CRÍTICA: ‘Until Dawn’ busca se atualizar para seguir em frente

    Em 2015 sobrevivemos até o amanhecer com Until Dawn, jogo desenvolvido pela Supermassive Games, vencedor do BAFTA de melhor propriedade individual do ano seguinte ao seu lançamento, sendo considerado um sucesso e com um elenco de peso.

    Nove anos depois, no dia 4 outubro, chegou a versão remake do título; produzido pelo estúdio britânico Ballistic Moon e sendo lançado para PlayStation 5 e PC via lojas virtuais Epic Games Store e Steam.

    O elenco é do jogo conta com Noah Fleiss, Meaghan Martin, Galadriel Stineman, Jordan Fisher, Brett Dalton, Ella Lentini, Hayden Panetiere e Rami Malek que futuramente iria ganhar o Oscar de melhor ator por Bohemian Rhapsody (2018).

    SINOPSE

    Quando oito amigos regressam ao chalé remoto onde dois membros do seu grupo desapareceram no ano anterior, o medo rapidamente gela o coração de todos e a viagem às montanhas transforma-se num pesadelo sem saída. Mergulhe num jogo de terror macabro e extenuante com gráficos de cortar a respiração, completamente redesenhado para tirar o máximo partido do Unreal Engine 5.

    ANÁLISE

    Pode até parecer mais uma análise do nosso quadro Jogo Véio, mas foi uma oportunidade muito interessante poder reencontrar Until Dawn; afinal 9 anos depois que o joguei é um tempo bem considerável, mas o trabalho realizado pela Ballistic Moon para este título tem diferenças perceptíveis.

    A jogabilidade continua essencialmente a mesma então pode soar um pouco frustrante para um fã mais dedicado da série não ter muitas mecânicas novas para o jogo que o foco é essencialmente lidar com os efeitos de suas escolhas. Mas a melhoria fica mesmo sobre como estas mecânicas funcionam em uma nova geração como, por exemplo, os quick time events em um controle como o DualSense e isso muda de forma significativa como lidamos com estas situações no jogo.

    Outras mudanças que ocorrem são a forma como lidamos com os totens, tendo alguns inseridos em novas localidade, podendo ajudar de acordo com o tipo de aviso que estão relacionados a Morte, Orientação, Perda, Perigo e Fortuna e ainda são vitais para direcionar sobre as possibilidades a seguir.

    Os eventos de efeito borboleta ainda são os mesmos e talvez seja nisso que poderia ter tido um pouco mais de variedade, seria mais interessante acrescentar algumas outras oportunidades de escolha que mudem rumos de personagem para que ficasse mais imprevisível ainda o que encontramos ao longo da história.

    Outro ponto que me agradou bastante foi a mudança para uma câmera em terceira pessoa mais ampla, o que facilita demais a exploração, aguça a curiosidade a respeito do que pode estar inserido nessa cena seja um colecionável ou toten e permite uma orientação espacial muito melhor do que uma câmera fixa.

    Mesmo sendo uma mudança boa fica evidente que em alguns momentos a movimentação é prejudicada por uma queda de frame que é bem significativa, o que para um jogo de console de nova geração acaba chamando muito a atenção.

    Quanto a outras novidades, as melhorias visuais são o maior destaque do remake alcançando um tom muito mais belo quando olhamos os cenários, design de personagens e até efeitos de luz enquanto ainda é dia e como a cada cena isso muda até finalmente escurecer e o amanhecer novamente. As cenas de morte são visualmente melhor trabalhadas então surpreendem de forma mais impactante, assim como alguns visuais assustadores que iremos encontrar a medida que temos as descobertas da história.

    Além da estética, a trilha sonora é diferente da anterior mantendo um bom teor de qualidade, mesmo que particularmente gostei muito da anterior, essa nova roupagem musical é também tão convidativa quanto de seu lançamento inicial e em algumas cenas até diminui a tensão da narrativa para uma súbita mudança de tom à medida que avançamos na história e sobrevivemos ao amanhecer.

    A história tem mudanças perceptíveis no seu início para algo muito mais expositivo a respeito de como funcionavam as relações entre o grupo de amigos com Josh e suas irmãs Beth e Hanna, se tornando um incentivo diferente para gostarmos mais de determinado personagem ou não e reforçando que não somos apenas um coadjuvante acompanhando uma narrativa, mas a própria morte que guia o destino deste grupo através de suas escolhas.

    A experiência de Until Dawn acaba se tornando de fato surpreendente quando alcançamos a conclusão do jogo com um novo final e cenas pós-créditos que indicam que existe coisas a mais que podem ser exploradas neste universo.

    VEREDITO

    O remake de Until Dawn não apresenta um jogo completamente novo como alguns outros casos tentam sugerir, mas um experiência muito mais atual, melhorada e buscando o potencial de franquia que muitos fãs conseguiam visualizar desde o seu lançamento inicial.

    Nossa nota

    4,0 / 5,0

    Assista ao trailer:

    Until Dawn está disponível para PlaySation 5 e PC.

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