Antes mesmo de saber do lançamento do filme de Super Mario Galaxy, tive a oportunidade de comprar um Nintendo Wii, console que até então, nunca tinha tido. Logo depois que chegou, mergulhei no game no console para o qual ele foi lançado. Isto é, até descobrir que o título chegaria algum tempo depois ao Nintendo Switch.
Graças à Nintendo, tive oportunidade de jogar os jogos atualizados, com controles mais atuais com o claro esmero que a desenvolvedora teve ao fazê-los. Hoje, 18 anos após a estreia original, ouso dizer que a saga Galaxy foi um dos maiores divisores de águas da história do encanador. Lançando-nos em uma narrativa única e apresentando figuras cativantes que se tornariam vitais para o universo da Nintendo, Galaxy 1+2 não fez cerimônia. O pacote chegou mostrando a que veio.
Ao longo da jogatina do primeiro game me cativei não apenas pelos novos power-ups, mas pela jornada de Mario, Peach, Rosalina e das Lumas.

Com uma dinâmica que beira o onírico, Rosalina conta de tempos em tempos sua própria história, lendo o livro que narra sua jornada desde que ela conheceu uma Luma solitária, vagam pelo Cosmo procurando a mãe da pequena estrelinha.
E este talvez seja o ponto mais alto do título. De maneira poética, somos introduzidos à história da personagem antes mesmo de sua jornada se esbarrar com a do querido encanador. Histórias de bastidores dizem que o criador da franquia Mario, Shigeru Miyamoto, foi contra a criação deste arco, por defender que a série precisaria sempre conter uma narrativa mínima. De modo que a gameplay fosse o destaque.
Algum tempo mais tarde, foi revelado que o diretor de Galaxy 1, Yoshiaki Koizumi foi quem lutou para que o livro de histórias de Rosalina fosse mantido no primeiro título. Quando o segundo game foi lançado sob a batuta do diretor Koichi Hayashida, este parece ter ouvido Miyamoto com mais cuidado e optou por cortar o livro de história de Rosalina. Este foi trazido de volta para o relançamento das obras no Nintendo Switch em 2025, e agora, Super Mario Galaxy 2 conta com um capítulo bônus e conteúdo inédito.
Gameplay, narrativa e power-ups

A jogabilidade de Super Mario Galaxy 1 + 2 tira muito proveito da movimentação. Algo que a inovação do Wii trazia graças ao sensor de movimento, mas que com os sensores do Nintendo Switch puderam de fato brilhar. Sendo um platformer como é já tradicional na franquia Super Mario, aqui o vemos explorar galáxias únicas. Galáxias estas que superam e nos encantam não apenas pela exploração, visão e afins. Nos emocionam por suas trilhas sonoras e por nos levarem a um lugar que só a franquia Mario é capaz de fazê-lo.
Tendo sido um dos games mais jogados pela minha sobrinha desde seu lançamento e por mim também, Super Mario Galaxy + Super Mario Galaxy 2 a prepararam para o vindouro longa homônimo.
Encantando por sua variedade de gameplay, os títulos nos surpreendem, nos lançando por jornadas antes nunca vistas e gameplays que até então, se distanciavam e muito do que era feito em um console como o Wii. Cativando pela narrativa, jogabilidade e trilha sonora, Super Mario Galaxy nos coloca mais uma vez como o salvador da Peach, e consequentemente, do universo que está na mira de Bowser.

Alguns dos mais interessantes e fofinhos power-ups da franquia Mario aparecem em Galaxy 1 e 2. Do Bee Mushroom, até o Boo Mushroom, a gameplay de Galaxy surpreende a cada galáxia, nos lançando por divertidos ritmos e oferecendo assim, mais e mais camadas à franquia.
Tenham em mente, que até o início de 2025, eu nunca tinha jogado um Mario Galaxy. Comprar o Wii foi pra mim o início disso, antes mesmo de saber que haveria um filme que adaptaria o arco do game.
Sensação, ritmo e repetição

Ao passo que o título oferece muita diversão e desafio, avançar requer cuidado. Principalmente quando o assunto é ser desafiado pelo Cosmic Mario. Este é muito melhor do que nós normalmente somos (em quase tudo), desde dar saltos perfeitos, até mesmo cortar caminho e chegar primeiro nas linhas de chegada.
A sensação de avançar aqui é propiciada pelas “estrelitas” (no game localizado para o Brasil) e na obtenção delas, nos oferece encontrar caminhos secundários e assim, descobrir novas galáxias – caso alimentemos algumas Lumas famintas com elas.
O ritmo do game é quase semelhante ao do jogador no momento em que estamos em qualquer um dos dois títulos. Ou seja, a curva de aprendizagem se faz muito presente e este talvez seja o aspecto mais importante das duas obras. A diversão que o ritmo único do game propicia, nos faz querer avançar e explorar cada vez mais. Seja a bordo do Observatório Cometa em Galaxy 1, ou a bordo Nave do Mario em Galaxy 2.

Um dos pontos que me tirou um pouco da experiência, talvez tenha sido o reaproveitamento narrativo e de assets no segundo game. Bosses repetidos, inimigos e dinâmicas bem semelhantes, nos fazem pensar que talvez o trabalho de Koichi Hayashida tenha se limitado a “copiar” com muitas aspas o trabalho de Yoshiaki Koizumi no primeiro.
Deixando de lado o incômodo causado pela repetição, ambos os games se fazem muito satisfatórios no quesito gameplay e imersão. Mantendo a tradição do que a franquia Super Mario é e sempre foi, Super Mario Galaxy + Super Mario Galaxy 2 se destaca como dois dos capítulos mais divertidos da jornada do encanador mais amado do mundo.
Confira o trailer de Super Mario Galaxy + Super Mario Galaxy 2:

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