CRÍTICA – Os Opostos Sempre Se Atraem (2022, Louis Leterrier)

    Omar Sy (Lupin) parece ter encontrado na Netflix uma das parcerias mais interessantes de sua carreira e o novo filme da gigante do streaming é tudo o que já vimos na carreira do ator francês e muito mais. Na continuação do filme de 2012, Os Opostos se Atraem, vemos uma divertida comédia investigativa, e como o ator sabe passear no gênero que definiu sua carreira.

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    O elenco além de Omar Sy, conta com Louis Leterrier e Sabrina Ouazani.

    SINOPSE

    Reunidos depois de uma década, dois policiais muito diferentes investigam um assassinato em uma cidade dividida que é palco de uma grande conspiração.

    ANÁLISE

    Com uma cena inicial de tirar o fôlego, vemos que Ousmane Diakhaté (Omar Sy) é bem menos pragmático que o investigador Assane Diop da série Lupin, também da Netflix, vivido pelo ator. Em meio à crescente dinâmica de buddy cop presente no filme, vemos a trama nos encaminhar por um lado de uma amizade repentina do passado que se estabeleceu pela comodidade de uma relação, mas que chegou ao fim após a trama do primeiro filme. Pois assim como na vida real, os personagens seguiram caminhos diferentes.

    Se distanciando do que foi estabelecido no primeiro filme, vemos o amadurecimento da dupla de policiais e testemunhamos as evidentes diferenças entre os dois quando analisamos suas vidas fora das câmeras. A relação de Ousmane e François Monge (Laurent Lafitte) se destaca não apenas pelos choques de realidade presentes na trama, mas também na realidade dos personagens. O cuidado que o diretor Louis Leterrier encaminha a trama, assim como o refinamento, transpondo as relações de Monge e Ousmane para uma época diferente – afinal, muito mudou em 10 anos desde o primeiro filme.

    Com uma trama consciente de alguns dos mais relevantes problemas que o mundo enfrenta hoje, Os Opostos Sempre se Atraem se mostra como uma bela diversão +16, e abre as portas para que alguns problemas venham a ser resolvidos em um vindouro terceiro filme.

    VEREDITO

    Ver como o filme aborda a ascensão de regimes totalitários ultranacionalistas com uma ambientação divertida, dão ao mundo e aos espectadores, indícios de que regimes assim podem surgir do dia para a noite. A atuação de Omar Sy e Laurent Lafitte elencam elementos já tradicionais da dinâmica de filmes de buddy cop, mas inova com uma linguagem que precisa ser questionada nos filmes do gênero de hoje em dia. O filme apresenta uma quebra de um padrão que se repete desde que o gênero foi criado, em que o homem negro é sempre colocado como o alívio cômico.

    Mudando completamente a perspectiva de tudo que havia sido mostrado no passado, a Netflix move a história para frente enquanto atualiza tramas datadas do primeiro filme.

    Nossa nota

    4,5 / 5,0

    Confira o trailer do filme:

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