CRÍTICA – Avatar: O Caminho da Água (2022, James Cameron)

    Avatar foi um enorme sucesso nos cinemas seja pela tecnologia utilizada para o processo de produção do longa, ou pela sua história que cativou muitas pessoas no período, se tornando a maior bilheteria do cinema por muitos anos. Agora, 12 anos depois, retornamos a este universo de criaturas tão fantásticas com a tão aguardada sequência Avatar: O Caminho da Água.

    O longa chega aos cinemas no dia 15 de dezembro buscando com a mesma audácia se igualar ou superar o que foi realizado anteriormente. A produção é novamente dirigida por James Cameron, conhecido pelas franquias Alien, Exterminador do Futuro e filmes como Titanic.

    Avatar: O Caminho da Água marca o retorno de Sam Worthington e Zoë Saldaña como Jake Sully e Neytiri respectivamente. A produção é uma das mais ousadas nesta nova década contando com um orçamento em torno de 250 milhões de dólares e um longo processo de produção que gerou uma grande expectativa em torno do filme.

    SINOPSE DE AVATAR: O CAMINHO DA ÁGUA

    Jake Sully (Sam Worthington) e Neytiri (Zoë Saldaña) formaram uma família e estão fazendo de tudo para ficarem juntos. No entanto, eles devem sair de casa e explorar as regiões de Pandora. Quando uma antiga ameaça ressurge, Jake deve travar uma guerra difícil contra os humanos e salvar seu filho e sua família.

    ANÁLISE

    Se tratando do trabalho técnico realizado no filme, impecável talvez não seja elogio suficiente para descrever o que James Cameron e sua equipe realizaram neste novo capítulo da franquia. Paisagens maravilhosas, criaturas exóticas e duas espécies diferentes de Na’vi, além de muitos outros detalhes já podem ser o suficiente para colocar este filme como uma das melhores produções deste ano em aspectos técnicos e efeitos.

    O roteiro é melhor em relação ao capítulo anterior, se tratando de exibir o que realmente chama a atenção ao longo de suas três horas e dez minutos: a diversidade de fauna e flora do planeta Pandora. Os diálogos entre os personagens são bem construídos, ganhando excelente carga emocional para o desenrolar dos fatos, consequências das atitudes de cada um com poucos momentos de monotonia em um filme muito longo para os padrões atuais.

    Saindo das encantadoras florestas, toda a trama se passa em um conjunto de ilhas aonde a família de Jake Sully e Neytiri se abrigará após uma nova incursão do povo do céu, que adota uma postura muito mais bélica em relação ao primeiro filme. A família não segue os padrões que se espera de uma família nuclear e, como esperado, os conflitos nas relações entre eles vão além de sua união perante as adversidades.

    Os novos personagens de Avatar: O Caminho da Água são uma excelente adição a história. Sejam eles Neteyam, Lo’Ak, Kiri e Tuk, filhos dos protagonistas, quanto o povo Metkayina liderado por Ronal (Kate Winslet) e Tonowari (Cliff Curtis), além de seus filhos. Uma grande parcela da narrativa é tomada pela adaptação da família a nova cultura, que em diversos aspectos lembra o povo da Samoa, seja pelas suas tatuagens, a relação com o mar ou até mesmo os ritos de guerra.

    Outro destaque neste aspecto fica por conta das diferenças biológicas que existem entre um Na’vi da floresta e um do mar, favorecendo o seu desenvolvimento no ambiente e a relação com a fauna da região. O aprendizado sobre o caminho da água não é apenas algo relacionado a função que cada membro na comunidade, existindo um caráter fisiológico e espiritual garantindo cenas que aquecem o coração.

    O núcleo humano da história é bem reduzido em relação ao seu antecessor, a ponto dos antagonistas serem versões avatares da equipe do Coronel Miles (Stephen Lang). O que por um lado se torna repetitivo, mas por outro ganha pelas novas camadas que são acrescentadas ao vilão e o seu desfecho.

    Apesar de se falar pouco sobre os humanos o filme introduz questões reais e muito atuais como a destruição exagerada do meio ambiente, o lado mais cruel da humanidade com a fauna em prol do seu benefício e sua apocalíptica conclusão.

    A conclusão de Avatar: O Caminho da Água traz momentos de tirar o folego, seja pelas excelentes cenas de ação ou pelas surpresa que acontecem no desenrolar dos fatos, abrindo caminho para algo grandioso em seu próximo capitulo.

    VEREDITO

    Com um filme que consegue atender as altas expectativas, Avatar: O Caminho da Água evolui não apenas tecnologicamente em relação ao seu antecessor, mas também empolga com uma narrativa intensa e personagens fortes, abrindo caminho para um grande momento no futuro da franquia.

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    Assista ao trailer:

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