CRÍTICA – Blackout (2022, Sam Macaroni)

    Blackout é o mais novo filme de ação da Netflix, estrelado por Josh Duhamel e Nick Nolte. O filme nos leva por uma viagem incessante enquanto um homem sem memória tenta sobreviver à ameaça que um cartel o impõe. A trama nos conduz por sequências de ação de tirar o fôlego enquanto acompanhamos uma viagem à mente de um amnésico que parece estar preparado para fazer frente à grandes ameaças.

    Ambientado no México, a poucos quilômetros da fronteira com os Estados Unidos, Cain (Josh Duhamel) vai descobrir que mesmo sem memória, ele só pode confiar em si mesmo.

    SINOPSE

    Um homem acorda em um hospital sem memória e rapidamente se encontra fugindo de um cartel em seu encalço. Agora deve lutar para encontrar sua verdadeira identidade da maneira mais cruel.

    ANÁLISE

    Enquanto nos aprofundamos na história de Blackout, entendemos que a trama faz mais uso do talento físico de seus atores, do que de seus talentos como atuação e delicadeza. Afinal, quando um desmemoriado precisa fugir de um cartel, ter sangue nos olhos e usar todas as cartas em suas mangas são alguns dos requisitos.

    Com um elenco de peso, liderado por Duhamel e Nolte, temos no longa também a atriz Abbie Cornish. Nolte e Cornish têm um papel um tanto estranhos, em grande parte pela amnésia de Cain, que o faz não confiar em ninguém, e esse parece ser o ponto de partida de sua empreitada.

    Ainda que o filme se desenrole quase que completamente dentro de um hospital no qual o cartel tem pleno controle, ele tem como início um acidente de carro, o qual parece ser uma das poucas lembranças do nosso protagonista, que em meio à visões enuviadas do passado, precisa encontrar a resposta para seguir em frente dentro de si.

    Ainda que a trama soe completamente clichê, ela nos remete de certa forma à Amnésia (2000), Carter (2022) e até mesmo Alita: Anjo de Combate (2019). Como histórias combativas sobre indivíduos amnésicos, é importante compreender que suas motivações vão além do que podemos ver inicialmente, por isso, sua força inicialmente é difícil de se encontrar.

    VEREDITO

    O que Josh Duhamel faz no filme, o eleva como um brucutu do cinema americano o preparando para filmes ou quem sabe grandes franquias de ação. Mas falha ao apresentar indivíduos mexicanos como vilões e repete os erros de filmes de brucutus, como Rambo e muitos outros filmes da mesma época, em que colocavam como inimigos, apenas indivíduos que combatiam ou iam contra o capitalismo representado pela América do Norte.

    Nossa nota

    3,5 / 5,0

    Assista ao trailer legendado:

    Blackout está disponível no catálogo da Netflix.

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