar a imagem de uma pessoa carismática, mas, mesmo assim, a abordagem não permite nos aprofundarmos em seus sentimentos.

    Até nos momentos em que os órfãos relatam os acontecimentos de suas vidas, não causa efeito algum, sendo muito superficial. Parece que o diretor Julio Quintana só quis focar no otimismo extremo e nas superações, sem transmitir de verdade a trajetória dos personagens. Logo, não conseguimos ficar tristes ou felizes com o enredo, pois, tudo é muito banal.

    O que consegue sair dessa curva é a qualidade da fotografia. A edição é excelente e o filme conta com ótimas transições. Esse ponto positivo se estende, principalmente, às belíssimas cenas que destacam o mar. A escolha da predominância do azul, ou tons que se aproximam, também foi uma boa sacada visual.

    VEREDITO

    Infelizmente, Milagre Azul se jogou em um grande clichê que não nos causa empatia, pois foca muito em tentar passar uma mensagem de que tudo vai ficar bem, sem nos mostrar com verdade os problemas em questão. Mesmo com uma boa fotografia, a produção se assemelha muito aos filmes que passam em tv aberta no final da tarde.

    Nossa nota

    2,5 / 5,0

    Assista ao trailer:

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