Tron: Uma Odisseia Eletrônica foi um dos primeiros filmes a utilizar computação gráfica. Lançado em 1982, o filme conta com Jeff Bridges e Bruce Boxleitner nos papéis principais, respectivamente Kevin Flynn e Alan Bradley, também conhecido como Tron. O filme é ambientado quase que inteiramente em uma imaginação de um mundo virtual, em que uma inteligência artificial consciente tem feito uso de técnicas obscuras para dominar outros sistemas.
Ainda que não tenha sido um sucesso de crítica e de arrecadação, o longa cresceu como um clássico cult e ganhou uma continuação na forma de filme com Tron – O Legado (2010) e animação Tron – A Resistência (2012).
SINOPSE
Quando o talentoso engenheiro de computação Kevin Flynn descobre que Ed Dillinger, um executivo da sua empresa, está roubando seu projeto, tenta invadir o sistema. No entanto, Flynn é transportado para o mundo digital em um programa antagônico.
ANÁLISE
Como um exercício de imaginação, o longa nos lança por uma viagem sobre o que viria a ser o mundo dos games, mas não apenas isso. Quando encaramos a história do filme, vemos aquele mundo como algo para além do que compreendemos hoje como um “universo eletrônico”. Com noções que temos hoje de inteligências que se rebelam, o filme nos apresenta os perigos que as integrações entre sistemas podem ser, mas não apenas isso.
Tron nos apresenta uma trama concisa, e que parece saber onde quer chegar. Ele se distancia e muito dos visuais dos longas da época, talvez isso tenha causado o estranhamento por parte de seus espectadores.
Com suas cores neons – pintadas à mão em cada um dos frames – dentro daquele mundo, vemos o brilhantismo da produção, que em algumas sequências usa cerca de 15 minutos de imagens contínuas geradas por computação gráfica.
Enquanto faz uma homenagem ao mundo dos games na época, o filme aborda temas como espionagem industrial, e mostra que para que Jogador Número Um pudesse correr, Tron precisou caminhar, galgando uma trilha e claramente inspirado Ernest Cline na composição de seu mundo.
Tron pode nos causar um incômodo em alguns elementos, mas serve como objeto de estudo para mostrar tanto a progressão da história da computação gráfica no cinema, como também “adaptar” o mundo dos games para o grande público.
VEREDITO
Tron voltou à minha lista de filmes após uma nova continuação ser anunciada. Com Jared Leto no elenco, o filme continuará a trama que o filme de 2010 contou. Tron surpreende por suas linhas narrativas e seus paralelos com a nossa realidade, mostrando de maneira imaginativa um medo que a humanidade tem desde que começou a estudar inteligências artificiais: elas tomarem consciência.
Com um Jeff Bridges muito mais novo, o longa nos mostra alguns aspectos inerentes à existência humana e antropomorfiza elementos como componentes eletrônicos e programas criados para funções específicas. Como quando um programa de contabilidade criado para prever o comportamento de compra de seus usuários, é tirado de sua principal função para ser lançado para dentro de uma competição de lightcycles.
Tron: Uma Odisseia Eletrônica, Tron: O Legado e Tron: A Resistência estão disponíveis no Disney+.
5,0 / 5,0
Confira o trailer do filme:
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