Desenvolvido pelo estúdio Digital Kingdom, o dodge ‘em up Swordship é uma das diversas novidades da Thunderful Publishing neste fim de 2022. Lançado neste dia 5 de dezembro, o game está disponível para PC via Steam (R$ 59,99), Nintendo Switch (R$ 59,99), PlayStation 4 e PlayStation 5 (R$ 104,90), Xbox One e Xbox Series X | S (lançamento em 06/12, R$ 74,95).
O jogo está disponível em português brasileiro em todas as plataformas. Confira nosso review de Swordship para Nintendo Switch.
SINOPSE
Swordship é um dodge ‘em up futurista e acelerado que vira a página dos jogos de fliperama tradicionais. Mude o rumo da batalha e vire seus inimigos uns contra os outros, desviando e traçando seu caminho em meio a investidas de inimigos determinados a destruir você.
Esse roguelike viciante de ação exige que você tome decisões rápidas para conquistar vitórias gloriosas sobre a tirania e a injustiça. Você se tornará um símbolo de esperança para um grupo de renegados, ou verá seus feitos heroicos naufragarem no mar. O jogo, repleto de adrenalina e intensificado por uma trilha sonora com potencial para se tornar um clássico moderno, vai transportar você para um futuro aquático e sombrio.
História de Swordship
No mundo pós-aquecimento global, a humanidade se refugiou em três grandes cidades subaquáticas no leito do oceano.
Por falta de espaço, algumas pessoas são banidas das cidades, e mal conseguem sobreviver na terra devastada. Enquanto isso, as megacidades trocam milhões de contêineres cheios de mercadorias todos os dias.
No comando de embarcações ultrarrápidas, alguns habitantes dessas megacidades começaram a roubar esses contêineres para suprir os renegados.
Alguns têm mais sucesso do que outros.
ANÁLISE DE SWORDSHIP
A sinopse dos jogos serve para enaltecer os melhores atributos na visão da equipe de desenvolvimento e de quem o publica. Acontece que em Swordship a sinopse é honesta e certeira.
Roguelike viciante. Jogo repleto de adrenalina. Intensificado por uma trilha sonora com potencial para se tornar um clássico moderno.
Essas são frases-chave que descrevem muito bem a incrível experiência de Swordship.
A mistura de dodge ‘em up com roguelike exige que você seja estratégico e tenha reflexos rápidos. À medida que você joga, essas exigências se tornam mais intensas, pois por se tratar de um roguelike, toda vez que perdemos todas as vidas somos obrigados a recomeçar do zero.
Entretanto, esse não é um zero absoluto. Isso porque a pontuação obtida serve para desbloquear conquistas, que podem ser tanto recursos para calibrar sua nave, como também novos desafios e inimigos que irão tentar acabar com os planos de furtar contêineres.
Os adversários são variados e atacam de maneiras bem diversas, outro aspecto muito positivo de Swordship. Some a isso o fato de que as fases são geradas aleatoriamente e você tem sempre um desafio inédito à sua frente.
Não há como decorar os padrões dos inimigos e das fases (que às vezes atuam como verdadeiros adversários), e esse é o maior acerto da Digital Kingdom e da Thunderful. Esse é o principal ingrediente que torna Swordship viciante.
É muito desafiador e, ao mesmo tempo, prazeroso avançar o jogo sabendo que, assim que perdermos, teremos que recomeçar desde a primeira rota com novos recursos para a nave e/ou novos desafios para dificultar a jornada.
A mecânica dos contêineres é muito interessante porque você precisa pegar eles em cada fase (rota). No entanto, você pode concluir a rota sem pegar nenhum, pois o importante é sair ileso, visto que cada contato com o adversário significa explodir sua nave.
Só que se você conseguir pegar contêineres e depositá-los nas áreas que surgem pontualmente na trajetória, ao final da fase você escolhe entre aumentar sua pontuação ou garantir vidas extras para não ter que voltar do zero caso exploda. Essa é outra tomada de decisão que Swordship exige e você precisa ser estratégico conforme o contexto.
É um misto bem interessante entre dificuldade e progressão de recursos, diferente do que se vê habitualmente nos jogos, principalmente em games de naves.
Outro fator que merece destaque é a alta precisão dos movimentos. Todo detalhe conta em um jogo muito veloz e que exige que nosso posicionamento seja milimétrico para que um adversário destrua o outro, e Swordship proporciona isso com maestria.
Ainda sobre a velocidade, é importante enaltecer o ótimo trabalho dos desenvolvedores para que Swordship rode liso no Nintendo Switch. Não senti nenhuma queda de FPS e não encontrei nenhum bug. E olha que não faltaram oportunidades em que a rapidez poderia causar perda de performance.
Aliás, eu acredito que a experiência no Nintendo Switch possa ser a melhor entre todas as plataformas, pois o jogo é muito bom de curtir no modo portátil. É como nos velhos tempos jogando um Space Invaders da vida em um celular antigo, mas com elementos modernos e muito mais velocidade numa experiência diferenciada.
Um último ponto que preciso mencionar é a trilha sonora muito bem feita, capaz de aumentar a adrenalina e fazer com que o jogo seja ainda mais rápido, ao mesmo tempo em que traz elementos eletrônicos que podem te fazer pensar: será que eu conheço essa música? Esse fator faz a experiência ser ainda mais imersiva.
No fim das contas, Swordship é um jogo difícil, mas o maior desafio é você contra você mesmo: Escolher a melhor combinação para elevar sua pontuação e desbloquear conquistas, recomeçar, decidir se o que vale mais é ter vidas extras ou pontuação, voltar para novas tentativas estando com reflexos mais ágeis…
VEREDITO
Swordship inova o gênero dodge ‘em up de naves ao misturar elementos roguelike para entregar uma obra-prima de alta performance e precisão. Com certeza esse é um jogo essencial para amantes de jogos indie e de um bom desafio. A experiência é ainda melhor no Nintendo Switch por conta da possibilidade de alternar entre modo TV e portátil.
5,0 / 5,0
Assista ao trailer de Swordship: