CRÍTICA – O Homem Água (2021, David Oyelowo)

    O Homem Água é um drama infanto-juvenil dirigido por David Oyelowo (Selma, Rainha de Katwe e Correndo Contra o Tempo) que conta com Rosario Dawson (Zumbilândia 2, Demolidor) e Loonie Chavis (Skin, This is Us) no elenco.

    SINOPSE

    Gunner Boone (Lonnie Chavis) é um garoto de 11 anos desesperado para salvar sua mãe doente. Por isso, ele decide sair em uma missão solitária em busca de um ser mítico conhecido por enganar a morte e ter poderes mágicos de cura. Nessa jornada, ele conhecerá Ro (Amiah Miller), uma nova amiga que o ajudará em uma aventura.

    ANÁLISE DE O HOMEM ÁGUA

    Ambientado na fictícia cidade de Pine Mills, toda a trama gira em torno de um ser mítico, com propriedades que vão além da compreensão e do poder humano – enquanto funciona como a força motriz para que a história seja impulsionada para frente.

    O Homem Água

    David Oyelowo faz sua estreia na cadeira de diretor, enquanto atua no filme como pai de Gunner – preciso ressaltar aqui, como Oyelowo faz ambos os papéis imensamente bem.

    A direção cuidadosa nos leva pela vida do introspectivo Gunner e seu mundo de fantasia, enquanto tenta fazer o impossível a fim de salvar sua mãe da morte iminente. A produção nos apresenta diversas facetas dos personagens, que precisam seguir em frente, a fim de completar uma perigosa tarefa.

    Rapidamente, a trama nos faz entender a dinâmica do filme, com pistas deixadas ao longo de sua trama. Enquanto Gunner passa por uma fase difícil, ele precisa lidar com a presença de um pai com quem não tinha contato, recém-chegado de uma longa missão no Japão.

    O design de produção nos faz sentir imersos no filme, e essa proximidade é necessária para que compremos o que estamos testemunhando nos pouco mais de 90 minutos de duração.

    O desenvolvimento do filme, assim como dos McGuffins – um dispositivo do enredo, na forma de algum objetivo, objeto desejado, ou outro motivador que o protagonista persegue, muitas vezes com pouca ou nenhuma explicação narrativa – se faz convincente e não desperta no espectador qualquer sensação de suspensão de descrença, como seria esperado em um filme que conta com um ser com propriedades místicas.

    VEREDITO

    O Homem Água

    O Homem Água funciona como um divertimento e pode servir como um artifício para explicar aos mais jovens elementos como o luto, empatia e até mesmo a morte.

    A história nos leva por lugares inesperados e coloca na vida de Gunner um escape de tudo que ele vive em casa. O filme pode despertar nos mais jovens o espírito de aventura e a busca por algo fantástico, assim como a curiosidade a respeito de um mundo muito maior do que compreendemos e vemos diante dos nossos olhos.

    O real e o místico em O Homem Água se confundem por vezes e nos leva a uma incrível jornada.

    O Homem Água estreou no dia 09 de julho de 2021 na Netflix.

    Nossa nota

    4,0 / 5,0

    Confira o trailer:

    Curte nosso trabalho? Que tal nos ajudar a mantê-lo?

    Ser um site independente no Brasil não é fácil. Nossa equipe que trabalha – de forma colaborativa e com muito amor – para trazer conteúdos para você todos os dias, será imensamente grata pela sua colaboração. Conheça mais da nossa campanha no Apoia.se e nos ajude com sua contribuição.

    Artigos relacionados

    Lançamentos Netflix: Veja o que chega em abril

    Abril já está chegando e nada melhor que ficar por dentro dos próximos lançamentos Netflix! Veja as produções da gigante do streaming.

    CRÍTICA: ‘O Homem dos Sonhos’ nos leva por jornada onírica curiosa e por vezes, tão real quanto possível

    'O Homem dos Sonhos' é um daqueles filmes subestimados, cujas curiosidades parecem surgir dos lugares mais improváveis, neste caso, dos sonhos. Estrelado por Nicolas...

    TBT #269 | ‘Willy’s Wonderland’ é o FNAF de horror e ação ainda mais absurdo que o original

    Willy's Wonderland é um dos mais engraçados longa de terrir de 2021. Estrelado por Nicolas Cage, somos lançados na Willy's Wonderland.

    CRÍTICA: ‘Duna: Parte 2’ A espiritualidade em meio às areias

    Duna: Parte 2 nos lança por um novo capítulo da jornada de Paul Atreides em Arrakis. Confira o que achamos do longa.