Em setembro de 1976, o primeiro episódio da série clássica de As Panteras foi ao ar nos Estados Unidos. As três charmosas espiãs interpretadas por Jaclyn Smith, Farrah Fawcett-Majors e Kate Jackson logo se tornaram uma sensação. Nos anos 2000, a franquia foi adaptada para as telonas com Cameron Diaz, Drew Barrymore e Lucy Liu como trio principal, se tornando um clássico instantâneo para aquela geração.
Assim como 007, Doctor Who e outras tantas franquias que trocam de atores para contar novas aventuras de seus personagens, é a vez de um novo trio vestir o legado das Charlie’s Angels e criar a sua própria marca. Dirigido e roteirizado por Elizabeth Banks, As Panteras traz em seu novo elenco Kristen Stewart, Naomi Scott e Ella Balinska como as novas agentes da Townsend Agency.
A história das agentes é basicamente a mesma: elas foram recrutadas a participar da agência do chefe Charlie – aquele da voz famosa – combatendo corporações malignas e livrando o mundo de criminosos. Entretanto, na nova estrutura da agência, existem vários Bosley – que é o termo para a figura que fica acima das Panteras na hierarquia -, espalhados pelo mundo.
Com a globalização da agência, a equipe das Panteras não se limita a apenas três espiãs, mas sim várias delas em vários países. Ao longo da trama, nós acompanhamos duas missões em que Sabina (Kristen) e Jane (Ella) participam, sendo a última missão a que envolve Elena (Naomi) na trama.
Elena trabalha para uma empresa de tecnologia que desenvolveu um produto (chamado Calisto) que possui uma falha em seu sistema. Essa falha pode tornar o produto em uma arma mortal, trazendo sérios problemas para o mundo. A cientista resolve contratar a Townsend para o caso e entregar seus relatórios, buscando ajuda para impedir que uma possível tragédia aconteça.
A partir desse ponto, as histórias das meninas se cruzam, e Elena é envolvida na trama com as Panteras para resgatar o Calisto e impedir que a arma caia em mãos erradas. Com muitas cenas de luta coreografadas, armas, roupas fashions e perseguição, As Panteras mostra que o trio ainda possuem muita história para contar.
O elenco possui ótima química e está super entrosado. Kristen Stewart entrega um ótimo trabalho como Sabina, mostrando um lado engraçado que ainda não havia sido bem explorado em outros papéis. Naomi Scott está em uma ótima fase, conseguindo bons roteiros e traçando um caminho para crescer cada vez mais em Hollywood. Ella Balinska é uma grata surpresa. Sem grandes projetos em sua filmografia, a atriz traz para a sua personagem uma personalidade marcante.
Aos fãs da franquia antiga, não há o que reclamar. As Panteras entregam inúmeras referências aos longas anteriores e consegue renovar a história – para os tempos atuais – sem perder seus elementos clássicos. Elizabeth Banks faz um trabalho coeso e interessante, inserindo em seu roteiro algumas cenas desconfortáveis que qualquer mulher pode se identificar, principalmente por serem situações rotineiras de machismo estrutural.
Por ser tratar de um longa de apenas 118 minutos, As Panteras não possui muito tempo de se aprofundar na história das personagens principais, porém o filme deixa elementos para que o público queira saber mais sobre essas meninas e como elas chegaram até a agência. É bem marcante o senso de sororidade que permeia alguns arcos do filme, mostrando que as mulheres são maioria e que elas que fazem a diferença no resultado final da trama.
Menção honrosa a participação de Patrick Stewart, pois apesar do pouco tempo de tela, é sempre um prazer vê-lo atuando. Seu arco talvez seja o mais fraco do filme, sendo pouco explicado e não tão sólido quanto poderia. Ah, e para quem gosta de surpresas, esperem os primeiros créditos acabarem!
Como um bom entretenimento, As Panteras é uma daquelas farofas divertidas para curtir com os amigos em um final de semana. Vale a pena assistir.
Assista ao trailer:
As Panteras estreia dia 14 de Novembro nos cinemas de todo o Brasil! Não deixe de avaliar o filme após assistir e nos contar nos comentários o que achou.
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