CRÍTICA – Como Virei Super-Herói (2021, Douglas Attal)

    O mais recente lançamento da Netflix na categoria de filmes de super-herói é o francês Como Virei Super-Herói (Comment je suis devenu super-héros) que chegou ao catálogo do serviço de streaming na última sexta-feira (9). O elenco principal é formado por Pio Marmai, Vimala Pons, Benoît Poelvoorde, Leïla Bekhti e Swann Arlaud.

    SINOPSE

    Em Paris, os super-heróis estão totalmente integrados à sociedade e uma droga misteriosa que concede superpoderes a pessoas que não os têm se espalha pela cidade. Quando o número de incidentes aumenta, os policiais Moreau (Pio Marmai) e Cécile Schaltzmann (Vimala Pons) são enviados para investigar. Junto com os ex-vigilantes Monte Carlo (Benoît Poelvoorde) e Callista (Leïla Bekhti), o grupo irá fazer de tudo para impedir o avanço do narcótico, mas tudo se complica quando o passado de Moreau vem à tona.

    ANÁLISE

    O roteiro é baseado no livro homônimo, publicado por Gérald Bronner em 2007 e o filme foi mencionado pela primeira vez na Comic Con Paris em 2015 pelo diretor Douglas Attal.

    Sobre o projeto, o produtor Alain Attal comentou:

    Não se destina a imitar os super-heróis da Marvel sem os meios dos estúdios americanos. Na verdade pretende apresentar uma alternativa num universo realista, para uma obra que fale da nossa cultura com uma metáfora da nossa sociedade e que questione a noção de heroísmo.”

    De acordo com o Allocine, o diretor cita Watchmen, Batman e Demolidor como influências para os aspectos urbanos e humanos dos super-heróis, bem como seus lados “atormentados”.

    VEREDITO

    Com um orçamento de 15 milhões de euros, ao assistir Como Me Tornei Super-Herói é fácil perceber onde foi alocado grande parte desse valor. Com bons efeitos especiais, o filme convence ao apresentar pessoas soltando chamas das mãos, raios dos olhos e tantas outras habilidades.

    A influência de Watchmen também é algo muito palpável no longa de Attal, mas com uma premissa muito similar com o recente Power (2020), também da Netflix, fica a sensação de algo já visto anteriormente. Mas, a similaridade não é o grande problema de Como Virei Super-Herói.

    Benoît Poelvoorde como Henri Monté Carlo.

    Pio Marmai não convence como protagonista e os melhores momentos do longa-metragem é justamente quando seus colegas coadjuvantes possuem mais tempo de tela; e aqui como já descobrimos com a série – também da gigante do streaming O Método Kominsky, idade não é empecilho para uma boa atuação e aqui quem rouba a cena é Benoît Poelvoorde, o ator de 56 anos é extremamente carismático e seu personagem, Monte Carlo, apesar de sofrer com o Parkinson é divertido e se torna um ponto de fuga dentro da tentativa de se manter um manter um ar sombrio no longa.

    Swann Arlaud como Naja.

    Não menos importante, o desfecho do vilão Naja (Swann Arlaud) é lastimável se comparado ao background do personagem. Ao longo do filme temos a construção de um vilão frio, que busca remover a habilidade de outros para lucrar – e também se sentir novamente com poderes – e “se vingar” dos atos cometidos contra ele ainda quando criança, mas no fim, seus últimos minutos destoam e causa certa estranheza pelo que foi construído.

    Nossa nota

    3,0 / 5,0

    Assista ao trailer dublado de Como Virei Super-Herói:

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