Milton Gonçalves: Conheça os 10 melhores filmes da carreira do ator

    Milton Gonçalves foi um marco não apenas para o cinema brasileiro, como para a TV. O ator estrelou em elencos de alguns dos mais brilhantes filmes nacionais. Tendo atuado ao longo de sua carreira como ator, diretor, sindicalista e encenador, Milton foi o responsável por ser o rosto de diversos papéis no teatro, cinema e televisão ao longo de mais de 7 décadas.

    O ator veio a falecer aos 88 anos como consequência de problemas de saúde decorrentes de um AVC sofrido em 2020. Na época, o ator chegou a passar 3 meses internado e precisou da ajuda de aparelhos para respirar. Segundo sua família, a morte de Milton foi tranquila, “sem dramas”.

    Trazemos aqui uma lista de 10 filmes que marcaram a vida de Milton, bem como o cinema brasileiro. E faço questão de apontar que a maioria dos filmes aqui citados estão disponíveis no Youtube.

    10. MACUNAÍMA (1969)

    Milton Gonçalves

    Macunaíma é um anti-herói preguiçoso, safado e sem nenhum caráter. Ele nasceu na selva e de preto, vira branco. Depois de adulto deixa o sertão em companhia dos irmãos e vive aventuras na cidade. Macunaíma ama guerrilheiras e prostitutas, enfrenta vilões milionários, policiais e personagens de todos os tipos. O filme conta com Grande Otelo e Paulo José no papel de Macunaíma.

    9. A RAINHA DIABA (1974)

    Lapa, Rio de Janeiro. Diaba (Mílton Gonçalves), um homossexual, comanda de um dos quartos de um bordel uma quadrilha responsável pelo controle de vários “pontos” de venda de droga. Sabendo que um dos seus homens de confiança está para ser preso, Diaba “fabrica” um novo marginal, para depois entregá-lo a polícia. Ela encarrega Catitu (Nélson Xavier), seu homem de confiança, de fazer isto. Catitu decide que o alvo será Bereco (Stepan Nercessian), um garotão cheio de si que é sustentado por Isa (Odete Lara), uma cantora de cabaré. Catitu atrai Bereco para um série de crimes e faz dele um “perigoso bandido”. Acontece que Bereco passa a acreditar nesta “fama”. Diaba começa a ter seu poder diminuído quando Bereco pretende controlar a venda das drogas e Catitu, por sua vez, deseja aumentar seu poder.

    8. GABRIELA (1975)

    A história se passa em 1925, quando uma seca devastadora obriga as populações famintas do Nordeste a emigrar em busca da sobrevivência. Na novela, o destino é Ilhéus, no sul da Bahia, região em expansão graças ao plantio e comércio do cacau. Gabriela (Sônia Braga) é uma das vítimas da seca. Moça de natureza livre e impulsiva, ela consegue trabalho como cozinheira na casa do turco Nacib (Armando Bógus), com quem vive uma sensual história de amor. Jovem bonita e cheia de vida, dona de uma sensualidade espontânea, Gabriela logo passa a ser o principal objeto de desejo dos homens da cidade, além de alvo da inveja das mulheres.

    7. LADRÕES DE CINEMA (1977)

    Milton Gonçalves

    Durante o carnaval, no Rio de Janeiro, uma equipe de cineastas norte-americanos tem seu material de filmagem roubado pelo bloco de índios que eles documentavam. Os ladrões, favelados do morro do Pavãozinho, resolvem eles mesmos fazer um filme tendo por tema a Inconfidência Mineira. Toda a população do morro adere à ideia com o mesmo espírito e a alegria da preparação de uma escola de samba, com exceção de Silvério, que preferia vender o equipamento e dividir o dinheiro. O filme é realizado mas a polícia recupera o equipamento e prende os ladrões. Os americanos levam o filme dos favelados para os Estados Unidos, lançando-o com o título Sweet Thieves, com sucesso de público e crítica. No dia da estreia, no Brasil, os favelados comparecem à sessão algemados, levados por um camburão da polícia.

    6. LÚCIO FLÁVIO, O PASSAGEIRO DA AGONIA (1976)

    O filme relata a trajetória do criminoso Lúcio Flávio, famoso bandido da década de 70 que se tornou nacionalmente conhecido pelos roubos a banco e fugas espetaculares, embora algumas cenas do filme sejam diferentes em relação aos acontecimentos reais.

    5. ELES NÃO USAM BLACK-TIE (1981)

    Milton Gonçalves

    Um movimento grevista se inicia numa empresa. Um operário está preocupado com sua namorada, que engravidou, e eles decidem se casar. Para não perder o emprego, ele resolve furar a greve, que é liderada por seu pai, iniciando um conflito familiar que se estende às assembleias e piquetes. Um filme sobre a luta de classes que critica a atuação da polícia e do governo durante a ditadura.

    4. O BEIJO A MULHER ARANHA (1985)

    Em uma prisão na América do Sul, dois prisioneiros dividem a mesma cela. Um é homossexual e está preso por comportamento imoral e o outro é um prisioneiro político. O primeiro, para fugir da triste realidade que o cerca, inventa filmes cheios de mistério e romance, mas o outro tenta se manter o mais politizado possível em relação ao momento que vive. Mas esta convivência faz com que os dois homens se compreendam e se respeitem.

    3. NATAL DA PORTELA (1988)

    Biografia de Natalino José do Nascimento, mais conhecido como Natal da Portela, um maquinista de trem que acabou perdendo um de seus braços em um acidente de trabalho, tornando-se, anos depois, um dos maiores banqueiros do ilegal jogo do bicho na cidade do Rio de Janeiro, atividade que lhe conferiu a alcunha de “Rei de Madureira” e que lhe rendeu a chance de ser o patrono oficial da Escola de Samba da Portela.

    2. ORFEU (1999)

    Milton Gonçalves

    O enredo é inspirado na mitologia grega, na história de Orfeu e Eurídice. A adaptação ambientou a obra no Brasil, em uma favela do Rio de Janeiro, na época do Carnaval e é uma história romântica sobre o amor impossível de Orfeu, um compositor de escola de samba, e a jovem e bela Eurídice. O amor entre eles é puro e verdadeiro, mas impedido de acontecer por Lucinho, chefe do tráfico local, obcecado pela jovem, que perseguirá o casal.

    A vida de Milton Gonçalves e o cinema brasileiro devem ser comemorados como um marco da cultura nacional. Os filmes citados acima podem ser encontrados no Youtube após terem sido restaurados pela Cinemateca antes do incêndio que causou seu fim.

    1. CARANDIRU (2003)

    Um médico (Luiz Carlos Vasconcelos) se oferece para realizar um trabalho de prevenção a AIDS no maior presídio da América Latina, o Carandiru. Lá ele convive com a realidade dos cárceres, que inclui violência, superlotação das celas e instalações precárias. Porém, apesar de todos os problemas, o médico logo percebe que os prisioneiros não são figuras demoníacas, existindo dentro da prisão solidariedade, organização e uma grande vontade de viver.

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