Resident Evil: O Hóspede Maldito – como ficou conhecido no Brasil -, é uma das muitas tentativas de Paul W. S. Anderson em adaptar livremente os acontecimentos da franquia de sucesso do mundo dos games, Resident Evil. Lançado originalmente em 1996, o game nos lança na história de de uma equipe da S.T.A.R.S., que precisa se abriga na cidade em Racoon City após uma tentativa de evacuação dar errado.
Na história do filme, somos ambientados a um esquema de espionagem industrial e à história de Alice (Milla Jovovich), uma das seguranças posicionadas pela Umbrella Corporation para evitar que perigos criados pela Umbrella fujam.
SINOPSE
Alice e Rain Ocampo têm a missão de destruir um laboratório genético operado pela poderosa corporação Umbrella, um dos maiores conglomerados do mundo, onde um vírus foi disseminado, matando seu criador e ressurgindo como uma criatura demoníaca, que sente uma fome incontrolável e transforma todas as suas vítimas em zumbis. O time tem apenas três horas para evitar que o vírus invada a Terra.
ANÁLISE
Antes de haver The Walking Dead, havia Resident Evil – antes de Resident Evil, havia George Romero. Os zumbis como os conhecemos hoje, como criaturas quase que imparáveis, foram criadas originalmente por George Romero em seu A Noite dos Mortos Vivos de 1968. Enquanto assustava seus espectadores com suas criaturas que andavam de maneira catatônica, Romero mudou o cinema, criando no terror um subgênero que daria início à enormes franquias, que agiriam de maneira disruptiva, e acabariam por ganhar ainda mais destaque do que as versões originais dessas criaturas.
Em Resident Evil: O Hóspede Maldito, acompanhamos uma equipe que precisa invadir a Colméia a fim de destravar a Rainha Vermelha (uma inteligência artificial que trancou o complexo de laboratórios).
Diferente de tudo já mostrado em Resident Evil, O Hóspede Maldito nos lança por uma história que parece não haver qualquer consideração com o material fonte. Enquanto adapta livremente a história e nos apresenta um enredo que não condiz com o apresentado nos games, no longa acompanhamos uma protagonista inteiramente nova, mas não apenas isso.
A presença da personagem nos games é completamente ignora e Alice parece ser nada além de uma viagem de ácido do diretor Paul W. S. Anderson. Assim como Monster Hunter, o diretor adaptou uma história da Capcom que não tem qualquer conexão com a realidade. E os únicos pontos em comum entre as duas adaptações, é a presença de Milla Jovovich, a esposa do diretor.
Ainda que hoje assuma o patamar de clássico, Resident Evil: O Hóspede Maldito se sustenta como um material solo – mas para além do que foi criado nos games, ele poderia facilmente ser descartado.
VEREDITO
Enquanto existe uma escalada nos absurdos da franquia, O Hóspede Maldito parece ser o filme mais pé no chão da mesma. E apesar de contar com cães geneticamente modificados, o T-Virus é tão bizarro, quanto curioso. Pois já nos primeiros momentos, é possível ver que o diretor tenta ocultar de todos detalhes da trama. Mesmo estando tudo tão à vista e tudo tão claro.
O Hóspede Maldito é um bom filme se o considerarmos como uma obra de ficção única. Sem contar com toda a história da franquia, ou todos os personagens criados pela Capcom.
3,0 / 5,0
Confira o trailer do filme:
Resident Evil: O Hóspede Maldito pode ser assistido na Netflix, Appletv, HBOMax, Prime Video e Paramount+.
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