Conhecido também como “John Wick 2”, John Wick – Um Novo Dia para Matar é a sequência imediata ao primeiro filme do assassino que mais quer se aposentar no cinema. Com Keanu Reaves de volta aos holofotes pelo lançamento de John Wick 4: Baba Yaga, nada mais justo do que prestar esta homenagem.
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O estilo do segundo filme da franquia segue fielmente o que fez brilhar seu antecessor, destacando fortemente as cenas de combate. Além disso, o contraste entre o desapreço de John por seu ofício e a extrema habilidade em executá-lo dão o charme neo-noir ao longa.
SINOPSE
Após recuperar seu carro, John Wick (Keanu Reeves) acredita que enfim poderá se aposentar. Entretanto, a reaparição de Santino D’Antonio (Riccardo Scarmacio) atrapalha seus planos. Dono de uma promissória em nome de Wick, por ele usada para deixar o posto de assassino profissional da Alta Cúpula, Santino cobra a dívida existente e insiste para que ele mate sua própria irmã, Gianna D’Antonio (Claudia Gerini).
ANÁLISE (ou APRECIAÇÃO?)
“John Wick é um homem de foco, de compromisso e absoluta força de vontade”. Só alguém que conhece Johnatan tão bem como Abram Tarasov pra descrevê-lo com extrema precisão. E o homem, praticamente o Chuck Norris da nova geração, parece ter vindo para o segundo filme ainda mais letal que no primeiro.
Apesar da extrema habilidade marcial, John claramente é péssimo em se aposentar. O homem mais uma vez quer ficar em paz, descansar em casa e fazer carinho no cachorro. Mas as pessoas não aprendem e voltam a ameaçar a tranquilidade da fera. Dotado de um senso de proteção e vingança inabaláveis, o boogeyman precisa agir novamente.
O filme brilha no que sabe fazer de melhor – concatenar cenas de ação como em um anime, desferindo golpes de humor ácido que cauterizam todas eventuais falhas que possa ter. Por não se levar tão a sério, a franquia consegue parecer vários estilos em um só: é ação, é gore, é satírico… é magnífico.
Com um elenco com nomes de peso, como Lawrence Fishburne (Morpheus em Matrix) e Ruby Rose (Orange Is the New Black), John Wick – Um Novo Dia Para Matar oferece atuações marcantes e muito interessantes. O próprio personagem de Ian McShane, Winston, o dono do Continental, é extremamente complexo, trazendo um posicionamento ambíguo que me deixa incomodado em todo filme.
VEREDITO
Tal qual está escrito na tatuagem do protagonista, “A sorte sorri para os corajosos”, certamente a sorte sorriu para Chad Stahelski. Arriscando alto, conseguiu unir atores incríveis e uma obra peculiar, conseguindo um resultado muito interessante.
A trilha sonora é bem compassada com os acontecimentos, dando um ritmo muito divertido ao filme. E o ritmo é um ponto que merece ser comentado. Inicialmente, temos uma sequência frenética de John resgatando seu carro. Logo após, uma calmaria com o retorno para casa, um pitbull querido e banho pra relaxar. Desde o momento em que Santino sai da casa de Wick, não existe mais redução de velocidade.
O filme cresce por tanto tempo que nos últimos 30 minutos não só o antigo Neo está sem fôlego, mas quem acompanha também. Música cadenciada com a ação, bons atores, humor na medida, cena do lápis. Faltou algo? Ah, sim! Muito gore.
Tem como dizer que este é um filme ruim? Absolutamente. Você quer uma guerra, ou quer dar uma arma para John Wick? Dê sempre uma arma para este homem, prepare a pipoca e aquela coquinha bem gelada. O resto vai acontecer.
Você pode curtir John Wick – Um Novo Dia Para Matar no Prime Video e no nosso Telecine.
4,5 / 5,0
Confira o trailer de John Wick – Um Novo Dia Para Matar:
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