Foi dada a largada para o Cinema em Movimento – Circuito Universitário Rio. Após uma semana de intensa capacitação, estudantes de nove municípios fluminenses deram início à produção da mostra de filmes, cujas exibições e debates serão realizados pelas redes sociais até o início de agosto, sob orientação do Instituto Cultura em Movimento (ICEM).
A temática dos filmes é Direitos Humanos e o objetivo é fomentar a reflexão sobre questões de interesse nacional e histórico abordadas nas obras.
Os quatro filmes selecionados para esta edição são:
- Castanhal, de Marques Casara e Rodrigo Simões Chagas;
- Ilegal, de Raphael Erichsen e Tarso Araujo;
- Prefiro Que Me Xinguem, de Marcos Warschauer e Levi Guimarães Luiz;
- Sobre Sonhos e Liberdade, de Marcia Paraíso e Francisco Colombo.
O projeto é produzido pelo ICEM e tem apoio do Fundo Nacional de Cultura, Secretaria Especial de Cultura, Ministério do Turismo e Governo Federal.
SOBRE O CINEMA EM MOVIMENTO
Criado em 2000 pela produtora MPC Filmes e executado em conjunto com o Instituto Cultura em Movimento, o Cinema em Movimento é hoje o maior projeto de difusão do cinema nacional no Brasil.
Organiza circuitos de exibição gratuita de filmes de longa, média e curta-metragem da recente produção audiovisual brasileira nas 27 unidades da federação. Com sessões ao ar-livre ou em espaços fechados, o projeto atua por meio de três circuitos: Circuito Praça, Circuito Escola e Circuito Universitário.
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Mais do que uma simples exibição de filmes, o Cinema em Movimento é um espaço de ampla comunicabilidade, constituindo-se em um eficaz instrumento de divulgação e possibilitando agregar outras atividades culturais e sociais.
A iniciativa promove capacitação profissional de produtores culturais para atuar em seus municípios, atua nas universidades estimulando o debate e realiza oficinas de iniciação à criação cinematográfica para jovens, com o intuito de despertar o interesse pela produção audiovisual.
SINOPSE DOS FILMES SELECIONADOS
Castanhal
No Sul do estado do Amazonas, a coleta dos frutos das castanheiras perdura por gerações de extrativistas. A riqueza da floresta é também o sustento das famílias que habitam as margens dos seus rios.
Assim, enquanto o progresso do agronegócio insiste em derrubar e queimar, quem cuida das árvores centenárias teme pelo futuro da Amazônia brasileira – e da própria vida.
Direção: Marques Casara e Rodrigo Simões Chagas | Brasil | 2020 | 25 min
Temática: Direito ao trabalho digno / Direito das populações tradicionais
Ilegal
Ilegal aborda a frustração e o desespero de mães que não conseguem tratar as raras e incuráveis doenças de seus filhos, como a epilepsia, uma vez que o remédio que aliviaria seus sintomas é derivado da Cannabis Sativa e, portanto, proibido no Brasil.
O filme mostra a luta dessas famílias pela regulamentação da maconha medicinal no país e seu confronto com a burocracia da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e com o atraso social que o preconceito com a maconha causa.
Contando com relatos de médicos, pacientes, políticos e cientistas, o filme traça os pequenos avanços que foram feitos no decorrer de alguns meses, porém também relata a triste realidade de grande parte dessas famílias: os pacientes têm pressa, e o sistema é – dolorosamente – lento.
Direção: Raphael Erichsen e Tarso Araujo | Brasil | 2014 | 90 min
Temática: Direito à Saúde
Prefiro que me xinguem
Quantas margens tem a sua cidade? “Eu sou Eric”: com essa assinatura nas mensagens escritas nos muros da cidade, o desenhista em situação de rua Eric Batista chama atenção para a vida com a arte nas ruas e nos faz refletir sobre a desigualdade, a invisibilidade e os preconceitos vividos pelas pessoas à margem da sociedade.
O documentário Prefiro que me xinguem acompanha o artista nos faróis e revela um personagem rico e complexo.
Direção: Marcos Warschauer e Levi Guimarães Luiz | Brasil | 2020 | 14 min
Temática: Direito da população em situação de rua
Sobre sonhos e liberdades
O apagamento do protagonismo negro foi uma constante no processo que culminou com a canetada em 13 de maio de 1888, oficialmente a data de libertação dos escravizados no Brasil. Um ato de silenciamento que pôs fim aos projetos de liberdade de uma maioria da população brasileira – acesso à terra, à educação, ao trabalho, aos direitos civis. Passados mais de 100 anos, a luta pela igualdade e liberdade permanece a mesma.
Direção: Marcia Paraiso e Francisco Colombo | Brasil | 2020 | 70 min
Temática: Diversidade religiosa / Direitos da população afrodescendente
Perfis onde serão exibidos os filmes e os debates, por região:
- Amanda Naima Alli
Estudante de Jornalismo (Unicarioca)
Instagram: @dinhanaima
- Ana Beatriz Rangel
Estudante de Jornalismo (UVA)
Instagram: @ana_rangell
- Ana Maria Rocha
Estudante de Direito (Cândido Mendes)
Instagram: @anaalves_ss
- Joyce Blois
Estudante de Direito
Instagram: @joyceblois
- Laura Ludugerio
Estudante de Direito (FEAP)
Instagram: @lauraludugerio
- Luis Fellipe Vieira
Estudante de Direito na UFF – Macaé
Instagram: @luiskuf
- Marcelle de Araújo
Estudante de Direito (Universidade Lusófona)
Instagram: @marcelle03120
- Melissa da Silveira
Estudante de Direito (Unigranrio)
Instagram: @melissasilveirw
Estudante de Comunicação da UNIASSELVI
Instagram: @sammymatheus
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