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CRÍTICA – O Telefone do Sr. Harrigan (2022, John Lee Hancock)

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O Telefone do Sr. Harrigan

O Telefone do Sr. Harrigan parece ter aberto as portas para o mês do terror na Netflix. A plataforma vermelha ganhará no mês de outubro diversos filmes e séries para nos preparar para a chegada do Halloween. O Telefone do Sr. Harrigan é dirigido por John Lee Hancock e nos apresenta a adaptação de um conto de Stephen King.

Assim como todas as histórias de King, o longa é ambientado no Maine e nos apresenta a história do jovem Craig ao longo dos anos, que após perder a mãe, se torna o amigo próximo de um milionário que há algum tempo se mudou para sua cidade.

SINOPSE

Um garoto e um bilionário têm em comum o gosto pelos livros e pelo primeiro iPhone. Mas, depois da morte do idoso, a misteriosa conexão deles se recusa a terminar.

ANÁLISE

Estrelado por Jaeden Martell, Donald Sutherland e pela brilhante Kirby Howell-Baptiste que deu vida à Morte em Sandman, O Telefone do Sr. Harrigan é um suspense que te deixará na beirada da cadeira em diversos momentos. Ao sermos lançados em mundo muito similar ao nosso, conhecemos a história peculiar de Craig e do Sr. Harrigan, que mesmo sendo completamente diferentes, desenvolvem uma amizade que parece improvável. Enquanto Craig cresce e se torna uma ótima companhia para o Sr. Harrigan, eles percebem que certas coisas podem não durar para sempre.

Com uma dinâmica interessante de Sutherland e Martell, logo em seu segundo ato, o longa tira da equação uma parte importante dessa relação, o Sr. Harrigan. O desenvolvimento do longa se dá de maneira fluída, mas acaba por sair dos trilhos em alguns momentos.

Ainda que o filme funcione como um “coming of age” em seu primeiro ato, o suspense e o horror se desenrolam no terceiro ato. Mostrando que ainda que o roteiro tenha um papel importante em criar a tensão necessária para nos incomodar e nos assustar, a direção acaba por falhar – mesmo que o papel de roteirista e diretor sejam da mesma pessoa, John Lee Hancock.

VEREDITO

Ainda que o filme se apresente como um suspense, ele falha em entregar o horror característico das histórias de Stephen King. Ainda que o diretor pareça tentar sustentar toda a trama em cima do roteiro e do talento de seus atores, a direção falha em colocar o filme em um lugar marcante que apenas Carrie (1976), Cemitério Maldito (1989) e Louca Obsessão (1990) ocupam na estante das melhores adaptações das obras de Stephen King.

2,5 / 5,0

Confira o trailer do filme:

O Telefone do Sr. Harrigan está disponível na Netflix.

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