CRÍTICA – Rampage: Destruição Total (2018, Brad Peyton)

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Rampage: Destruição Total é um filme de ação baseado no clássico jogo dos anos 90 que conta com o protagonismo de Dwayne “The Rock” Johnson, o ator blockbuster deste ano. Depois de garantir a maior renda da história para a Sony Pictures com Jumanji: Bem-Vindo à Selva (Jake Kasdan, 2018), The Rock volta às telas poucas semanas depois com um filme carregado de ação e CGI, que já se tornaram sua marca registrada.

Quando um experimento genético arriscado de uma empresa se espalha pelos Estados Unidos e alguns animais são expostos ao seu conteúdo, o primatologista Davis Okoye (Dwayne Johnson) vê seu amigo e objeto de estudo George sofrer os efeitos da substância que apareceu em seu habitat. Os animais que entraram em contato com essa substância atingiram dimensões gigantescas e passaram a destruir tudo o que estava ao alcance. Espantado por seu gorila se tornar um monstro e arriscar todos à sua volta, Davis recebe ajuda da Dra. Kate Caldwell (Naomie Harris) para conseguir o antídoto que evitaria uma catástrofe ainda maior.

A direção é de Brad Peyton, conhecido por já ter trabalhado com Johnson em outros filmes (Viagem 2: A Ilha Misteriosa e Terremoto: A Falha de San Andreas), e o roteiro é de Ryan Engle (Sem Escalas e O Passageiro), responsável pelos perrengues recentes de Liam Neeson nos cinemas. Rampage: Destruição Total ainda conta com as atuações de Naomie Harris (Moonlight), Malin Akerman (Watchman), Jeffrey Dean Morgan (The Walking Dead) e Joe Manganiello (Magic Mike).

Ainda que tivesse Dwayne com o protagonismo e ditando o rumo que o filme levaria, o roteiro fraco e a direção mal explorada fazem de Rampage: Destruição Total um desperdício de computação gráfica e de um time de atores que poderia ter um aproveitamento maior nas discussões e nas cenas de ação. Ao longo de pouco mais de uma hora e meia, vamos perdendo o protagonismo de alguns personagens e histórias que fecham sem uma conclusão – não porque os personagens morreram, eles só foram deixando de existir na mente técnica por trás do longa.

A história em si não colabora. O roteiro clichê desaponta e a direção, com enquadramentos cômicos de tão defeituosos, fazem com de Rampage: Destruição Total mais uma decepção para o universo de adaptações de games para o cinema, mantendo firme “a maldição”.

As atuações dos vilões humanos do filme envergonha pela tentativa de humor provocador, restando apenas aos animais computadorizados a função desgraçada e inesperada de causar conflitos e destruir cidades. Jeffrey Dean Morgan, que integra o núcleo político e de contingência das aberrações genéticas, eleva o longa em diversos momentos com seu estilo malandro e repetitivo, herança do personagem Negan de The Walking Dead. Sobrando como saldo positivo apenas Johnson com seu carisma e química com Harris e o alívio cômico do gorila George, mesmo em seu momento de monstruosidade.

A Warner Bros. fez uma boa jogada ao ter a estreia adiantada para evitar um conflito de exibição com Vingadores: Guerra Infinita, porém sua bilheteria provavelmente não chegará perto de outros filmes do gênero de “ação catastrófico”.

Ainda que ineficaz no rumo que a história é direcionada, Rampage: Destruição Total consegue entreter eventualmente com explosões, efeitos e piadas fracas, porém falha ao tentar sanar uma urgência por filmes adaptados de games que se justifiquem pelo roteiro e investimento técnico como um todo.

Avaliação: Ruim

Confira o trailer legendado:


Rampage: Destruição Total
chega amanhã, 12 de Abril, aos principais cinemas do país.