DOTA: Dragon’s Blood é o mais novo anime da Netflix que adapta o jogo de grande sucesso Dota 2. A produção é coproduzida pelo Studio Mir (Lenda de Korra), Netflix Animation e Valve. O showrunner que desenvolve a série é Ashley Miller (X-Men: Primeira Classe).
SINOPSE
Em um mundo de fantasia, a história segue um Cavaleiro Dragão, Davion (Yuri Lowenthal), que caça dragões para tornar o mundo um lugar seguro. Em uma batalha entre demônios e dragões, o dragão ancião, Slyrak (Tony Todd), funde sua alma com Davion.
Junto com uma princesa lunar Mirana (Lara Pulver), Davion segue uma jornada para deter o demônio Terrorblade (Jean-Benoît Blanc), que quer matar todos os dragões e coletar suas almas.
ANÁLISE
A Netflix quer entrar de vez no mundo dos animes, e DOTA: Dragon’s Blood parece ser a chance ideal. O anime é uma produção original que adapta os acontecimentos de Dota 2, um jogo multiplayer online. Com isso, a gigante do streaming busca conquistar os fãs do universo e também atrair a comunidade de animes.
De início, a narrativa de DOTA: Dragon’s Blood é bastante atraente e interessante. Até mesmo os fãs de RPG podem se surpreender com a imersão que o anime propõe. Isso porque apresenta um mundo medieval fantástico, com direito a povos de diferentes etnias e acima de tudo: dragões.
Dessa forma, o anime também ganha por ter uma linguagem totalmente adulta com cenas que vão desde a conotação sexual ao derramamento violento de sangue. Isso mostra que DOTA: Dragon’s Blood é totalmente consciente de seu público-alvo e não mede esforços para convencer-nos de sua história.
Logo, o anime apresenta sua narrativa de modo despretensioso e sem pressa. Davion é um cavaleiro que caça dragões para viver, sendo considerado um herói pelas cidades que passa. Porém, acaba no meio de uma batalha entre o dragão ancião Slyrak e o demônio Terrorblade, que deseja a aniquilação dos dragões.
Davion e Slyrak acabam derrotando, por ora, Terrorblade. Contudo, Slyrak fica gravemente ferido e antes da sua morte, funde sua alma a de Davion. A série então segue com Davion adquirindo poderes de dragão e encontrando a princesa Mirana, que em sua própria jornada está atrás de algo que lhe foi roubado.
Um fato crucial é que o anime não se prende para explicar os acontecimentos da história. Ou seja, o espectador acompanha o desenrolar de fatos que não são vistos em tela. Isso pode tornar a série um pouco confusa e repetitiva, mas não atrapalha a narrativa ao todo.
O essencial de DOTA: Dragon’s Blood está em seus personagens carismáticos e intrigantes que garantem uma boa trama.
Animação Americana
Ainda que DOTA: Dragon’s Blood seja uma boa aquisição para o catálogo de animes da Netflix, é perceptível o quanto a animação americana necessita aprender com as produções japonesas. Ainda mais se a animação quer receber o título de “anime”.
Isso porque alguns traços de DOTA: Dragon’s Blood infelizmente deixam a desejar e colocam em cheque a qualidade da animação. O uso do 3D para as cenas de ação, e principalmente na concepção dos dragões, fica no limite do vale da estranheza. Logo, a computação gráfica do anime poderia ser melhor aproveitada se fosse mais sutil.
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Dessa forma, DOTA: Dragon’s Blood não é nenhuma inovação no quesito animação, fazendo jus aos traços simples e tortos das animações americanas. E como o anime deixa uma brecha para uma possível segunda temporada, seria interessante ver uma animação com mais movimentação.
Além disso, o anime que tem um começo mais lento parece correr em seu final para mostrar que sabe fazer cenas de batalhas, deixando a narrativa à mercê.
Contudo, DOTA: Dragon’s Blood é uma ótima produção que com seus clichês apresenta uma trama interessante. Logo, também é preciso ressaltar a dublagem brasileira que com nomes como Wendel Bezerra fazem um ótimo trabalho de adaptação.
VEREDITO
DOTA: Dragon’s Blood tem uma história cativante que consegue prender o espectador. Ainda que o anime tenha seus problemas, a narrativa se mantém e garante bons momentos até mesmo para quem não conhece o jogo Dota 2.
3,5 / 5,0
Assista ao trailer:
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