CRÍTICA: ‘Yakuza 3’ é ponto baixo na franquia, mas ainda é Yakuza

    Como dito algumas vezes aqui por mim, cheguei na franquia Yakuza relativamente tarde. Mergulhando em um mundo repleto de riqueza, comédia, desafios e quase sempre de conflito. Em Yakuza 3, vemos um capítulo da vida de Kiryu em uma época de aparente paz. Repleto de intrigas e o início de uma realidade distante da que estava acostumado, Kiryu tem um vislumbre de paz quando fantasmas do passado insistem em aparecer e acabar com tudo.

    Após os acontecimentos de Yakuza 2, Haruka auxilia Kiryu a cuidar das crianças que moram no Orfanato Morning Glory, localizado na costa de Okinawa.

    Se distanciando do que foi mostrado nos outros jogos, as aventuras de Kiryu aqui, deixam de fora alguns dos maiores absurdos de sidequests que divertiam e cativavam por seu tom satírico.

    Em Yakuza 3, temos a história mais pé no chão da franquia até aqui, mas talvez, isso se dê pelo teor de sua história. A parte de missões específicas que nos fazem rir, nenhuma que se compare a distrair pessoas para que uma estátua viva fosse ao banheiro, ou em que uma gangue gosta de se vestir de bebês e utilizar fraldas.

    Yakuza 3

    No game, a sobrevivência de Kiryu e das crianças do orfanato Morning Glory está em jogo. Quando descobre que o orfanato está para ser derrubado para a construção de um resort, Kiryu descobre que sua paz está sendo perturbada por forças maiores do que imagina. Inimigos surgirão e também amigos, cujos vínculos se tornam mais profundos do que imagina-se, como é com Rikiya.

    Colocando em risco muito mais do que apenas sua vida ou o destino do Clã Tojo, Kiryu é o pai adotivo que não medirá esforços a fim de proteger suas crianças.

    Após descobrir quem está por trás da tentativa de comprar o orfanato, e um certo tempo, Kiryu recebe uma ligação, revelando que o presidente do Clã foi baleado por alguém bem parecido com Shintaro Kazama – morto 4 anos antes -, nosso protagonista parte então para descobrir a verdade.

    Yakuza 3

    Com o Clã Tojo sem uma liderança, muitos tentam ascender na hierarquia, criando disputas internas, apenas para serem derrotados sem dó por Kiryu que acredita no retorno de Daigo.

    Um dos elementos que me fazem ver Kiryu como um dos personagens mais bem desenvolvidos do game, é sua retidão e honestidade.

    Por horas de gameplay que nos deixam na beirada do assento, mais da jornada é revelada e para nossa surpresa, plots tradicionais são vistos aqui. Como o clássico do: irmão gêmeo que ninguém sabia da existência, e o nada incomum apoio da CIA a um golpe.

    As surpresas de Yakuza e um mundo único

    Yakuza 3

    Por mais louco que possa ser, a franquia Yakuza me traz um conforto singular, mesmo não dando paz a Kiryu por um minuto sequer.

    Sendo cativante em quase tudo que se propõe, Yakuza 3 diverte, e talvez por seu tom mais sério – ou pela história que dá muitas voltas -, este seja o ponto mais baixo da franquia até aqui. Após 4 jogos de imersão no mundo da Yakuza, pelas cidades de Kamurotcho, Sotenbori e as histórias de muitos, muitos personagens, ouso dizer que não tenho pressa para chegar ao fim da franquia.

    Saboreando cada um dos detalhes da história, minijogos e missões secundárias, vi em Yakuza o mundo de conforto dos games o qual sempre procurei. Sendo uma das minhas franquias favoritas, este mundo nos lança por jornadas singulares, apenas para nos surpreender a cada um de seus arcos.

    Yakuza 3

    Deixando ganchos, surpreendendo e nos fazendo sentir desafiados o tempo todo, Yakuza 3 nos instiga a avançar, explorar, mas não sem apelar sempre para o nosso senso de justiça. Por um mundo permeado pela violência e truculência, as habilidades de Kiryu talvez sejam a única arma de defesa e a forma de fazer o que é certo.

    A franquia Yakuza pode ser jogada no Xbox Game Pass para PC e Xbox One, Series X/S.

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