CRÍTICA – Mãe! (2017, Darren Aronofsky)

    Mãe! É dirigido por Daren Aronofsky e conta com Jennifer Lawrence, Javier Barden, Ed Harris e Michelle Pfieffer no elenco. Na história, a personagem de Lawrence, intitulada Mãe, busca construir e aprimorar o lar onde reside com seu marido, Ele, o personagem de Barden. que é um escritor de muito sucesso que passa por um bloqueio criativo ao tentar escrever seu novo trabalho.

    Esse texto não será uma critica tradicional, e sim um apanhado de impressões iniciais sobre Mãe!. Parte disso é devido a natureza do próprio longa, uma natureza não convencional e que se utiliza do elemento chocante para buscar levantar questões ou sensações no espectador. Mas outra parte é porque acredito que o novo filme de Aronofsky será para uma experiência mais interessante para quem chegar ao cinema sem muita informação prévia. Dito a isso, Mãe! É uma experiência cinematográfica que merece ser vista no cinema, quaisquer sejam as reações que cause.

    Mãe! explora alguns temas que são cativos da obra de Aronofsky como a paranoia e o  sonho/pesadelo. Sua narrativa se desenvolve como um pesadelo que se recusa a acabar não importam quantas vezes você acredite que conseguiu acordar. O filme apresenta muitas referências de trabalhos de David Linch, o surrealismo de Bruñel e até a escola do Dogma 45 de Lars Von Trier. Repleto de alegorias e metáforas, o filme apresenta inúmeras possibilidades, interpretações e entendimentos, mas essa talvez não seja a melhor forma de olhar para Mãe!. O longa é pautado em uma ironia latente exposta desde a cartela em que o título é apresentado, e se utiliza de um humor negro ácido para chocar, nem sempre com sucesso, sua audiência.  A experiência sensorial é opressora e claustrofóbica, a maior parte do longa são expressões da Mãe (Lawrence) em close up ou filmadas a partir de sua perspectiva, sem muitos planos abertos e sem apresentar outro ponto de vista, não permitindo que o espectador se descole da experiência da personagem nem em seus momentos mais brutais.

    Uma coisa é certa: Mãe! embola os limites da interpretação e da percepção cinematográfica de forma raramente vista. A ironia e o humor negro nos lembram a todo instante de que esse é “apenas um filme” e que os incômodos gerados surgem em grande parte não das situações apresentadas, mas ao que elas remetem no mundo real.  Em uma época em que estúdios promovem produção em massa de histórias formulaicas, tentativas inovadoras como essa são necessárias e louváveis até mesmo se você vier a odiar o resultado.

    Nossa nota

    5,0 /5,0

    Confira o trailer:

    Mãe! chega aos cinemas nesta quinta-feira, 21 de setembro.

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