CRÍTICA – O Rei das Sombras (2023, Marc Fouchard)

    O Rei das Sombras (do original Le Roi des ombres) é inspirado na antiga lenda malinesa. Que contava a história de dois irmãos que entrariam em um conflito que acabaria por causar a destruição de tudo em seu caminho. A história nos transporta para a França onde conhecemos a história de Adama (Alassane Diong) e Ibrahim (Kaaris), dois meios-irmãos que se veem em lados distintos de uma batalha que pode trazer o fim de um dos dois.

    O longa francês conta uma história original do Mali, mas que transportados para a França, para os dias atuais.

    SINOPSE

    Após a morte do pai, dois meios-irmãos se veem em lados opostos de um conflito com consequências trágicas.

    ANÁLISE

    O filme nos apresenta o passado da família de Adama desde seus primeiros dias na França antes mesmo dele e seu irmão nascerem. Que como uma família imigrante precisa se estabelecer em um lugar e criar um “lar.” O sonho do pai dos dois é abrir um restaurante e encontra no país europeu a chance de fazê-lo e fazer a família rapidamente se tornar parte daquela comunidade.

    Conforme os anos avançam Ibrahim nasce e seu pai em viagem ao seu país natal conhece a mãe de Adama. Ainda que enfrente grande resistência da mãe de Ibrahim, Ousmane a convence a dividir seu lar com uma segunda mulher.

    Enquanto a relação entre as duas e seus filhos se distanciam, Ousmane tenta levar uma vida tranquila mediando os conflitos. Enquanto trabalha em seu restaurante, seu filho mais velho Ibrahim faz escolhas erradas e durante sua adolescência começa a roubar e traficar.

    Algum tempo depois, Adama sofre um acidente e fica cego. Ainda que os dois irmãos tenham uma distância clara – não apenas pela rivalidade tradicional entre irmãos -, a percepção de distanciamento de ambos se torna ainda mais evidente na fase adulta. Quando Adame se torna um músico, seu irmão comanda uma das gangues mais perigosas da região.

    Quando o filme tira os dois do rumo tradicionalmente, os dois irmãos estão fadados a um combate que vai além do que os dois estão destinados a controlar.

    VEREDITO

    Ainda que conte uma história poderosa, a atuação do rapper Kaaris é muito mais convincente do que a de Alassane. Os dois funcionam como forças da natureza, mas Ibrahim é muito mais convincente. Por contar uma história singular, diferente do padrão hollywoodiano, o filme inova e nos deixa curiosos ao longo de seus 90 minutos.

    Enquanto parece contar uma história pé no chão, O Rei das Sombras flerta com o sobrenatural, com as lendas malinesas e os temores que os imigrantes possuem.

    No momento de postagem deste texto, O Rei das Sombras está no Top #1 filmes da Netflix Brasil e parece ter sido adorado pelo público.

    Nossa nota

    3,5 / 5,0

    Confira o trailer do filme:

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