EU CURTO JOGO VÉIO #35 | ‘Fatal Frame’ capturou o medo através de uma câmera

    A fotografia é uma técnica de captação de imagens realizado mediante a exposição luminosa em uma superfície sensível sendo a primeira câmera fotográfica sendo desenvolvida em 1839 e depois de um tempo a marca Kodak popularizou este processo com sua própria marca de câmeras. Um século e algumas décadas depois surgiram os games que nos levaram a diversas aventuras tendo como ferramentas espadas, lanças, escudos e todo tipo de arma até as mais improváveis como uma lanterna ou uma máquina fotográfica. O Jogo Véio dessa semana traz um clássico do terror nos games.

    Há 24 anos atrás com os jogos de terror e sobrevivência ganhando muito destaque surgiu um novo título com uma proposta que pode ser considerada inovadora por não seguir os conceitos que estavam sendo uma fórmula de sucesso na época.

    Fatal Frame‘ foi lançado para Playstation 2, desenvolvido pela Tecmo, sendo lançado no final do ano de 2001 e chegando no ano seguinte ao mercado estrangeiro e acabou se tornando um dos grandes jogos deste gênero.

    Jogo Véio

    Tendo origem nas experiências sobrenaturais de Makoto Shibata, um dos criadores do jogo, Fatal Frame acabou se tornando uma franquia com cinco jogos, um spin off e até uma adaptação cinematográfica lançada em 2014.

    A história de Fatal Frame é dividida em suas partes começando com um prólogo sobre o aspirante a jornalista Mafuyu Hinasaki, que decide investigar a Mansão Himuro, pois diz-se que é mal assombrado, a fim de procurar o renomado novelista Junsei Takamine, que desaparece dentro da mansão. Levando consigo a Câmera Obscura, herança que possui da sua mãe, que é capaz de mostrar o que os olhos não podem ver, ele entra na mansão e acaba despertando a presença de espíritos malignos.

    A história retoma com a irmã mais nova do jornalista Miku Hinasaki, que decide ir até a Mansão Himuro atrás do irmão. Adentrando a mansão Miku presencia os espíritos que estão lá, encontra a câmera obscura e decide ir mais fundo na mansão descobrindo sobre os sacrifícios e um horrível ritual que acaba dando errado matando todos presentes.

    O cenário é o mais assustador e tudo o que você tem em mãos é uma câmera?

    Jogo Véio

    Fatal Frame é muito especial para mim a ponto de colocar ao lado de Silent Hill na minha lista pessoal como os melhores jogos de terror que já tive o prazer de conhecer. Isso devido ao fato de trazer uma experiência fora da curva do que outros jogos estavam fazendo, um terror que abordava a sua vulnerabilidade de não ter uma arma em mãos para colocar medo no seu coração.

    Eu sou uma pessoa muito fã de filmes de terror e acho que o primeiro Fatal Frame é uma das primeiras experiências de jogo que se propõe a ser imersiva utilizando apenas uma câmera como uma barreira entre Miku e consequente nós em relação ao desconhecido que habita nessa mansão.

    Mas a jogabilidade não se limitava a apenas apontar a câmera, pedir para o fantasma dizer “xis” e estava tudo resolvido era necessário encontrar o ângulo correto, o frame fatal, para que o disparo da câmera oculta realizasse o exorcismo perfeito caso o contrário era melhor sair o mais rápido daquela situação.

    Jogo Véio

    Além desse interessantíssimo confronto com fantasmas, existia todo um conteúdo de investigação para saber o que de fato aconteceu naquele local, algo que particularmente incentivou a minha cultura de sempre procurar pelos arquivos do jogo, fazer sua leitura e isso acaba enriquecendo de forma muito ampla a sua experiência como um todo.

    Todos esses elementos de fato conseguiam causar um bom frio na espinha, principalmente com o clássico ritual de se aventurar em um jogo de terror no período da noite com as luzes apagadas. Obviamente mais de vinte anos após o lançamento isso não vai acabar ocorrendo, até pela questão da geração do lançamento mas acaba se tornando uma joia que vale muito a pena conhecer.

    Por fim quando olho para o passado consigo ver claramente a razão de Fatal Frame ser um clássico dos jogos de terror porque literalmente ele nos desarma diante de uma situação de perigo tornando tudo muito mais interessante, assustador e absurdamente lindo.

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