CRÍTICA – Cloudpunk (2020, Ion Lands)

    Imagine a combinação de Minecraft com Blade Runner é com essa surpreendente fusão que temos o estiloso indie alemão Cloudpunk.

    Desenvolvido pela Ion Lands e publicado pela Maple Whispering Limited, o game foi lançado para Nintendo Switch, Playstation 4, Xbox One e PC.

    SINOPSE

    Uma história neon-noir em uma metrópole cyberpunk banhada pela chuva. Seu nome é Rania. Esta é sua primeira noite de trabalho para Cloudpunk, a empresa de entrega semi-legal com sede na cidade de Nivalis. Duas regras: não perca uma entrega e não pergunte o que está na embalagem.

    Você vai a todos os lugares, desde a Medula abaixo da cidade até as torres que perfuram as nuvens cinzentas bem no alto antes de raspar a borda da troposfera. Nenhum trabalho de entrega é muito perigoso e ninguém é mais rápido que um motorista Cloudpunk.

    ANALÍSE

    Em Cloudpunk assumimos o comando de Rania em seu primeiro emprego sendo taxista em um HOVA, um carro voador na megametrópole cyberpunk, realizando entregas no qual ela não pode saber o que se encontra dentro desses pacotes e não pode fazer perguntas a seus clientes sobre as entregas.

    A cidade de Nivalis é dominada por megacorporações e existe um imenso nível de desigualdade social entre os cidadãos. Uma temática que é normalmente abordada no gênero cyberpunk.

    CRÍTICA - Cloudpunk (2020, Ion Lands)

    Apesar de Cloudpunk ser um jogo indie, o mesmo apresenta um visual em pixel art extremamente atraente junto a uma cidade que está sempre em movimento. Na ambientação, diversos kanji e logos de megacorporações repletos de neon tomam conta da cidade.

    Essa estética neon-noir realmente me fascina, ainda mais junto a sua trilha sonora hipnotizante retro electrosynthwave, o que deixa o jogo ainda mais imersivo e atraente.

    Além das diversas entregas que você fará no decorrer do game é bom sempre ficar atento ao seu combustível, pois dependendo da distância ele pode acabar no meio do caminho. Por isso, sempre que possível, deixe o seu tanque cheio.

    Outro detalhe bastante importante é que você seja bom no volante, pois do contrário a lataria de seu HOVA pode acabar 100% danificada. Mesmo assim, não se preocupe, em toda cidade existe estações de reparos caso você danifique o seu veículo.

    JOGABILIDADE E NARRATIVA

    Cloudpunk apresenta uma boa jogabilidade em terceira pessoa dentro do veículo. Essa jogabilidade realmente me agradou e me deixou animado com o game.

    Além disso, na versão para PC o jogo obteve uma atualização que permite jogar em primeira pessoa. Foi uma pena na versão do PS4 não ter saído essa atualização.

    É possível também sair do veículo e ver a incrível Rania em terceira pessoa e primeira pessoa. Comparando ambas as opções, a visão em terceira pessoa me pareceu bastante travada e estranha.

    Além de Cloudpunk apresentar um visual extremamente elegante e com uma boa jogabilidade, o jogo também tem personagens com diálogos inteligentes, misteriosos e às vezes engraçados. Principalmente o humor IA Camus que é um cachorro que serve de alívio cômico dentro do seu HOVA.

    Entretanto, Cloudpunk pode acabar sendo um tédio para jogadores que não estejam interessados em apenas realizar entregas e customizar veículos. Por mais que o jogo apresente uma história envolvente e interessante, ele acaba sendo maçante e tedioso para quem não curte esse tipo de dinâmica.

    VEREDITO

    Cloudpunk é um ótimo jogo e quem curte o gênero cyberpunk e pixel art certamente vai amar. Seja por sua ótima história, seus diálogos bem desenvolvidos ou sua fantástica trilha sonora, o jogo possui diversos elementos que irão cativar o público.

    Por fim, o game da Ion Lands é classificado como um jogo de entrega assim como foi com o surpreendente Death Stranding e provavelmente os fãs do game da Kojima productions irão gostar de realizar entregas em uma metrópole cyberpunk.

    Nossa nota

    3,5 / 5,0

    Assista ao trailer de lançamento:

    Cloudpunk foi lançado para Nintendo Switch, Playstation 4, Xbox One e PC.

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