Vamos Nos Divorciar (Давай разведемся) é um filme russo que está disponível no Brasil através do Festival de Cinema Russo, produzido pela Roskino. O festival online é gratuito e terá sua programação exibida na plataforma Spcine Play, a partir do dia 10 até o dia 30 de dezembro.
SINOPSE
ANÁLISE
Este fardo é explícito na personagem de Masha. A médica ginecologista trabalha em três empregos para pagar a hipoteca e despesas da casa. Enquanto Misha, o marido, fica em casa cuidando dos dois filhos.
Não fica claro se existe um acordo entre eles, mas Misha se sente cada vez mais deixado de lado à medida que Masha volta seu foco total para o trabalho. Sendo assim, é quando Masha descobre que está sendo traída pelo marido que Misha resolve abandonar a mulher e os filhos se mudando para a casa de Oksana (Anna Tsareva), a personal trailer com a qual vinha tendo relações.
Logo, Masha começa a achar que o marido foi enfeitiçado, apesar de estar visível a insatisfação de Misha, para ela tudo parecia correr bem no casamento. Porém, ao entender que o marido foi embora por não se sentir mais realizado, a médica se vê tomando conta dos filhos, do trabalho e da casa. Por hora, o filme discute a jornada dupla da mulher que trabalha na rua e em casa.
Sozinha e se sentindo desamparada, Masha não só precisa lidar com tudo, mas também descobrir o que está errado com o seu casamento. Em uma inversão de papéis, onde são os homens que ficam em casa para cuidar das crianças, o filme poderia muito bem cair no deslize de culpar a figura da mulher por querer ter autonomia.
No entanto, ao apresentar personagens tão carismáticos quando Masha e Misha trata da complexidade dos casamentos sem perder o bom humor. A falta de diálogo colabora para que o casal tenha uma péssima relação. Mas nada justifica o ato de traição de Misha que mais tarde pondera suas escolhas. Ainda nessa perspectiva, Masha também entra em uma jornada de autodescobrimento buscando a si mesma, antes do marido.
São sobre esses aspectos que Vamos Nos Divorciar diverte e sensibiliza, afinal, relacionamentos são complexos. Contudo, ao inserir narrativas fáceis demais que não levam o filme a decorrer sobre seus personagens, o longa se torna taxativo. Sua limitação está em restringir seus personagens a pensarem sobre si mesmos, o que fica é uma crítica meia boca sobre a inversão de papéis em um casamento.
VEREDITO
2,5 / 5,0
Assista ao trailer (sem legenda):
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