CRÍTICA: Com uma história sombria e reflexiva ‘Bye Sweet Carole’ é um excelente jogo

    Um bom conto de fadas sombrio, sempre que possível, é uma boa oportunidade de aproveitar uma história. Isso, ampliado em uma experiência de jogo, se torna muito melhor pela imersão que a interação que os games proporcionam para os seus usuários e, com uma estética chamativa, vai despertar a curiosidade, como é o caso do título Bye Sweet Carole

    Inspirado em animações clássicas, o jogo é desenvolvido pela Little Sewing Machine, liderada pelo artista Chris Darril, responsável pelo roteiro e direção, tendo seu lançamento ocorrido no dia 9 de outubro para PlayStation 5, Xbox Series X/S, Nintendo Switch e PC via Steam. 

    A história de Bye Sweet Carole é ambientada na Inglaterra do século XX. Enquanto o movimento sufragista começa a redefinir a sociedade, a jovem Lana Benton procura por sua amiga desaparecida, Carole Simmons. 

    Bye Sweet Carole

    Sua jornada a leva até o orfanato Bunny Hall e ao misterioso reino de Corolla, um lugar controlado pelo sinistro sr. Kyn, a implacável coruja Velenia e enxames de terríveis coelhos de piche, enquanto outros habitantes a chamam pelo título de princesa.

    Mergulhando entre dois mundos, vamos descobrir, através dos olhos de Lana, a assombrosa verdade escondida no desaparecimento de Carole. 

    Sweet Carole é um jogo que, visualmente, vai impressionar os jogadores em uma narrativa que vai ser muito impactante, mesclando um momento histórico muito importante com referências a alguns contos que são muito conhecidos. 

    Impressiona em diversos níveis, como a escolha criativa de usar o formato de animações clássicas consegue fluir de forma tão natural na experiência de jogo, pois, quando vemos a movimentação de Lana pelo cenários, sua interação com os objetos ou demais personagens que estejam no mesmo quadro, não ocorrendo nenhum tipo de bug ou qualquer forma de descontinuidade.

    Bye Sweet Carole

    Isso vai resultar em uma experiência de jogo que vai despertar um sentimento nostálgico, por se tornar um conto de fadas interativo, porém com uma narrativa muito mais sombria e reflexiva. 

    As mecânicas de jogo são muito fáceis de se aprender, o que acaba se tornando uma experiência de jogo menos desafiadora, com o foco muito maior na resolução de quebra cabeças e em se esconder de inimigos do que essencialmente em um combate. Nesse elemento de luta, é possível encontrar uma semelhança com Cuphead pela combinação do visual com o confronto contra os coelhos de piche e outros inimigos que irão surgir no caminho.

    Bye Sweet Carole

    Apesar da sua aparência de algo mais mágico, em diversos momentos Sweet Carole vai nos lembrar que é um conto do gênero de terror, através dos monstros que irão surgir na história, as cenas que ativam quando erramos em alguma ação ou ser derrotado por inimigos. E isso é interessante, porque sempre nos coloca na direção do peso narrativo que o roteiro pretende nos contar. 

    Falando no enredo, acredito que esse seja o ponto que merece elogios quanto a experiência desse jogo, porque é uma ideia original, cheia de referências muito fortes, como Alice no País das Maravilhas, e, sem revelar os detalhes mais importantes, pude compreender que os acontecimentos com Lana são uma jornada de autodescoberta em concomitância a um mundo que está em uma revolução, onde uma mulher com a sua coragem se torna de grande importância. 

    Bye Sweet Carole é uma experiência visual e narrativa que vai impressionar: uma jogabilidade que irá colocar o jogador na condição da protagonista, podendo explorar o mistério sombrio por trás do desaparecimento de uma pessoa tão querida. 

    Nossa nota

    Confira o trailer do game:

    Acompanhe as lives do Feededigno no Youtube.

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