CRÍTICA – The Elder Scrolls Online: Greymoor (2020, Zenimax/Bethesda)

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Greymoor

The Elder Scrolls Online: Greymoor é parte da aventura anual The Dark Heart of Skyrim, a primeira expansão dos 4 pacotes que abordarão esta temática. A saga do Coração Negro de Skyrim começou, de fato, com a DLC Harrowstorm, em Março/2020, mas a expansão Greymoor, lançada no final deste primeiro semestre (início de Junho nos consoles) trouxe a parte mais densa desta aventura, permitindo acesso a novas regiões, dando a liberdade para explorar a região de Western Skyrim.

As próximas duas partes restantes da aventura, devem chegar durante os próximos 2 trimestres (provavelmente Agosto e Novembro).

Que tipo de Skyrim é esse?

Para quem chega neste jogo sem ter passado pelas aventuras anteriores de TESO (The Elder Scrolls Online), mas ainda assim é um antigo admirador da Bethesda tendo jogado por último o The Elder Scrolls V: Skyrim (2011), pode sentir muita diferença. Primeiro porque TESO: Greymoor é um MMORPG (Massively Multiplayer Online Role-Playing Game). Sua estrutura, apesar de em muitos aspectos lembrar o quinto título da série, não deve ser consumida da mesma maneira. O antecessor era um game single-player, de aventura, com muito foco na exploração e na imersão do jogador em toda a história e nos acontecimentos paralelos à aventura principal.

Inclusive, esta expansão, cronologicamente, se passa mais ou menos 1000 anos antes do que ocorre em TES5, logo, não teremos dragões nesta história.

Em Greymoor, a mecânica e a proposta são outras, valorizando mais a possibilidade de interação com outros jogadores online.

Como um bom MMO, TESO te convida a buscar a interação com os demais jogadores, para que com a cooperação, missões que pareceriam impossíveis de serem feitas sozinho, num grupo, se tornem menos difíceis e mais dinâmicas.



Novidades no mapa

Greymoor

O mapa que a expansão traz ao The Elder Scrolls Online contempla boa parte da região oeste de Skyrim, abrangendo principalmente os reachs de Solitude e Morthal, com seus principais pontos característicos, além é claro do mundo subterrâneo de Blackreach.

Para quem, como eu, vem de uma longa campanha no TES5, pode ser uma boa forma de rever cenários conhecidos com um gráfico mais refinado. As cidades principais, em geral, não tiveram muitas alterações de um jogo para o outro, porém, a maioria das cavernas e alguns outros pontos conhecidos dos jogadores antigos tiveram seus ambientes modificados, tanto que o próprio mapa de Blackreach, um dos principais desta expansão, tem uma área aproximadamente 40% maior do que a do jogo anterior, e com aparências diferentes também, visto que os desenvolvedores tentaram passar a ideia de que antigamente (ou seja, antes do que vimos em TES5) os locais eram diferentes, algumas cavernas não eram inundadas, mostrando-nos cenários antes da ação do tempo nestes locais.



Kyne’s Aegis 12-players trial

É importante ter em mente que o jogo é um MMO, entendendo que o jogo base e suas expansões e DLCs foram feitas para se jogar em comunidade. Um dos exemplos disto é o novo desafio para 12 jogadores chamado Kyne’s Aegis. Nele, você e seu grupo são levados à ilha de Kyne para defende-la de várias hordas de inimigos e alguns bosses. Pra quem gosta de PVE e não é muito fã de passar horas em questlines, estes desafios vão te prender, certamente.

A mecânica e as classes de jogadores são muito bem estruturadas pra que este modo de jogo seja um dos principais recursos de TESO.

Esta nova trial do jogo trará novos sets e recompensas como títulos, skins e outros cosméticos. Além destes desafios em grupo, outros eventos que estarão disponíveis para a comunidade serão as harrowstorms, espécies de tempestades que criam monstros que se tornam mais um convite para os jogadores se unirem em busca de novos itens e recompensas.



Arqueologia em TESO?

Greymoor

A expansão Greymoor traz à The Elder Scrolls Online uma nova sistemática de antiguidades, que acaba sendo adicionada também aos pacotes de aventuras anteriores.

Este novo sistema traz duas novas linhas de habilidade para seu personagem: Scrying e Excavation. Estas novas árvores de habilidades são liberadas através de uma NPC encontrada na cidade de Solitude (uma das primeiras abordadas pela missão principal).

O recurso de Scry adiciona ao jogo base uma espécie de minigame onde seu resultado define a precisão do seu estudo para descobrir o local onde a antiguidade está escondida.

Após encontrar o local de escavação, sua habilidade de Excavation é ativada, e você passará por outro minigame para tentar resgatar a antiguidade com sucesso.

Certamente, são funções novas que permitem aos jogadores formas de buscar melhores itens, convidando à uma maior exploração da vastidão dos mapas de The Elder Scrolls Online.



Veredito de um “ex-Skyrimer

Greymoor

Beleza, mas vale a pena o jogo? Caso você já seja um jogador de The Elder Scrolls Online e esteja pensando em comprar a expansão, pode ser que não veja tantos benefícios. Se não faz questão de um novo mapa e seu foco é o PVP padrão que o jogo base oferece, talvez não encontre grandes benefícios na nova aventura. Porém, se é um jogador fã da série e quer aproveitar os novos conteúdos apresentados acima (que dão uma boa atualizada em muitos aspectos do jogo), vale muito o investimento.

Mas se o seu caso é parecido com o meu, de alguém que caiu em The Elder Scrolls Online direto na expansão Greymoor, tendo jogado anteriormente apenas os outros títulos da série The Elder Scrolls, o jogo pode parecer diferente no começo, já que muito das mecânicas e da proposta do jogo muda.

O tutorial que o jogo oferece já ajuda a ambientar e entender um pouco das principais diferenças. Caso seu foco siga sendo explorar o mundo e construir seu personagem no velho estilo dos jogos predecessores, talvez você deva optar por uma versão remasterizada do TES5. Agora, se está disposto a encarar um novo formato de aventura, seja muito bem vindo para explorar The Dark Heart of Skyrim.

Nossa nota

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