Algumas das franquias de survival horror mais icônicas dos anos 2000 passaram abaixo do meu radar. Sendo assim, fiquei de fora destas por tempo demais. Talvez por ter preferido mergulhar em games mais casuais de aventura na época do Xbox 360. Mas quase 18 anos depois, o game original de Dead Space colocou uma pulga atrás da minha orelha enquanto escolhia sobre o que eu ia jogar para escrever para este Jogo Véio. Enquanto “zapeava” o Game Pass, decidi dar uma chance a este título. Não apenas pelo brilhante texto escrito pelo Ricken – do remake do game – mas também por nunca ter mergulhado nesta história.
Enquanto jogamos lançamentos, precisamos sempre encontrar um tempo a fim de trazer estes textos pontuais toda sexta-feira. Mas chega de divagação e vamos aos eu interessa, Dead Space.
Ambientado no ano 2508, somos colocados no controle Isaac Clarke, um engenheiro que após sua nave fazer um pouso de emergência na USG Ishimura, vê a sua vida e de seus parceiros tripulantes mudar para sempre. A nave possui um tamanho absurdo, pois foi produzida para possuir a habilidade de minerar planetas inteiros.
Nesta realidade distópica, enquanto a humanidade parece ter exaurido os recursos da Terra, ela partiu para fazer o mesmo com outros planetas, por vezes, destruindo-os por completo.
A Ishimura, Clarke e ameaças

Em um primeiro momento, Clarke e sua equipe estão ali na Ishimura para um simples reparo na antena de comunicação. A nave que possui uma escala absurda, e tem suporte para uma enorme colônia humana viver tranquilamente no espaço por longos períodos – essa colônia operaria a nave. É dito que a Ishimura salvou a humanidade em momentos de dificuldade, levando o necessário para seu planeta natal após um longo período de escassez.
“Ah, mas por que diabos alguém se lançaria para milhares de anos luz para consertar uma nave?”
Isaac Clarke parte para a Ishimura pois sua esposa fazia parte do corpo médico da nave e ele já tinha contato com ela há algum tempo. A fim de garantir sua segurança ele parte em direção ao desconhecido, para encontrá-la e descobrir no que ela trabalhava.
Logo nos primeiros minutos na Ishimura, Clarke e sua tripulação são confrontados por necromorfos, criaturas transformadas a partir dos corpos da tripulação da nave mineradora. Após serem separados, os três sobreviventes da nave que abordou a Ishimura, decidem que a melhor coisa a fazer é reparar a nave mineradora a fim de partir dali. Mas não sem antes encontrar Nicole.
Enfrentando inimigos menores, de médio e grande porte, Dead Space exige de nós estratégia e tentativa, bem como um bom gerenciamento de recursos – pois por mais que uma loja apareça ocasionalmente, munições são limitadas.
Com uma angústia bem característica do game – coisa que não senti nem mesmo em Callisto Protocol -, ouso dizer que o começo desta jornada é mais do que desafiadora, é desoladora. Quando o game nos tira toda a esperança, é onde precisamos avançar. Sendo assim, a jornada de Isaac se mostra desafiadora emocionalmente e fisicamente falando.
Quarentena, adversidades e dificuldade

Um dos elementos que tornam a jornada mais rica é como descobrimos detalhes desta história. Ou pelo menos uma história pregressa à nossa chegada ali. O planeta que era minerado, era Aegis 7, planeta esse que havia sido colocado em quarentena séculos antes do momento em que nossa história é ambientada.
Após um artefato ser retirado do planeta, a tripulação muda para sempre. Com tendências homicidas, violentas e histéricas, parte da tripulação da Ishimura foi levada rapidamente à loucura. Quando a situação foi contornada, a mineração do planeta prosseguiu.
Quando uma criatura alienígena ameaça os mineradores, infectando-os. Misturando ficção-científica com uma religião “futurista,” somos lançados pelos percalços dos estragos que uma crença cega pode causar não apenas à alguns indivíduos, mas como toda a humanidade.
Com uma enorme variedade de inimigos, precisamos avançar realizando melhorias não apenas em nossas armas, como na armadura. E o uso do DRI torna nossa progressão mais fácil, pois graças a ela nos garante uma maior resistência aos golpes inimigos.’
Mente coletiva e veredito

Ao descobrir elementos por trás de todos os acontecimentos do game, somos tomados por tramas que giram em torno da ganância e da ambição de muitos. À parte da clara violência que é necessária para sobreviver aqui, enfrentamos terríveis hordas de inimigos monstruosos e do característico egoísmo humano. A Mente Coletiva é um poderoso inimigo e ela é responsável pelo que enfrentamos ao longo do game. Não só pela história, mas pelo elemento que a dá poder, a liberta da sua prisão centenária.
Dead Space possui um lugar importante na minha jornada de games survival horror, e assim como finalizei seu sucesso espiritual Callisto Protocol, tenho como intuito finalizar os outros dois games da franquia Dead Space.
Avançar por essa história vai além de uma questão de sobreviver, mas também causa nos jogadores aquela coceira de descobrir o que está acontecendo, o que está por trás de tudo isso.
Divertido, humano e gore, somos levados até as últimas consequências do esforço físico e mental a fim de descobrir o que tem causado tudo aquilo – principalmente físico quando tratamos da fragilidade humana causada pelo Red Marker e tudo que envolve os acontecimentos de Aegis 7.
Dead Space se encaixa hoje na categoria de games singulares capazes de causar tensão, ojeriza e ao mesmo tempo, vontade de avançar por sua história sem olhar para trás.
A franquia Dead Space está disponível para ser jogada no Xbox Game Pass.

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