CRÍTICA – Record of Ragnarok (2ª temporada, 2022, Netflix)

    A grande disputa pelo destino da humanidade retorna em Shūmatsu no Warukyūre, conhecido no ocidente como Record of Ragnarok, após um hiato de dois anos estreando com mais uma leva de episódios no serviço de streaming Netflix.

    Originado do mangá do estilo seinen, publicado na Monthly Comic Zone e tendo sua primeira edição lançada em novembro de 2017, onde até o momento, está no seu décimo sétimo volume. O mangá ainda possui dois spin-off relacionados aos personagens Lu Bu e Jack, o Estripador sendo o primeiro lançado entre 2020 e 2022 e o segundo ainda em lançamento desde outubro do ano passado.

    A sua adaptação em anime é produzida pela Warner Bros. Japan, lançada em 17 de junho de 2021 na Netlix com doze episódios disponibilizados de forma completa em seu lançamento. A segunda temporada contém 15 episódios cujo os primeiros dez episódios foram disponibilizados em 26 de janeiro e sua segunda parte com programação de exibição posteriormente neste ano.

    As músicas de abertura Kamigami e Fukahi da banda Maximum The Hormone (Death Note) da primeira temporada dão lugar para Rude, Loose Dance da cantora Imani na abertura e Inori de Masatoshi Ono para o encerramento.

    SINOPSE

    Os maiores heróis da humanidade lutam contra os deuses pela sobrevivência da raça humana! Uma vez a cada milênio, os deuses se reúnem para decidir se a humanidade é digna de continuar existindo ou se deve ser destruída!

    ANÁLISE

    Record of Ragnarok

    A segunda temporada do “apocalipse das Valquirias” retoma a sua história após a primeira vitória da humanidade com Kojiro Sasaki e temos a surpreendente escolha para lutar pela humanidade o assassino Jack, o Estripador contra Hércules pelos deuses.

    O que é muito interessante para o anime é que cada luta nunca é simplesmente focada no combate e os personagens envolvidos em cada enfrentamento tem suas próprias motivações, sem deixar de lado o que gira em torno da grande disputa.

    Nesta temporada aprendemos um pouco mais sobre a vunland, a combinação entre Valquiria e humano que se torna uma arma para enfrentar a divindade e nos combates apresentados conhecemos as Valquirias Hlökk e Prud que se conectaram a Jack, o Estripador e Raiden Tameemon.

    Conhecemos que existe um deus que tenha mostrado este caminho a Brunhilde, dando a esperança para a humanidade ter uma chance de lutar pela sua sobrevivência.

    Nesta temporada tivemos duas formas diferentes desta conexão sendo Hlökk que acabou sendo combinada a Jack de uma forma violenta e contra a sua vontade, sendo a cena mais chocante do episódio se tornando um par de luvas capaz de tornar qualquer coisa um artefato divino.

    Por outro lado Prud e Raiden se conectam pelo afeto que adquirem um pelo outro ao se conhecerem, uma cena bem divertida diga-se de passagem, se tornando um mawashi capaz de proteger toda a explosão muscular do maior lutador de sumô da história.

    Record of Ragnarok

    A criatividade dos combates é digna de elogios, pois cada participante tem seu poder conectado a sua história, com direito a participação de algumas figuras históricas na plateia com William Shakespare e Arthur Conan Doyle; e grandes lutadores de sumô da história do Japão torcendo ou comentando sobre os participantes humanos.

    A personalidade destes guerreiros também é outro ponto excelente, sejam os divinos ou os que lutam pelo nosso lado, seja a mente distorcida pela rejeição de Jack, a essência heroica de Hércules ou até mesmo a resiliência de Raiden mostram como se pode colocar muito mais em uma luta do que apenas troca de golpes e grandes poderes.

    Em relação a sua temporada anterior não existe uma grande mudança de ritmo, exceto algumas rivalidades que surgem e o crescimento da tensão por parte das divindades ao perceberem que os humanos podem vence-los.

    A qualidade gráfica da animação é excelente, mantendo o que foi realizado na sua primeira leva de episódios, tornando cada cena uma mais bonita que a outra incluindo o design de seus personagens.

    O final desta segunda temporada tem uma grande surpresa o que aumenta as expectativas em relação aos cinco episódios restantes que serão disponibilizados ao decorrer deste ano.

    VEREDITO

    A segunda temporada de Record of Ragnarok consegue manter a sua qualidade técnica com uma excelente animação, melhora significativamente na dramaticidade da sua proposta, empolgando cada vez mais para o que irá acontecer nesta disputa memorável entre humanos e deuses pela existência.

    Nossa nota

    4,7 / 5,0

    Confira o trailer do anime:

    Record of Ragnarok está disponível na Netflix.

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