Com mais de 50 anos, os X-Men são uma das equipes mais icônicas da história dos quadrinhos. Desde sua criação, os mutantes se envolveram em sagas próprias (ciclo de histórias seriadas ao redor de um mesmo problema) e também foram engolfados por eventos que abrangiam todo o Universo Marvel (como Guerras Secretas, Invasão Skrull e Era de Ultron). Não faltaram viagens pelo tempo, pelo espaço sideral e por diferentes dimensões.
Nesta publicação, selecionamos as principais histórias que marcaram os maiores mutantes do planeta, porém vale ressaltar que a ordem é apenas cronológica. Cada uma delas possuem suas qualidades para estarem dentro dessa lista com uma escolha particular. Espero que gostem. Vamos à lista!
Magneto Triunfa (1963)
A equipe criativa dos Fabulosos X-Men, composta por Chris Claremont, John Byrne e Terry Austin foi a rocha que solidificou muitas coisas importantes para o universo X-Men, tanto canonicamente quanto criativamente. Aqui eles amplificam a ação, promovendo o retorno de Magneto em uma aventura do outro lado do globo, na qual cada personagem tem espaço para ser desenvolvido e cada cena de ação é um salto em relação ao anterior, concluindo com uma tragédia, com o Fera e a Fênix derrotados no gelo da Antártica e o resto da equipe, presumidamente mortos, tentando voltar para casa.
A Saga da Fênix Negra (1980)
Escolhida pela entidade cósmica conhecida como Fênix para ser sua hospedeira, Jean Grey obtém poderes quase absolutos. Mas todo esse poder cobra seu preço, e a X-men acaba se tornando alvo dos shiars, uma raça alienígena que pretende destruir a Fênix, e tem seus pensamentos manipulados pelo Mestre Mental, que pretende usá-la para atingir seus próprios objetivos malignos. Com sua mente corrompida, Jean se transforma na Fênix Negra e ameaça consumir o universo. Uma das melhores fases dos X-Men, essa saga enche os olhos com um enredo envolvente que deixa cicatrizes que são sentidas até hoje no Universo Marvel. Emocionante e espetacular, é a melhor história dos X-Men de todos os tempos e o ápice criativo da dupla Claremont/Byrne.
Dias de Um Futuro Esquecido (1981)
Em um futuro devastador, no qual os mutantes foram impiedosamente caçados e exterminados pelos Sentinelas e apenas alguns sobreviventes estão em um campo de concentração. Wolverine é o único dos antigos X-Men ainda livre e ajuda seus companheiros em um plano suicida, lançar a consciência de Kitty Pryde ao passado, mudar os eventos e evitar que aquela tragédia ocorra. É uma das mais notáveis histórias escritas por Chris Claremont. O arco e suas consequências marcam o fim da colaboração entre Claremont e John Byrne.
Curiosamente esta história foi uma das inspirações para James Cameron criar o Exterminador do Futuro em 1984.
Deus Ama, o Homem Mata (1982)
Originalmente lançada em 1982, com o roteiro de Chris Claremont e arte de Brent Anderson, o reverendo William Stryker, não satisfeito em comandar um grupo de extermínio de mutantes, chamado de Purificadores, se utiliza de passagens bíblicas diante de câmeras de televisão e auditórios lotados para justificar o extermínio de uma raça que, por razões pessoais, considera uma afronta aos desígnios de Deus. Os Purificadores, embora secretos, agem sob a proteção da Cruzada Stryker, um grupo religioso que conta com vários fiéis que compartilham da crença intolerante de seu fundador. É uma das histórias mais poderosas e influentes de Claremont, que serviu como referência para o filme X-Men 2, e que agora recebe um tratamento especial nessa trama, em que são destacados temas polêmicos e que infelizmente nunca estão desatualizados, como o preconceito, o fanatismo religioso, corrupção de poder, entre outros assuntos.
