CRÍTICA – The Flash (2023, Andy Muschietti)

    Para a alegria de alguns e tristeza de outros oficialmente o DCEU chega ao seu capítulo final. Dez anos se passaram, diversas produções e uma história geral que, para um público geral era difícil de compreender, assim chegamos ao filme The Flash.

    O longa é dirigido por Andy Muschietti (It: A Coisa parte I e ll) e roteirizado por Christina Hodson. Sendo o filme que encerra o DCEU a nível cronológico dando espaço para o DCU liderado pelos co-presidentes Peter Safran e James Gunn.

    O elenco é formado por Ezra Miller (Barry Allen/Flash), Ben Affleck (Bruce Wayne/Batman), Michael Keaton que retorna ao papel que o eternizou como Batman e Sasha Calle (Kara Zor El/Supergirl). O filme ainda conta com a participação de Maribel Verdu, Kiersen Clemons e os retornos de Michael Shanon e Antje Traue como general Zod e Faora-Ui de O Homem de Aço.

    The Flash é uma adaptação livre da história Ponto de Ignição (Flashpoint), lançada em 2011 que funcionou como um reboot para a linha editorial da DC que deu origem a fase Os Novos 52. De acordo com o diretor ele utiliza diversos elementos da obra original escrita por Geoff Johns.

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    SINOPSE

    Todo mundo já pensou em voltar no tempo para mudar alguma coisa que incomodou a vida, é por isso que Flash decide fazer o mesmo. Depois dos eventos de Liga da Justiça, Barry Allen decide viajar no tempo para evitar o assassinato de sua mãe, pelo qual seu pai foi injustamente condenado à cadeia.

     O que ele não imaginava seria que sua atitude teria consequências catastróficas para o universo. Ao voltar no tempo, Allen se vê em um efeito borboleta e começa a viajar entre mundos diferentes do seu.

    Para voltar para seu plano original, Flash contará com a ajuda de versões de heróis que já conheceu, incluindo versões do Batman que já são conhecidas (Michael Keaton e Ben Affleck), para evitar mais quebras entre universos e voltar ao normal. Baseado livremente na HQ Ponto de Ignição.

    ANÁLISE

    The Flash

    Mesmo com todas as confusões e polêmicas ao longo destes anos, o DCEU tem um encerramento digno, um capítulo que foi tão nebuloso na história cinematográfica da DC. Não pela qualidade de seus filmes, mas pela desorganização que a sua constante mudança de rumo e liderança causou.

    The Flash é um excelente filme que remete ao que é mais essencial do personagem título, a sua jornada e tudo o que perde ao longo do caminho. O roteiro apesar de se dizer que adapta livremente Ponto de Ignição, traz elementos que considero essenciais da obra original e ainda consegue em sua adaptação ser uma história de fácil compreensão sem a necessidade de conhecimento do quadrinho.

    A direção de Muschietti é competente em captar o que tem de melhor no personagem e a grande tentação que o seus poderes o levam. Sendo a dinâmica central do filme que não tenta se delongar em contar sobre os desdobramentos da descoberta de Barry ao perceber que pode voltar no tempo.

    As atuações são boas e consistentes, afastando qualquer dúvida a respeito da qualidade de Ezra Miller como ator ou que seria capaz de interpretar Barry Allen de forma a ser impressionante. Estando saudável mentalmente é possível esperar que ele possa ser o Velocista Escarlate do DCU, pois tem argumentos narrativos para mantê-lo além de sua qualidade.

    Alguns atores revisitam papéis que já conhecem, destacando a facilidade de Keaton em interpretar o Batman de forma tão nostálgica e Michael Shannon a imponência marcante de Zod agora em um mundo que não tem quem o defenda.

    Viagem no tempo para muitos pode ser considerado um clichê, mas desde Exterminador do Futuro (1984) ou até mesmo De Volta para o Futuro (1985) é um tipo de aventura que empolga e no filme do Velocista Escarlate não é diferente. Sendo uma viagem de diversos momentos emocionantes, referências e diversão ao longo do filme.

    Todos os acontecimentos em torno da viagem no tempo são interessantes e a explicação para tudo o que ocorreu é fácil de entender. Mostrando que é possível ser expositivo de forma a não tentar abraçar um complexidade desnecessária.

    O filme possui boas cenas de luta e uma ação constante, mas consegue equilibrar com momentos dramáticos de seus personagens. Criando a carga emocional plausível para compreender a razão de Barry desejar que seu presente fosse diferente.

    O terceiro ato é o que considero com mais elementos relevantes de sua obra original, por ir além de uma simples batalha final. Mas com o auge do processo de amadurecimento de seu protagonista o poder de suas decisões, compreendendo que tudo gera uma consequência.

    VEREDITO

    The Flash é um filme divertido, emocionante, nostálgico que pode trazer de risadas a lágrimas a cada momento e o primeiro passo competente para o que se inicia a partir de seu lançamento como DCU.

    Nossa nota

    4,5 / 5,0

    Confira o trailer do filme:

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