Sim estou retornando para o nosso quadro de jogo véio da semana para falar de outro jogo da franquia Metal Gear, afinal clássico é clássico e essa franquia sempre esteve entre os melhores jogos de espionagem. ‘Metal Gear Solid 4: Guns of The Patriots‘ é um jogo lançado para Playstation 3 lançado em 12 de junho de 2008 desenvolvido pela Kojima Productions e publicado pela Konami.
Cronologicamente é o jogo que encerra a jornada de Solid Snake em Metal Gear, sendo os próximos lançamentos focados em outros personagens e um dos últimos trabalhos de Hideo Kojima, responsável pela criação da franquia, ao lado da Konami.
SINOPSE
A história de Metal Gear Solid 4: Guns of The Patriots se passa no ano de 2014, cinco anos após os incidentes em Big Shell e nove anos depois da FOXHOUND ter invadido a ilha de Shadow Moses, local onde Solid Snake foi infectado com um retrovírus. O personagem aparece consideravelmente envelhecido devido a sua avançada degeneração celular, estabelecida a partir do processo de clonagem que o criou, tendo agora apenas seis meses de vida.
ANÁLISE
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Como é esperado de um jogo dirigido por Hideo Kojima existem muitas camadas a respeito de assuntos da realidade como o uso de IAs, economia da guerra e metáforas sobre a situação política do momento. Assim como ainda trata de assuntos profundos como honra, heroísmo, propósito e até coisas mais delicadas como a depressão sendo cronologicamente o fim muito emocionante para a franquia.
A jogabilidade é muito diferente em relação aos antecessores, dando um toque de modernidade ao estilo furtivo com gadgets modernos para auxiliar a progressão do jogo e um sistema de confronto muito mais intuitivo. Além disso a customização do personagem com uma camuflagem facial que pode ajudar em algumas situações específicas e missões.
Falando nisso Snake é presenteado por Drebin, um dos novos personagens e muito importante no jogo, com uma M4 customizável que fica ao gosto do jogador o que melhorar e adequar para as situações de combate que sempre é mais recompensador por uma abordagem não letal.
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Como de costume em toda missão, o soldado definitivo tem uma equipe de apoio que providencia informações, dicas e a novidade é apoio psicológico durante conflitos devido aos traumas causados por batalhas anteriores. O desequilíbrio emocional afeta a jogabilidade de forma direta tornando os status do personagem mais instáveis como barra de energia e ações de mira sendo necessário recorrer a psicóloga da equipe.
O design de som do jogo é excelente mesmo para uma experiência muitos anos depois do seu lançamento, além de uma trilha sonora que torna tudo mais imersivo tanto nos momentos de jogo quanto nas cutscenes.
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Atualmente vivemos jogos que são muito mais cinematográficos, com experiências muito mais intensas e nos levamos a pensar que isso é algo relativo da nossa geração. Entretanto quando se joga Guns of The Patriots essa característica já existia e nos mostrava o direcionamento que a experiência proporcionada pelos games iria nos levar: a história de um mundo altamente tecnológico em colapso.
“A guerra mudou. Não é mais sobre nações, ideologias, ou raça. É uma série interminável de batalhas terceirizadas travadas por mercenários e máquinas. A guerra – e sua devastação de vidas – se tornou um negócio redondo. Soldados com identificação carregam armas com identificação, usam equipamento com identificação. Nanomáquinas em seus corpos melhoram e regulam suas habilidades.
Controle genético, controle de informações, controle de emoções, controle do campo de batalha. Tudo monitorado e mantido sob controle. A era da intimidação se tornou a era do controle… Tudo em nome de evitar a catástrofe das armas de destruição em massa. E aquele que controlar o campo de batalha, controla a história. A guerra mudou e quando o campo de batalha está sob controle total, a guerra se torna rotina.”
Esse monólogo inicial do agora Old Snake nos insere de forma categórica na situação atual do universo Metal Gear e nos prepara para uma forma muito superior de combate que a história irá nos levar. Ele não é um herói muito solar como costumamos ver em outras obras de ficção, mas algo diferente, sendo muito mais melancólico, cansado e ainda sim tendo a resiliência para fazer o seu melhor para o mundo se manter minimamente aceitável.
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Particularmente a primeira vez que joguei, e as seguintes, foi bem difícil não se emocionar e refletir sobre isso principalmente hoje que vivemos um mundo muito mais controlado pela tecnologia, inteligência artificial e com a violência batendo à nossa porta todos os momentos e ainda sim fingimos que isso faz parte da rotina exatamente como na metáfora ficcional do jogo.
A densidade na história reflete não apenas no protagonista, mas em outros personagens bons e os vilões como as chefes que formam a Beauty and The Beast Unity, que possuem um background muito triste relacionado a vivência das pessoas com a guerra e como isso gera traumas.
Por ser o encerramento da cronologia é evidente muitas referências a história da franquia como um todo seja pela participação de personagens queridos, lugares nostálgicos e diálogos sendo uma diversão à parte para um fã deste universo.
VEREDITO
Metal Gear Solid 4: Guns of The Patriots é um jogo emocionante, divertido e um passo que a franquia deu para a modernidade trazendo uma experiência nova sem deixar de ter a sua identidade.
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