CRÍTICA – What Remains of Edith Finch (2017, Annapurna Interactive)

    What Remains of Edith Finch nos apresenta a história de uma jovem nascida em uma família que traz consigo uma maldição, enquanto ela conta a trágica história de seus antepassados.

    O game desenvolvido pela Giant Sparrow, foi publicado pela Annapurna Interactive que costura a história de Edith com a de seus antepassados, nos fazendo questionar o quão longe algumas pessoas podem ir por simplesmente acreditarem em algo que foge a sua simples compreensão. What Remains of Edith Finch foi lançado em 2017 para PlayStation 4, Xbox One e PC.

    Apesar de Edith dar nome ao jogo, passamos mais tempo testemunhando os eventos pelo ponto de vista de seus familiares. Onde somos apresentados ao mundo, quando Edith é forçada a voltar à antiga casa de sua família após a repentina morte de sua mãe.

    Um dos personagens a parte, é a antiga casa da família Finch. Fundada por Sven Finch – o bisavô de Edith -, na metade do século XX, somos apresentados a estranha estrutura com uma promessa de sentimentos intrigantes, e por vezes confusos. Ao a olharmos de frente, a antiga Residência Finch parece uma tradicional casa americana. Mas se você olhar com mais cuidado, e um pouco para cima, testemunhará algo que te deixará confuso, espantado e até mesmo intrigado. Grande parte da crença da família Finch foi passada até a avó de Edith, Edie, que selou cada porta de quarto da casa após um de seus parentes falecerem misteriosamente.

    Apesar do mundo ter tom fúnebre ao vê-lo pelos olhos de Edith, ao olhar o mesmo mundo pelos olhos de seus ascendentes tudo varia, passamos a ver cores vívidas, ou até mesmo cores desbotadas ou antigas.

    Aqui, o mundo criado pela Giant Sparrow nos deixa maravilhado a cada curva que a história toma, ao nos apresentar a vida dos personagens da família Finch de forma tão profunda, e sendo deveras sutil ao nos transmitir os sentimentos, desconfortos, alegrias de personagens que vão da mais tenra idade até os mais velhos.

    JOGABILIDADE

    Com uma jogabilidade por vezes imprecisa, o game se mostra eficaz ao nos jogar no mundo e nos apresentar uma gameplay que será utilizada apenas em um capítulo específico, seja ao nos apresentar a jovem Molly, ou até mesmo a adolescente Barbara, e muitos outros.

    Ao nos levar a mundos nunca antes imaginados, indo de primeira pessoa, até terceira pessoa e câmeras top-down, What Remains of Edith Finch brilha ao mostrar o esmero que a equipe teve ao criar o game, sendo capaz de tocar tão profundo na mente e no coração do jogador, nos fazendo sentir empatia, ou até mesmo nos fazendo parar de jogar para respirar um pouco (Não é mesmo, Thalita?)

    Toda a crítica desse game, foi feita por mim, ao ver minha namorada Thalita Couto, jogar o game do início ao fim em um único dia. E mesmo assim, foi capaz de maravilhar e emocionar tanto a mim quanto a ela.

    VEREDITO

    What Remains of Edith Finch é a prova de que as formas de contar histórias podem e devem fugir do convencional livro, ou filme. O mundo dos games têm trazido dinâmicas cada vez mais tocantes, emotivas e íntimas, e traz de volta sentimentos despertados em mim quando joguei Brothers: A Tale of Two Sons.

    Ao pecar em bem pouco, e brilhar em muitos aspectos, o game da Giant Sparrow e Annapurna Interactive deve ser consumido da maneira certa, com tempo, lentamente. E tome o tempo que quiser, os Finch estarão sempre ao seu dispôr.

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