A Saga da Ninhada (1983)
A história principal desta vez é a batalha contra A Ninhada, o Professor Xavier está hospitalizado, inconsciente, batalhando contra si mesmo e uma força descomunal que parece querer surgir enquanto que os X-Men são transportados para o planeta da Ninhada, sem saber que carregam dentro de si ovos da rainha mãe dessa raça, que quando chocados, irão transformar nossos heróis mutantes em soldados d’A Ninhada. Nesta edição, também temos a oportunidade de conhecer um pouco do passado de Xavier, bem como de Magneto. Outro fato interessante é a forma em que os heróis são bem construídos psicologicamente e essa força só vem quando eles percebem que fazem parte de algo muito maior: os X-Men.
A Era do Apocalipse (1995)
O que teria acontecido no mundo se Charles Xavier não estivesse presente para guiar os X-Men? A saga que abalou profundamente o universo mutante em um mundo em que o Professor Charles Xavier foi assassinado antes de formar os X-Men, a humanidade acabou escravizada pelo mutante Apocalipse. Afetando os arcos anteriores, Magneto toma o legado de Xavier para si e se torna o líder dos X-Men. Escrita por Fabian Nicieza e arte de Geraldo Sandoval, a saga afetou todas as publicações dos mutantes na época, que foram alteradas para refletir essa nova realidade.
Inferno (1996)
Inferno foi um evento que uniu os três títulos mais importantes dos X-Men na época: X-Factor, X-Men e Novos Mutantes. Na trama, os demônios invadem a Terra após um portal ser aberto entre o Limbo e Nova York. Essa invasão demoníaca serviu para fazer com que todos os heróis em Nova York tivessem que lidar com a invasão, enquanto N’astirh fazia um acordo com Madelyne Pryor. No decorrer da história, descobrimos que Pryor realmente é um clone de Jean Grey e quando ela vem a falecer, Jean fica com todas as suas memórias.
Os Surpreendentes X-Men (2004)
Publicada originalmente em Astonishing X-men entre 2005 e 2007, nesta série concebida com maestria por Joss Whedon e John Cassaday os X-men aqui são formados por: Ciclope, Wolverine, Emma Frost, Fera, Lince Negra e Colossus que volta a vida. Os inimigos: Ord, Clube do Inferno e a Sala de Perigo que ganha vida. Kitty Pryde é quem mais conduz a trama. A série conserta rupturas históricas na saga dos heróis e mostra que justamente por serem personagens com falhas e virtudes que os torna, em seu cerne, mais humanos.
Gênese Mortal (2006)
A série dos mutantes vivia de republicar as histórias criadas por Stan Lee e Jack Kirby quando essa edição especial mudou tudo. Len Wein teve a ideia de internacionalizar os X-Men, e o retorno dos mutantes deixou quase toda a equipe original de lado para apresentar um novo elenco: Noturno, Colossus, Tempestade, Banshee, Solaris, Pássaro Trovejante e Wolverine. Convocados pelo Professor Xavier, eles precisam resgatar os heróis originais, presos na ilha viva Krakoa – também um mutante.
Quatro meses depois, o novo time foi introduzido no título mensal dos X-Men, com Wein dividindo o texto com Chris Claremont, que começava ali dezessete anos como mentor dos mutantes na Marvel Comics. A arte excepcional de Dave Cockrum, um dos melhores designers de uniformes dos quadrinhos, ajudou a elevar ainda mais as novas aventuras da equipe.
E de Extinção (2007)
Os filhos do átomo decaíram o nível no início dos anos 2000, e para mudar isso, o novo Editor-Chefe da Marvel, Joe Quesada, trouxe o aclamado escritor escocês Grant Morrison para orquestrar uma virada nos X-Men. De cara ele se livrou dos uniformes de super-heróis e os deu um visual homogêneo – clara inspiração dos filmes no cinema. Mas sua maior contribuição foi criar uma ameaça mutante poderosa, enraizada no passado de Charles Xavier, obrigando os heróis a reaprender o que significa ser um X-Men – ao mesmo tempo em que introduz o conceito da “mutação secundária”, mostrando o quanto de espaço criativo ainda havia na série. A arte de Frank Quitely contribuiu para que a nova era dos X-Men tivesse uma grande mudança em sua nova fase.
E você, é fã dos X-Men? Conhece outra grande história dos mutantes? Deixe sua indicação mais abaixo nos comentários e lembre-se de compartilhar essa publicação com seus amigos em suas redes sociais!