Elvis: Curiosidades sobre o filme do Rei do Rock

    O visionário cineasta Baz Luhrmann, indicado ao Oscar, dirige o drama Elvis, da Warner Bros. Pictures, estrelado por Austin Butler e Tom Hanks, ator vencedor do Oscar.

    O longa estreia nos cinemas brasileiros no dia 14 de julho.

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    DESIGN DE PRODUÇÃO

    Para levar o público de volta no tempo através da vida de Elvis, as designers de produção Catherine Martin e Karen Murphy se concentraram em combinar referências históricas com a narrativa visual exuberante do diretor Baz Luhrmann. Com exceção de algumas locações externas, as filmagens foram realizadas nos enormes espaços de sets do Village Roadshow Studios em Gold Coast, Austrália.

    Catherine Martin tem dado forma à visão de Baz Luhrmann desde sua estreia no cinema. E o diretor comenta:

    Trabalhamos da mesma maneira há muito tempo, não tem segredo, temos praticamente nossa própria língua. Eu começo com meus rabiscos, rascunhos, colagens e um monte de palavras, e sei que são praticamente ilegíveis, mas me permitem transmitir como eu vejo as coisas. E ela tem muitos dons, mas um de seus dons extraordinários é pegar toda essa confusão e executá-los com uma qualidade rara. Participo do processo o tempo todo, sou obsessivo a ponto de conferir da bainha de um figurino às cores da parede de um set. Somos realmente parceiros — temos uma conexão espiritual e criativa especial. Desde que nos conhecemos, tem sido um diálogo contínuo.”

    GRACELAND

    Para criar o exterior de Graceland, foram dez semanas de trabalho de construção inicialmente. No entanto, com o isolamento da pandemia, o set ficou envolto em plástico por quase um ano. Por incrível que pareça, em meros dez dias já estava tudo pronto para as filmagens. Todas as vegetações e plantas tiveram que ser realocadas e armazenadas, regadas e cuidadas durante o intervalo, assim como a grama e os gramados ao redor da mansão e nas vias de acesso. A locação era bastante especial, pois tinha que estar próxima do estúdio, ter a posição geográfica correta e opções de iluminação adequadas. 

    Graceland existe nos dias de hoje e foi preservada para fãs e turistas conferirem como era durante a vida de Elvis. Mas foi preciso recriar Graceland, em seus períodos específicos, o mais fielmente possível. Todos os detalhes arquitetônicos foram baseados em plantas que foram obtidas com o Graceland Estate, com o apoio e dedicação, da chefe de arquivos Angie Marchese e sua equipe. Graceland era o símbolo e a evidência do sucesso de Elvis. No filme a vemos, por fora e por dentro, quando Elvis traz seus pais, logo depois de comprá-la.

    Embora todas as locações externas tivessem requisitos muito específicos, um dos mais importantes era ter privacidade. Guanaba, uma área semirrural, e o Aterro Suntown, em Arundel, garantiam essa privacidade.

    BEALE STREET

    No filme, Elvis (Austin Butler) às vezes vai de encontro ao conforto dos amigos e da música ao vivo em clubes da Beale Street, em Memphis. Este set todo de exteriores, criado em locação em Suntown Landfill, foi um dos maiores e de logística mais complicada.

    As referências para a famosa Beale Street foram todas históricas, e um dos primeiros requisitos era que a rua fosse construída em uma encosta, como era na época do filme. Devido aos ajustes para a ação nas filmagens, no entanto, foi necessária uma compressão geográfica, e alguns prédios foram construídos mais separados, como a loja Lansky Bros. e o clássico Club Handy.

    No total, mais de sessenta veículos, incluindo vários modelos de caminhões, picapes, sedãs e cupês foram usados na Beale Street nos dois períodos em que ela é vista no filme, a maioria obtidos com colecionadores locais. Muitos foram adesivados com vinil, e alguns até fisicamente alterados para torná-los historicamente corretos.

    TURNÊS DE CARNAVAL

    Um dos sets vistos logo no início e vital para a história é o do show da turnê de carnaval em que o Coronel Tom Parker (Tom Hanks), já tendo visto antes o efeito de Elvis na multidão em Shreveport, no Louisiana Hayride, se aproxima de Elvis para ser seu empresário.

