O mangá original de Akira Toriyama que chegou há mais de 35 anos já ganhou diversas adaptações em praticamente todas as mídias e nos games são incontáveis as suas adaptações, no entanto, Dragon Ball Z: Kakarot apresenta a mesma história já contada, mas de uma nova forma.
O game é tecnicamente um RPG, mas não é totalmente livre. Essas restrições são o lado negativo de acompanhar uma história pré-ordenada que se desenrola dividida em episódios, que lhe dão um pouco mais de liberdade para explorar, completar missões secundárias e aumentar suas estatísticas.
Esse modelo acaba por se tornar um pouco frustrante, tendo em vista que você não conseguirá mudar o rumo da história, mas a pequena recompensa aqui é que você tem a chance para visitar lugares como Orange City, a casa de Goku, o esconderijo de Yamcha no deserto e a escola de Gohan.
GAMEPLAY
Dragon Ball Z: Kakarot deve mantê-lo ocupado pelo menos até os lançamentos de Fevereiro chegarem; já que o tempo de gameplay, como sempre, varia dependendo da sua habilidade e estilo de jogo. Contudo, você precisa de aproximadamente 40 horas para finalizar o jogo, todavia, esse tempo não inclui o conteúdo secundário.
PUBLICAÇÕES RELACIONADAS:
Xbox One: Os 4 exclusivos mais aguardados para 2020
PlayStation 4: Os 6 exclusivos mais aguardados para 2020
De acordo com a desenvolvedora, se você quiser fazer 100% do game, precisará de muito mais tempo. Ou seja, você precisará de algo entre 80 e 100 horas.
COMBATE
Com o know-how da Bandai Namco no que se refere a jogos de luta de DBZ, o game surpreende por apresentar combates que fogem totalmente do gênero de RPG trazendo os melhores ângulos e movimentos que lembram o excelente Dragon Ball FighterZ e tantos outros, tornando os encontros cheios de adrenalina.
As lutas iniciais são obviamente para fins de tutorial, mas as lutas contra chefes forçam o jogador a prestar atenção, criar estratégias e muitas vezes até repetir a batalha.
É perceptível a sensação de dificuldade e progressão, o que torna a luta divertida, o que é importante, já que os episódios do game, assim como o material original passa por Raditz, Freeza, Cell e Majin Boo.
EASTER-EGGS
Sabemos que Akira Toriyama criou um mundo cheio de criaturas bastante estranhas, habitado por dinossauros e com frequentes “visitas” de seres extraterrestres que sempre tentam destruir a Terra. E em Dragon Ball Z: Kakarot como em todo RPG que se preza, temos diversos conteúdos e referências que tornam ainda mais rica a experiência do jogador. E isso inclui muitos easter-eggs.
Tanto no mangá, quanto no anime, seja ele Dragon Ball, Dragon Ball Z, Dragon Ball GT ou Dragon Ball Super, em todos eles tivemos presente personagens – regulares ou secundários – que são uma espécie de “homens-fera”, como por exemplo o rei Furry, o rei da Terra, que é um cão felpudo. Mas os fãs apenas atribuíram isso como um elemento normal do estranho mundo criado por Toriyama.
Dessa maneira, vale citar um exemplo bem interessante de easter-egg que até hoje nunca havia sido explicado ao longo das muitas adaptações da franquia: a origem dos “homens-fera”.
ALERTA DE SPOILER – Selecione o texto abaixo para ler!
Acontece que essas criaturas meio homem, meio animal, agora conhecidas como homens-feras, escolheram ser assim consumindo um tipo de droga. Este medicamento resultou em várias pessoas se transformando em animais antropomórficos. Aparentemente, foi um modismo alguns anos atrás, se tornar homens-fera.
Com casas inteiras sendo capazes de caber em cápsulas minúsculas e sendo possível viajar mais rápido que a luz. Em outras palavras, a modificação genética que permite que você se transforme em um homem-fera não é tão estranha assim. E, de fato, explica exatamente por que existem tantos deles andando por aí.
FIM SPOILER
DUBLAGEM
Para os mais nostálgicos que cresceram assistindo os animes na TV aberta, provavelmente irão sentir falta das vozes de dubladores que marcaram gerações como: Wendel Bezerra (Goku adulto), Alfredo Rollo (Vegeta), Vagner Fagundes (Gohan), Telma Lúcia (Kuririn), por exemplo. Com tantos jogos atuais com boas dublagens nacionais, é triste para os mais nostálgicos – e principalmente os que não estão acostumados a assistirem animes com áudio original – se prender ao game com a dublagem japonesa.
PUBLICAÇÃO RELACIONADA | Martelada #21 – Anos 90, a Era de Ouro dos desenhos animados
VEREDITO
Portanto, posso concluir que Dragon Ball Z: Kakarot é um lançamento extremamente positivo! O game cumpre a tarefe a que se propõe: Diverte, apresenta uma nova abordagem da história dando novos pontos de vistas dos personagens, segue com belos combates, mas não “inventa a roda”. Em síntese: O game “é uma nova laranja, depois de espremermos a mesma laranja por anos. Mas ainda assim, no fim, temos o mesmo suco de laranja. Sem gelo, sem açúcar e sem hortelã… Tem que goste.”
Assista ao trailer de lançamento:
E você já jogou? Conte pra gente nos comentários o que está achando de Dragon Ball Z: Kakarot e lembre-se de dar sua avaliação!
Dragon Ball Z: Kakarot foi o maior lançamento do mês de Janeiro para o PlayStation 4, Xbox One e PC.
Curte nosso trabalho? Que tal nos ajudar a mantê-lo?
Ser um site independente no Brasil não é fácil. Nossa equipe que trabalha – de forma colaborativa e com muito amor – para trazer conteúdos para você todos os dias, será imensamente grata pela sua colaboração. Conheça mais da nossa campanha no Apoia.se e nos ajude com sua contribuição.