TBT #247 | O Discurso do Rei (2010, Tom Hooper)

    Pensando em um conteúdo que pudesse ser relevante, principalmente em um mês que tem sido utilizado para conscientização do cuidado com a saúde mental, escolhi trazer O Discurso do Rei para este TBT.

    SINOPSE

    O Príncipe Albert da Inglaterra deve ascender ao trono como Rei George VI, mas ele tem um problema de fala.

    Sabendo que o país precisa que seu marido seja capaz de se comunicar perfeitamente, Elizabeth contrata Lionel Logue, um ator australiano e fonoaudiólogo, para ajudar o Príncipe a superar a gagueira.

    Uma extraordinária amizade desenvolve-se entre os dois homens, e Logue usa meios não convencionais para ensinar o monarca a falar com segurança.

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    ANÁLISE DE O DISCURSO DO REI

    Há quem possa dizer que o filme não trata sobre saúde mental ou qualquer coisa do gênero, argumentando que Logue (Geoffrey Rush) era um fonoaudiólogo e não psicólogo, psiquiatra ou psicanalista. E é justo o argumento.

    Mas não quero aqui indicar que Lionel atuou como terapeuta do Príncipe Albert, fato que o próprio personagem nega durante o longa. Ainda assim, é inegável que Lionel utilizou técnicas de escuta ativa para entender a origem e curar a gagueira do futuro Rei George VI.

    A atuação de Colin Firth como Albert é tão dedicada que por vezes penso estar assistindo um documentário, principalmente nas cenas onde o aspirante à monarca se vê mais exposto e enfraquecido.

    A importância do apoio

    Combinando uma atuação brilhante à uma expressiva relevância da personagem, destaca-se o trabalha da brilhante Helena Bonham Carter, que deu rosto à primeira Rainha Elizabeth – a mãe da Betinha. Elizabeth é retratada aqui como esposa dedicada e quase que principal apoiadora do processo de superação do problema de Albert.

    A rainha consorte se mostra, desde o início do filme, parte fundamental do sucesso do Rei George VI. Desde procurar incansavelmente ajuda, fugindo da ortodoxia (algo talvez impensado para membros da Família Real), até participar ativamente do tratamento, dando um claro exemplo de altruísmo.

    O Discurso do Rei se faz relevante neste mês porque, apesar de se passar em uma época em que a psicologia ainda era pouco popular, reforça a importância de buscar ajuda, de se permitir ser cuidado e de ter uma rede de apoio ativa.

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    VEREDITO

    Ainda que não tenha abordado apenas características técnicas da dramaturgia de O Discurso do Rei neste TBT, acredito que enaltecer a qualidade da temática e da forma com que a temática é abordada seja também um meio de destacar o primor cinematográfico da obra de Tom Hooper.

    Vale destacar a pertinência de transformar em filme uma história real que mostra a nobreza – não de sangue, mas de caráter – de personagens conhecidos – e outros nem tanto – da história. A amizade de Bertie e Logue se estendeu por anos.

    Por fim, aproveitando o ensejo inicial, lembro que a conscientização é essencial para uma vida saudável física e mentalmente. Falar é sempre a melhor solução. Indique ou busque a ajuda de um profissional da saúde, ou ligue para o 188 o CVV – Centro de Valorização da Vida.

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    Confira o trailer de O Discurso do Rei:

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