Em 2023 os mutantes da Marvel Comics conhecidos como X-Men completam 60 anos de trajetória com centenas de HQs publicadas no Brasil, diversos personagens e muitos enredos. Apesar de ser uma história tão presente na vida dos nerds, até pelos filmes mais recentes, como X-Men: Primeira Classe (2011) e Logan (2017), a criação do grupo de mutantes aconteceu em 1963 pelas mãos de Jack Kirby e Stan Lee.
Segundo os autores, a HQ contava a história “dos super-heróis mais estranhos de todos”.
Em 1975, uma edição de quadrinhos foi publicada e transformou o Universo Marvel para sempre, preparando o território para a equipe mutante dos X-Men se transformarem no que são hoje e para a fase épica de Chris Claremont! Mas quais foram os eventos que abriram as portas para quase tudo o que conhecemos hoje sobre os X-Men? É esta pergunta que a Editora Panini busca responder em seu mais recente lançamento: Edição Especial de Aniversário dos X-Men.
Já nos anos 90, o grupo de heróis conheceu seus tempos áureos. Na época, a Marvel estava dividindo seus heróis entre os grandes desenhistas da empresa, como Rob Liefeld, que ficou responsável pela X-Force, divisão secreta e militar dos X-Men. Na época, a edição de lançamento vendeu por volta de 4 milhões de quadrinhos nos Estados Unidos, alcançando uma nova marca no mercado.
X-Men ficou aos cuidados de Jim Lee, conhecido também por Batman: Silêncio, e Liga da Justiça (Novos 52), considerado um dos maiores desenhistas da geração. E não é à toa que a primeira HQ feita por ele com a história dos heróis mutantes vendeu 8 milhões de exemplares, um marco nunca antes alcançado na história dos quadrinhos.
A maioria dos personagens de X-Men que conhecemos e amamos hoje foram criados por Chris Claremont e John Byrne. Foi em 1980 que Claremont passou a adotar um discurso necessário em suas histórias: a questão do racismo e segregação. Seus personagens, diferente de outros heróis, nasceram com seus poderes, não foram vítimas de algum experimento ou escolheram ser assim, eles apenas são.
Como dizem por ai, a arte imita a vida e hoje muitos mostram as semelhanças dos discursos dos mártires na luta contra a segregação racial nos Estados Unidos, Martin Luther King Jr. e Malcolm X, com os grandes porta-vozes do movimento mutante nas histórias em quadrinhos: Professor Xavier e Magneto.
Malcolm X defendia a guerra contra quem negava sua existência e acreditava em se defender com quaisquer meios, assim como Magneto na luta dos mutantes na ficção. Já Martin Luther King Jr. acreditava na igualdade e buscava alcançar seus direitos por meios pacíficos, assim como o Professor Xavier.
Em suas centenas de edições publicadas nesses 60 anos de existência, muitos personagens apareceram e muitos momentos marcaram a história dos fãs. Por exemplo, Wolverine apareceu pela primeira vez como vilão – e não em uma história X-Men – mas em uma HQ do Hulk.
Já a HQ Inferno conseguiu unir os três títulos mais importantes dos X-Men na época:
- X-Factor;
- X-Men e
- Novos Mutantes.
O quadrinho Deus Ama, O Homem Mata foi capaz de unir os X-Men e Magneto contra um inimigo em comum, Stryker, um carismático pastor que pregava o fim dos mutantes.
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