    O set também teve duas versões distintas na história: para o show noturno na Flórida e, no Texas, para o show vespertino. Com apenas um dia para transformar o set noturno no diurno, a equipe do departamento de arte ainda enfrentou chuvas torrenciais, granizo e até tempestade durante o trabalho.

    Todos os elementos, incluindo a sinalização, as tendas de camarim, os shows paralelos, estandes de atrações, shows de horrores, o Hank Snow Show, as barracas de comida, os vagões e as carruagens, o palco de Madame Zeena, e ainda muito mais, foram projetados e construídos dentro do departamento de arte. Apenas a roda gigante, o carrossel e a cadeira de balanço foram embelezados pela equipe de arte.

    INTERNATIONAL HOTEL

    No filme, Parker garante uma extensa temporada para Elvis em Las Vegas, no novo Hotel Internacional, o que demandou a construção de um luxuoso set, abrangendo tanto um grande palco de performance quanto a área do público.

    A decoradora Beverly Dunn comenta sobre um dos elementos mais importantes, para ela:

    Tínhamos uma incrível cortina dourada enorme, que deveria ser totalmente operacional. Quando começamos a trabalhar no set, falava-se que ela teria um efeito visual imponente, por ser tão grande. Foi maravilhoso conseguir o tecido adequado, depois de muita pesquisa, fazer o tingimento de dourado, importá-lo para costurá-lo, tudo em menos de oito semanas! Mas valeu a pena, porque possibilitou que os atores interagissem com a peça, essa imensa cortina, e que a equipe de produção montasse a cena com todo o seu esplendor.”

    FIGURINOS

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    É difícil imaginar um artista cujos figurinos sejam mais emblemáticos do que os de Elvis. Além disso, o filme abrange pelo menos três décadas, nas quais a moda evoluiu radicalmente. No longa, o ator Austin Butler, que fica bem com tudo, tem mais de noventa mudanças de figurino!

    Nenhum filme com tantas performances célebres de Elvis estaria completo sem uma vasta gama de seus famosos macacões. Há muitos deles no filme, aliás, mas para Butler, a verdadeira descoberta veio com os trajes “cotidianos” do artista, bem como alguns designs surpreendentes:

    Eu nunca usei tantas camisas com laços! Eu adorava usá-las, bem como aquelas jaquetas-bolero. O terno todo azul dos anos 1950, com a camisa de renda azul, eu realmente gostei muito desse traje.”

    Mas voltando aos macacões… Catherine Martin e sua equipe tiveram o privilégio de colaborar com Kim e Butch Polston, da B&K Enterprises, de Charlestown, em Indiana, que recriou fielmente os icônicos trajes de palco dos anos 1970 de Elvis, com a permissão expressa do figurinista de longa data de Elvis, Bill Belew. Com os Polston, a figurinista conseguiu não apenas encomendar macacões para o filme, feitos segundo o mesmo processo e exatamente como os originais, mas também com o espetacular e complexo bordado em ponto de corrente, feito por Jean Doucette, a artista que bordou, pessoalmente, os macacões de Elvis.

    MAQUIAGEM

    O filme começa com a apresentação de seu narrador, Coronel Tom Parker, já próximo do fim de sua vida, para o público. Assim, para retratá-lo ao longo dos mais de quarenta anos abordados no filme, Tom Hanks passou muitas horas na cadeira de maquiagem, todos os dias, sob o olhar atento e criativo do supervisor de efeitos de maquiagem, Jason Baird, e sua equipe de artistas.

    Para Parker, havia três versões diferentes: de meados dos 40 anos, sua idade quando descobriu Elvis, na meia-idade, nos seus 60 anos, e com 87 anos. O supervisor de efeitos visuais explica as diferenças no processo de maquiagem para o personagem de Hanks:

    A versão dos 60 anos era um pouco mais gorda no pescoço, então esculpimos uma seção extra de garganta, e houve um pouco de ajustes no queixo. Aos 87 anos, ele era muito pálido e doente. A cabeça de Tom foi totalmente coberta com próteses para essa versão de Parker, e nós adicionamos uma peruca diferente, com mais cabelos brancos e finos, um conjunto de próteses dentárias e mais manchas de sol e de pele. Para aplicar as duas versões, dos 40 e 60 anos, levávamos até três horas e meia. Já a versão mais velha e fantasmagórica, consumia cerca de cinco horas. De vez em quando, Tom até ‘parecia’ tirar uma soneca ou fazia uma pausa para esticar as pernas.”


    Assista ao trailer legendado:

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