CRÍTICA – Advance Wars 1+2: Re-Boot Camp (2023, Nintendo)

    Um ano após completar vinte anos de seu lançamento original no Game Boy Advance, a franquia Advance Wars ganhou um remake belo e elaborado, como merece. Advance Wars 1+2: Re-Boot Camp havia sido anunciado ano passado, mas quando a guerra entre a Ucrânia e a Rússia explodiu, o game foi adiado. Em 2023, o game foi lançado e trouxe algumas surpresas para esse que vos escreve. Com técnicas de guerra e combate avançado, o game nos coloca no controle de três diferentes protagonistas, enquanto enfrentamos combates pelo mundo do game.

    Com diferentes habilidades, tanto nossos personagens quanto nossos inimigos podem tornar a vida dos inimigos bem difíceis.

    SINOPSE

    O remake do game original, conta com Advance Wars 1+2, ou seja, tanto o game original quanto o segundo game da franquia, intitulado Advance Wars 2: Black Hole Rising. Por meio de incríveis aventuras, acompanhamos no primeiro game a batalha entre Orange Star e a nação vizinha Blue Moon. Ao longo do primeiro game, precisamos enfrentar os quatro países da Cosmo Land: Orange Star, Blue Moon, Green Earth e Gold Comet.

    ANÁLISE

    Advance Wars

    Ao longo das quase 50 horas de game, Advance Wars 1+2: Re-Boot Camp se mostra como um game de estratégia desafiador em tudo que se propõe. E assim que enfrentamos o nosso primeiro inimigo, Olaf, entendemos a razão do game ter sido adiado. Com uma clássica tática de combate russo, chamada de “terra arrasada”, Olaf permite que seus inimigos destruam seu exército antes de lançar uma onda de ataque que pode ou não ser seguido de seu especial, o “Blizzard”.

    Que transforma todo o mapa em uma arena congelada na rodada seguinte. Com incríveis animações, o game te força a traçar estratégias a fim de garantir que tenhamos chance contra nossos inimigos. Mas por diferentes maneiras, o game te força e te leva por um combate nem sempre justo, cujas rodadas serão guiadas meramente por sua intuição – já que o game não te dá tanto tempo de analisar o cenário a fim de agir.

    Advance Wars

    Essa versão do game lançado originalmente para o Game Boy Advance conta com novos modos, que permitem que desafiemos não apenas inimigos online, quanto seus amigos localmente. O modo versus nos permite lutar com até três outros jogadores em diferentes mapas do mundo. Outro elemento interessante deste remake vem da War Room, um ranking mundial que permite enfrentar nossos inimigos online, a fim de se tornar o melhor combate/estrategista.

    A Design Room, é outro elemento que faz o game brilhar. Este modo do game, nos permite criar e compartilhar os mapas personalizados, o que permite que outros jogadores tenham acesso a eles.

    AS TROPAS DE ADVANCE WARS

    Advance Wars

    As tropas de Advance Wars variam entre unidades terrestres, aéreas e navais. A movimentação das unidades variam de acordo com suas especificidades, algumas delas mais do que outras, e os diferentes terrenos influenciam a mesma.

    Outro elemento interessante, são as fábricas, que se capturadas logo no começo das partidas pode tornar a fabricação de unidades próprias ainda mais incríveis. Fazendo-nos mergulhar nas mecânicas do game, as 4 primeiras horas do game nos lançam por tutoriais em que Nell nos apresenta as especificidades do game.

    O brilhantismo do game, vem não apenas da forma em que ele nos lança em sua trama simples, mas cativante. Vem das animações de seus personagens que possuem muita personalidade.

    Ao substituir as animações simples do game de 2003, Advance Wars 1+2: Re-Boot Camp faz com que o game se torna muito mais do que um simulador de combate. As animações e os gráficos 2.5D nos levam por um mundo vasto, belo e cuidadoso, mas que se você não tomar cuidado, será destruído impiedosamente.

    VEREDITO

    Advance Wars 1+2: Re-Boot Camp nos permite entender que aquele mundo é não apenas o que ele mostra a princípio, mas é um lugar perigoso e curioso. Essa realidade nos leva pelas minúcias de um combate expansionista – que ao supersimplificar -, é tão parecida com a guerra entre Rússia e Ucrânia quanto possível, e mais uma vez, vemos as semelhanças entre o mundo real e o fictício.

    Quando o cerco aperta, as nações se aliam a fim de derrotar a Orange Star, que se depender de nós, avança impiedosamente tomando aquele mundo. Não sendo tão divertido quanto os belos gráficos nos fazem acreditar que é, o game é desafiador e te fará arrancar alguns cabelos em função de entender como o combate funciona – ou deveria funcionar.

    Nos forçando por vezes repetir as missões e as fases, o game se mostra desafiador e por vezes frustrante. Aquele mundo ainda que colorido e belo, mostra uma das mais temíveis facetas da guerra. Mesmo que essa história conte com animações cômicas, ela funciona para disfarçar e mostra que mesmo um belo gráfico pode servir para disfarçar uma batalha que é travada impiedosamente em muitos lugares no mundo.

    Advance Wars 1+2: Re-Boot Camp foi lançado no dia 21 de abril para Nintendo Switch.

    Nossa nota

    4,5 / 5,0

    Confira o trailer do game:

    O atributo alt desta imagem está vazio. O nome do arquivo é TWITCH-1024x190.jpg

    Acompanhe as lives do Feededigno na Twitch

    Estamos na Twitch transmitindo gameplays semanais de jogos para os principais consoles e PC. Por lá, você confere conteúdos sobre lançamentos, jogos populares e games clássicos todas as semanas.

    Curte os conteúdos e lives do Feededigno? Então considere ser um sub na nossa Twitch sem pagar nada por isso. Clique aqui e saiba como.

    

    Artigos relacionados

    CRÍTICA: ‘Stellar Blade’ é muitos passos a frente um passo para trás

    Stellar Blade é o primeiro game para consoles da Shift Up. O estúdio coreano nos apresenta a aventura de ação de Eve. Confira o que achamos!

    EU CURTO JOGO VÉIO #9 | ‘Paper Mario’ é o início incrível de uma franquia cheia de personalidade

    Paper Mario 64 é um mergulho em um dos melhores jogos de RPG do Nintendo 64. O game 2D nos lança em um mundo conhecido, ligeiramente diferente.

    CRÍTICA: ‘Sker Ritual’ combina terror com muita ação

    Sker Ritual é um fps de terror repleto de ação. O game é o sucessor espiritual do game do mesmo estúdio Maid of Sker.

    EU CURTO JOGO VÉIO #8 | ‘The Darkness’ era uma escapada da rotina dos FPS

    The Darkness é um jogo FPS desenvolvido pela Starbreeze e publicado pela 2K, lançado em 2007 para PlayStation 3 e Xbox 360.