CRÍTICA – Gêmeo Maligno (2022, Taneli Mustonen)

    Gêmeo Maligno é um filme de terror que está disponível nos cinemas brasileiros e conta com Teresa Palmer (Quando as Luzes se Apagam) e tem o cineasta Taneli Mustonen na direção.

    SINOPSE DE GÊMEO MALIGNO

    Rachel (Teresa Palmer), seu marido Anthony (Steven Cree) e seus filhos gêmeos Elliot e Nathan (Tristan Ruggeri) estão em uma viagem de carro até que sofrem um acidente que acaba matando Nathan.

    Convivendo com a dor, a matriarca da família tenta seguir em frente, contudo, o comportamento de Elliot começa a ficar esquisito e agora ela tem que lidar com o trauma e com as atitudes do filho sobrevivente.

    ANÁLISE

    Gêmeo Maligno se vende como mais um filme de questões paranormais, contando com uma aura sobrenatural clichê que usa em uma criança as nossas expectativas de tensão e de nos importar com os personagens.

    Há uma tentativa frustrada de fazer diferente, enfiando um monte de conceitos dentro da trama, com diversas reviravoltas que mais confundem a proposta do filme do que de fato inovando. Em dado momento, não sabemos mais do que se trata o longa, assim como boas ideias são jogadas no lixo e no fim ficamos sem respostas e porquê aquilo foi colocado na história.

    Sobre as atuações, o elenco convence, com uma boa atuação de Teresa Palmer que entrega uma mãe bastante fragilizada emocionalmente, mas que tem muito convicção e força na hora de se impor. Mesmo com um roteiro confuso e fraco, ela consegue fazer uma entrega interessante em suas cenas.

    A direção é competente, mesmo que faça alguns cortes imprecisos e deixe as cenas meio picotadas. Taneli Mustonen usa planos abertos e assim como Ari Aster em Midsommar (2019), faz da luz um símbolo de terror para o espectador, indo contra o usual.

    Aliás, Midsommar é uma base importante para Gêmeo Maligno, pois em vários momentos me lembrei do longa de Aster assistindo o filme. Além dos enquadramentos de câmera, há algumas semelhanças quanto à população da pequena cidade da Finlândia da qual a família faz parte agora. Os comportamentos nada peculiares deles e uma espécie de seita que se forma lembram, e muito, os suecos do filme de 2019.

    VEREDITO

    Gêmeo Maligno é um filme que tenta de tudo, mas não consegue entregar muita coisa ao seu espectador. Se jogasse mais no simples, poderia ser um longa mediano, pois tem alguns pontos positivos em sua direção e elenco. Infelizmente fica abaixo do aceitável.

    Nossa nota

    1,8/5,0

    Confira o trailer de Gêmeo Maligno:

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